terça-feira, março 31, 2015

Coerências de António Costa

António Costa no dia 29 de Setembro de 2013, às 19 horas no Hotel Altis, depois de saber da sua vitória em Lisboa e do bom resultado do PS nas eleições autárquicas:

'Nunca vi um partido deixar de tirar ilações nacionais dos resultados'

António Costa no dia 29 de Março de 2015, após a derrota esmagadora do PS nas eleições regionais da Madeira:

'As eleições da Madeira não têm dimensão nacional'


Um homem coerente

segunda-feira, março 30, 2015

E o PS insiste?

Costa pegou no PS porque, diziam, os resultados do Seguro eram maus. Nas Europeias o PS conseguiu o dobro do que obteve agora na Madeira. Desde que Costa pegou no PS todas as sondagens, e agora as eleições regionais da Madeira, têm sido piores do que eram com o Seguro. O que vai fazer o PS? vai insistir em manter os socráticos na sua liderança, vai insistir em manter aqueles que governaram quando entrámos em crise, ou vai renovar-se mostrando que quer ser uma alternativa, que tem outras propostas de governação que não são mais do mesmo e a receita para nova bancarrota (seria a 4ª pela mão dos socialistas)? Parece que o povo, pelo menos o Madeirense (e as sondagens indicam que também o do continente), não é tão burro quanto os socialistas pensam e não querem voltar a votar em quem vai destruir o que foi feito até agora, e que tanto nos tem custado na pele.

sexta-feira, março 27, 2015

Se querem respeito, dêem-se ao respeito

Fãs histéricas de Justin Bieber
Os direitos das mulheres percorreram um longo caminho. Actualmente, no mundo ocidental, as mulheres já possuem os mesmos direitos legais que os homens. Mas há um longo caminho a percorrer relativamente ao respeito, a levá-las a sério.

As mulheres não são tão respeitadas, nas suas profissões e nas suas vidas, como os homens. Não é uma mania, é um facto. Algumas conseguem esse respeito por serem a pessoa mais capacitada para o cargo que ocupam, ou por terem comportamentos que levam a que sejam respeitadas. Por serem sérias. Mas, no geral, não são e não basta refilar e dizer que os homens, e a sociedade em geral, não as respeitam nem as levam a sério, é necessário que se comportem de forma a serem levadas a sério, e isso, no geral, não acontece. Nunca aconteceu.

Infelizmente não creio que seja nas próximas gerações adultas que se vai começar a olhar e a respeitar uma mulher tal como se faz a um homem e a culpa não é da sociedade, não é dos homens, é apenas delas próprias que, ao crescer (e já crescidas), mostram que são diferentes dos rapazes e têm comportamentos que levam a que ninguém as leve a sério. Não é de hoje e, infelizmente, não acaba hoje, aliás piora, pois agora estão mais expostas (e expõe-se mais), com as redes sociais. E escrevo isto por causa da histeria à volta do facto de Zayn ter deixado os 1D.

Toda a gente conhece a Beatlemania que levou a que nos anos 1960 os The Beatles deixassem de dar concertos porque não conseguiam ampliar mais o seu som e era impossível combaterem com as mulheres histéricas na plateia. Conseguem imaginar o que se perdeu, em termos históricos, por causa das histéricas das mulheres?


Mas, infelizmente, não foi aqui que começou (nem sei como ou onde começou), mas já nos anos 40 do século XIX, sim nos anos 1840, havia a Lisztomania. O pianista Franz Liszt tinha de enfrentar uma multidão de mulheres histéricas que queriam cortar madeixas do seu cabelo, lutavam pelas suas luvas e até pelas cordas do piano, se tinham a "sorte" de se partir alguma. (Felizmente não havia youtube na altura).

O mesmo acontecia nos concertos de Vladimir De Pachmann, pianista Russo. Que em 1907 deu concertos nos Estados Unidos provocando uma onda de histeria que levou os jornais a noticiarem com títulos como "foolish women almost in riot over De Pachmann".

E há relatos de acontecer o mesmo nos concertos de Mozart (no século XVIII)...

Não sei se havia antes de Mozart ou Liszt, mas, infelizmente, acredito que sim. As mulheres são histéricas desde tenra idade, não se dão ao respeito.
Nem sequer é apenas pelos homens que o fazem. Quando a Ginger saiu das Spice Girls, uma "Girls Band", não foram os rapazes quem entrou em histeria e a pensar que a sua vida ia acabar, foram as raparigas. Fosse porque tinham nas Spice Girls um modelo, fosse porque estavam apaixonadas pelas raparigas, o certo é que o grosso da histeria não foi feita pelos rapazes e sim pelas raparigas. As mulheres, desde tenra idade, mostram o seu lado mais ridículo, actualmente divulgando-o através das redes sociais, não se envergonhando de o fazer. Não só divulgam como incentivam outras a fazê-lo, incluindo com comportamentos perigosos para si. Como o hashtag #cutforzayn no Twitter, onde fãs mais obsessivas se cortam, e postam as imagens, para mostrar o quanto estão a sofrer.


Deveriam ter vergonha? Deveriam esconder mais os seus sentimentos e sofrer sozinhas a perda de uma banda da qual gostam (não há nada de errado em sofrer por isso)? Sou da opinião que sim. Sou igualmente da opinião que toda a gente deve ter o direito de se expor da forma que quiser e ninguém tem o direito de impedir essa exposição. Mas depois também não têm o direito de exigir que, mais tarde na vida, as levem a sério. O problema é que os comportamentos de uma "pequena" maioria prejudica aquela minoria, ainda bastante grande, que se quer dar ao respeito, e que os considera ridículos e depreciativos para as mulheres em geral.





sábado, março 21, 2015

Liberdade de expressão, república e Monarquia


"Historicamente a república tem vindo a criar problemas à liberdade de expressão. Senão Vejamos:Na república inúmeros jornais foram proibidos, 'empastelados', assaltados. Até jornalistas e ardinas foram presos.Na II república a censura prévia foi oficializada.Na III república apenas um exemplo paradigmático: o "caso TVI".Sobre a Monarquia Constitucional 'oiçamos' Eça de Queiroz nas "Farpas", fascículos mensais cujo lema era 'para baixo': Jornal de luta cruel, incisivo, cortante e sobretudo jornal revolucionário". Não houve qualquer censura ou apreensão. Estávamos em 1871. Concluindo com Eça de Queiroz, agora através de Fradique Mendes: "É preciso ver a 'real realidade das coisas'"

Clara Constanço Stichaner

sexta-feira, março 20, 2015

ÚItima hora: Nova carta de Sócrates à comunicação social

O desBlogueador de conversa teve acesso à mais recente carta enviada pelo ex-primeiro ministro José Sócrates à comunicação social, a partir do seu T0 em Évora. A carta desta vez não vem escrita a vermelho, é relativamente curta mas mantém o tom habitual.


quinta-feira, março 19, 2015

Agir a favor de quem?

Em entrevista ao Observador, diz a Joana Amaral Dias (que deixou o Juntos Podemos, que tinha 21 fundadores, que juntos não puderam, para formar o Agir com 14 desses fundadores (vamos lá ver se estes podem agir ou não)), que quer "contrariar a primazia da economia sobre a política" porque "“nós [portugueses] temos direito a escolher o nosso modelo económico”. Calculo, portanto, que o Agir vá retirar da Constituição da república a obrigatoriedade de caminharmos para uma sociedade socialista, de modo a que os portugueses que não são socialistas (e cada vez são mais), possam escolher viver num país que não o é, certo?


Porque a austeridade continua a ser necessária

É a isto que os portugueses têm de estar atentos quando votarem nas próximas eleições.
Se alguém promete "devolver" o que foi cortado (promessa de quase todos os partidos à esquerda do PS, incluindo este), devemos questionar como é que essa devolução vai ser compensada para não voltarmos a pedir resgate.
Se alguém promete mais investimento (promessa de quase todos (ou todos) os partidos à esquerda da coligação PSD/CDS, incluindo esta), devemos verificar que "investimento" é esse, se é, ou não, necessário, se vai, ou não, trazer retorno, ou seja, se compensa e, se não compensar, não devemos calar-nos e devemos avisar que, por muito "bonito" que pareça tal investimento, vai prejudicar o país.
Devemos exigir mais cortes. Devemos ter coragem para perceber que não se pode "cortar" sem afectar a vida das pessoas e devemos arranjar mecanismos, sociais, para minimizar os problemas que os cortes trazem, sem prejudicar a economia do país. Devemos ser mais responsáveis por nós e esperar (e culpar) menos o estado.

Alguém consegue explicar?

Se mais de metade dos gregos revela que quer manter-se no euro, mesmo que isso implique mais medidas de austeridade, como é que, nem há 2 meses, mais de metade dos gregos votaram em partidos que defendem exactamente o contrário?

domingo, março 15, 2015

Faz o que eu digo...

As pessoas têm o que têm e defendo que, desde que ganho dentro da lei, ninguém deve ser obrigado a distribuir o que tem por quem não tem. Cada qual deve ter consciência do que é o mundo e fazer aquilo que o faz sentir-se bem. A maioria das pessoas sentem-se bem a dar um pouco do que têm, algumas pessoas (que admiro) sentem-se bem a dar tudo o que têm para além do estritamente necessário (por vezes, tudo o que têm), e outras sentem-se bem a guardar tudo para si e borrifar-se para os outros. Podemos admirar mais aquelas que dão "tudo", gostar das que dão algo (a maioria), e desprezar as egoísta. Mas não considero que tenhamos o direito de obrigar, seja quem for, a dar o que é seu e que não quer dar.

Essa é a minha ideologia. Sou, por isso, considerada uma "perigosa" liberal.

Há, no entanto, aqueles que têm a ideologia que devemos distribuir a riqueza até alcançar o ponto em que todos temos exactamente o mesmo. Como a maioria não quer dar quase tudo o que tem, para que tenhamos todos quase nada, essas ideologias levam a ditaduras - como Cuba, a Venezuela ou a Coreia do Norte.

Actualmente a Grécia tem políticos que defendem os "pobres".

Como digo, cada qual tem o que tem e deve ter direito a tê-lo. Mas não posso deixar de considerar um grandessíssimo hipócrita um ministro das finanças que defende a ideologia Marxista, e tem uma vida burguesa, um belo apartamento, com piano e come e bebe do bom e do melhor, com o povo a, de acordo com as suas próprias palavras, passar fome. Quem defende o Marxismo NÃO PODE (sem ser um grande hipócrita) ter o mínimo luxo, enquanto os outros tiverem pobreza, pode apenas ter o mínimo e o resto distribui até todos terem o mesmo. É isso que defendem, certo?

Ele agora arrepende-se de ter tirado as fotos... Arrepende-se não por ter as coisas, mas porque o povo, que nele votou, que ele afirma estar em crise humanitária, ficou a saber que ele tem o que tem.

sexta-feira, março 13, 2015

Nunca esquecer...

"Every day I feel myself maturing, I feel liberation drawing near, I feel the beauty of nature and the goodness of the people around me. Every day I think what a fascinating and amusing adventure this is! With all that, why should I despair?"

Annelies Marie "Anne" Frank , 1929 / Março de 1945


quinta-feira, março 12, 2015

O candidato certo para quem acredita na existência da árvore das patacas

Noticia o notícias ao minuto: "Embora ainda não se conheça o programa que os socialistas vão levar a votos, o Diário Económico fez as contas às medidas já conhecidas que António Costa quer aplicar na próxima legislatura e apresenta o valor: 1.500 milhões de euros. Estas medidas, que acrescentam custos às contas públicas, são o equivalente a cerca de 0,9% do PIB."
Portanto, para todos os eleitores que conhecem a localização da árvore nacional das patacas, para quem acredita no Pai Natal ou no poço dos desejos, António Costa é o homem certo. Também para todos aqueles que, conhecendo a verdade, querem mais impostos, António Costa é a escolha. Os restantes, os que vivem na realidade, querem redução do défice, cortes de despesa, para haver  a possibilidade de redução de impostos no futuro, procurem outra alternativa.


quarta-feira, março 11, 2015

Heróis com pés de barro...

É por este tipo de coisas que eu tenho sempre muito receio em colocar os fundamentalistas anti-corrupção, que enchem os noticiários e os programas de televisão cheios de certezas absolutas sobre tudo e mais alguma coisa, em cima de um pedestal. A maior parte, como Marinho Pinto e, aparentemente, Paulo Morais, acaba por saber (ou provar) tanto sobre a corrupção como a maioria dos cidadãos mais ou menos informados. Muitas suspeitas, muitos "de certeza que foi o tipo X ou Y", mas depois provar, não o conseguimos. A diferença é que enquanto uns o fazem no Facebook ou no café, estes senhores fazem a vida a escrever livros, aparições em tudo o que é espaço de jornal e televisão, promovendo a inevitável entrada na cena política. Arranjam um bom tacho, e depois vão diminuindo as críticas e as aparições até acabarem englobados dentro de um partido qualquer.

terça-feira, março 10, 2015

Afinal, quem ameaça quem?

Depois de ler vezes sem conta a acusação que os fortes ameaçam os fracos, querendo vê-los de mão estendida, sendo os "fortes" a Alemanha e os "fracos" a Grécia, leio isto:

Ministro da Defesa da Grécia faz uma ameaça: "Se eles nos atacarem, iremos atacá-los também a eles". Como? "Uma onda humana vai migrar para Berlim", diz Panos Kammenos. “Será ainda pior para Berlim, porque haverá uma onda de milhões de migrantes por razões económicas mas, também, alguns jihadistas do Estado Islâmico".

Ou seja, se não nos derem o vosso dinheiro, se não prejudicarem os vossos contribuintes, nós mandamos terroristas atacar-vos.

Afinal, quem ameaça quem? Afinal, quem é o forte e quem é o fraco?




sábado, março 07, 2015

Se não chegamos lá por mérito, gritamos preconceito!

E fazemos leis para nos impormos aos homens...


Não gosto de imposições. Gosto que as metas sejam atingidas por mérito e não porque "tem de ser". Recentemente o governo, pela voz da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, afirmou que "pretende que haja 30% de mulheres até 2018 na gestão de empresas cotadas". A pretensão acho muito bem que exista. As pretensões devem existir para se arranjarem medidas para educar nesse sentido  e não impor nesse sentido. Mas, de seguida ameaça que "se não o fizerem voluntariamente, deixarão aberto esse caminho para a possibilidade de se criarem formas mais imperativas de atingir o mesmo objectivo", ou seja, ou fazem a bem ou fazem a mal. Ou colocam nos seus quadros directivos mulheres a bem, ou, caso não encontrem 30% mulheres para ocuparem os cargos, o Estado obriga a que isso aconteça, nem que para isso se recusem homens claramente mais competentes... mas temos de cumprir a "quota".

Homens e mulheres são diferentes e, só quem for preconceituoso (normalmente chamam-lhes politicamente correctos, eu acho que o politicamente correcto é uma forma de preconceito) é que não assume que, por norma, as mulheres não são tão boas administradoras. Falta-lhes atitude, falta-lhes foco. Os cérebros do homem e da mulher são diferentes.De acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia "o cérebro dos homens é mais bem estruturado para facilitar a conectividade entre a percepção e a acção coordenada, e o das mulheres facilita a comunicação entre seu lado analítico e sua intuição", o que as torna mais dotadas para umas coisas, melhor numa série de campos, mas menos dotadas noutras, logo, menos competentes. Somos diferentes, e não há preconceito nenhum em assumi-lo.
Mas nem é necessário ir a estudos científicos para concluir sobre essa diferença (apesar de os mesmos poderem servir como apoio às conclusões): Pensem nas vossas empresas, nos vossos locais de trabalho. Quantas das mulheres que lá trabalham vocês gostavam de ter como chefe? Quantas acham que têm perfil para o cargo? Respondam, a vocês próprios, sinceramente. E agora pensem nos homens. Por norma, as mulheres têm menos perfil para administradoras do que os homens. Reafirmo, por NORMA. Não significa isso que não existam mulheres fantásticas como administradoras. Normalmente, quando são boas são mesmo mesmo muito boas, melhores do que os homens. MAS as que são boas são muito menos e mais difíceis de encontrar e é ridículo que se imponha a uma empresa uma quota de mulheres na administração. Não há empresa de sucesso que rejeite o melhor funcionário por causa do sexo, cor, ou seja o que for, que esse funcionário tem. Se é o melhor vai ficar com o cargo, seja homem ou mulher. Cortar a liberdade de escolha da empresa é condená-la ao fracasso ou a um menor sucesso do que o que poderia ter.

Já há tantas, ou mais, mulheres médicas do que homens, e não foi necessária qualquer lei de quotas para tal. Elas têm tanta ou mais capacidade para a profissão e, como tal, conquistaram-na. O mesmo para professoras, enfermeiras, advogadas ou arquitectas, entre outras. Elas conquistaram essas profissões pelo mérito e não por quotas. E é assim que as metas devem ser conquistadas: Pelo mérito.
Se queremos impor quotas então que o façamos para tudo. Vamos exigir 30% de mulheres nas obras, na recolha do lixo, nos tratamentos de esgotos, na pesca, e 30% de homens como amas, empregadas de limpeza, como cabeleireiros, como esteticistas, ou 30% de homens maquilhadores, etc... Ninguém pensa em fazer tal coisa porque percebe que umas profissões são mais "masculinas" e as outras mais "femininas". Não há preconceito nenhum em assumi-lo. Nós somos diferentes. A administração, por muito que as mulheres gostassem do contrário, é mais masculina, o que não significa, tal como em qualquer outra profissão (até há mulheres futebolistas), que não existam mulheres pontuais que se destacam. Essas chegam lá. Por mérito. Homens e mulheres são diferentes e se, por vezes, uma mulher é, de facto, melhor administradora e gestora, isso não é a regra.

Já agora pergunto: Para quando quotas para negros, para ciganos, para orientais,  para deficientes, para homossexuais, para lésbicas, para transsexuais, para judeus, para muçulmanos, para budistas, para estrangeiros, para loiros de olhos azuis, para ruivos, para pessoas com menos de 1,60 cm, para pessoas com mais de 1,90 cm, para jovens até aos 25 anos, para pessoas com mais de 45 anos?

Reduzir despesa...

Dado que cada deputado aufere, incluindo despesas de representação (mas NÃO INCLUINDO sub. de alimentação/transporte) 3994,73 € mensais, se diminuíssemos o nº de deputados de 230 (máx. permitido que é o que temos) para 180 (mín. permitido) a poupança ao fim do ano seria de
2.396.835,60 € (mais o ordenado dos 50 assessores que os seguiriam). - Como se pode ter respeito por um Estado assim?

O PSD, em 2011, tinha no programa do governo a redução dos deputados da Assembleia, até hoje não vi nada...

sexta-feira, março 06, 2015

E como ficam estas diferenças agora?

No Brasil, por disposição do Formulário Ortográfico de 1943, as consoantes etimológicas finais de sílaba (implosivas), quando não articuladas - ou seja, quando «mudas» - deixaram de se escrever. Em Portugal, no entanto, em conformidade com o texto do Acordo de 1945, continuaram a ser grafadas sempre que se seguem às vogais átonas a (aberta), e ou o (semi-abertas), como forma de indicar a abertura dessas vogais. Por uma razão de coerência, mantêm-se tais consoantes em sílaba tónica nas palavras pertencentes à mesma família ou flexão.
Essa forma de distinguir, no português europeu, as pretónicas abertas e semi-abertas, não se justifica no português do Brasil em cuja pronúncia-padrão não há pretónicas reduzidas tendo-se as vogais nesta posição neutralizado num a aberto e num e ou num o semifechados. Daí escrever-se em Portugal: acto, acção, accionar, accionista, baptismo, baptizar, director, correcto, correcção, óptimo, optimismo, adoptar; e no Brasil: ato, ação, acionar, acionista, batismo, batizar, diretor, correto, correção, ótimo, otimismo, adotar, adoção.
[...]
Finalmente há casos em que se verifica uma oscilação em ambas as variantes do português e nos quais a ortografia brasileira (e não a portuguesa) admite grafias duplas: aspecto / aspeto, dactiloggrafia / datilografia,  infecção / infeção, etc.


In NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO de Celson Cunha e Lindley Cintra

quinta-feira, março 05, 2015

O sacana do Primeiro Ministro que não tem dívidas ao fisco

Anda um grande histerismo (chamo-lhe estratégia da oposição) à volta das dívidas, que já não existem, do Primeiro Ministro à Segurança Social e ao Fisco.
O homem não pagou durante uns tempos. Fez bem? Não, fez mal. Devia ter pagado logo. Sabia que tinha dívidas? É indiferente, de acordo com a lei ninguém pode alegar desconhecimento logo, se tem dívidas tem de as pagar mesmo que desconhecesse o facto. Mas já pagou? Já. Há alguma ilegalidade actualmente? Não. Podemos voltar com o tempo atrás para que nunca comece a haver? Não. Está pago? Está. Então para que continuamos a falar de um assunto que está resolvido?

Teorias da educação

Antigamente quando os putos se portavam mal ou não assumiam as suas responsabilidades levavam uma lamparina, começavam a fazer as coisas mais depressa e bem e os pais sentiam-se muito melhor. Gostava de saber quem foi o estupor do psicoterapeuta que mudou a sociedade ao ponto de não se poder dar uma lamparina ou ralhar com os meninos (ou somos maus pais), e se o fizermos ficamos a sentir-nos culpados e mal e os meninos não aprendem nem fazem nada de jeito?... e anda a sociedade toda com os nervos à flor da pele... Faltam as lamparinas!

quarta-feira, março 04, 2015

Citações

Nunca entendi por que é que se considera "ganancioso" aquele que quer ficar com o dinheiro que ganhou, mas não se considera ganancioso aquele que quer tirar o dinheiro aos outros.
Thomas Sowell

segunda-feira, março 02, 2015

Como é que, sendo pobre, votas em partidos de ricos?

É uma pergunta que ouço frequentemente por defender ideias liberais.
Vou tentar responder:

Primeiro, não me considero pobre. Nem quem me faz a pergunta se deveria considerar pobre. Tenho internet, tenho comida na mesa. Tenho luz eléctrica, tenho água canalizada. Tenho um aquecedor e uma ventoinha. Tenho um carro, tenho roupa no corpo. Ok., o meu carro é velho, as refeições nem sempre são grande coisa e a roupa é comprada nos supermercados e algumas peças têm mais de 10 anos, mas tenho tudo isso que cerca de 80% das pessoas no mundo não tem. Logo, eu não sou pobre. Eu estou entre os 20% mais ricos do mundo, tal como quem agora está a ler este post está (porque se o faz é porque tem, pelo menos, a luz eléctrica e a internet - calculo que tenha tudo o resto).
Segundo, mesmo que seja pobre dentro do conceito do "rico" da pessoa que me faz a pergunta do título - rico esse que se compara com os 20% mais ricos que ele e não com os 80% mais pobres - não sou ladra, invejosa, nem rancorosa e sou, completamente, contra o roubo. Assim sendo, não creio que vote em "partidos de ricos", voto sim em partidos de gente que não defende a política de roubar ao outro para me dar a mim (e mesmo que me considerem pobre não creio que tenha direito de roubar ao outro em meu benefício).
Terceiro: pela definição de partido de ricos e partido de pobres da pessoa que me faz a pergunta, podem crer que prefiro votar em partidos que defendem a riqueza do que em partidos que defendem a pobreza. Basta olhar para o exemplo do mundo para perceber que  quanto mais se "defendem os pobres" e se "atacam os ricos" mais pobres se cria, porque não se estão a defender políticas económicas que estimulem a criação de riqueza e sim, e apenas, políticas económicas que defendem a distribuição da riqueza criada. Ora, se não se cria riqueza o que sobra para "distribuir"?

Os bons e os maus...

Sem meios-termos, zonas cinzentas ou cor...


É tão mais fácil viver num mundo onde há uns que são "maus" e outros "bons". os "bons" somos sempre nós, os "maus" são os "outros"... Nós, não cumprimos, mas somos os bons. Nós não queremos mudar nada na situação que nos leva à bancarrota e a pedir dinheiro emprestado, aos maus, claro está, mas somos os bons. Eles são maus porque nos emprestam dinheiro aproveitando a nossa angústia e o facto de sermos incompetentes e incapazes de corrigirmos a nossa situação e de termos de continuar a pedir emprestado aos maus que só emprestam, vejam lá, com garantias de que vamos pagar e até querem ter lucro com a nossa desgraçada situação, aquela que não queremos corrigir, porque somos bons. Os gregos também são bons porque também têm de pedir emprestado e não querem mudar nada. Até ameaçaram que não pagavam o que já tinham pedido e encheram a boca com um "não queremos mais dinheiro, não precisamos de mais empréstimos". Mas afinal voltaram a pedir. Mas, como são os bons, não têm de mudar nada, de provar nada, nem sequer deviam ter de pagar nada aos maus que lhes emprestaram o dinheiro. Porque os contribuintes dos maus são também eles maus e não precisam de tanto dinheiro para nada. Não precisam de escola gratuita, nem de boa educação, saúde e segurança... se têm é porque são maus. Nós, que somos bons, não conseguimos ter porque gastamos no que interessa e no que não interessa, porque temos mais protecção dos trabalhadores do que os maus e por isso produzimos menos, porque somos bons. Eles produzem muito porque são ruins e por isso têm de dar-nos as coisas a nós que somos bons. E, neste caso, ou se está com a Grécia, ou, se se alerta para o facto de a Grécia ter de cumprir, porque queremos que corrija o problema e saia da situação em que está, somos maus porque não lhe atiramos com dinheiro, nosso, dos nossos contribuintes, para cima do problema sem pedir nada em troca, apenas prejudicando os nossos contribuintes... mas isso não interessa porque eles, os nossos contribuintes, são maus.

E, nos últimos dias, ficamos a saber que...

O povo são cerca de 30 pessoas.

Ideologias que tratam todos como iguais não funcionam com seres humanos.

Portugal é um dos países mais poderosos da Europa, e tem imensa influência sobre o que se passa na política interna da Grécia.



Curiosidades

A rainha dona Amélia era fluente em francês, português, espanhol, inglês, italiano e alemão.

domingo, março 01, 2015

Combate o capitalismo! é possível! tudo começa em ti.

Não queres trabalhar para um rico?
 - cria o teu próprio emprego e trabalha para ti.
Tens raiva do dinheiro que o Belmiro de Azevedo faz?
 - não compres nada no continente nem adquiras qualquer produto ou serviço Sonae.

Se tens raiva de qualquer um dos mais ricos de Portugal não vás ao Pingo Doce; não compres nada que possa ter rolhas que venham das cortiças do Américo Amorim; não vás a nenhum centro comercial da mundi centre, etc... só vences os ricos se não consumires os seus produtos (e ninguém é obrigado a fazê-lo, certo?). Se és contra o capitalismo, não adquiras produtos e serviços de capitalistas, desde ter contas em bancos, a beber coca-cola, a ter conta no facebook, passando pela Zara, HP, mcDonalds, ou Compal. E assim, e só assim podes vender o sistema contra o qual te encontras.