quinta-feira, novembro 19, 2015

"É disto que eles fogem"

É disto que eles fogem. É o que se ouve cada vez que há um atentado cá. Até digo mais: Fogem de bem pior que isto. O que se passou em França não é nada comparado com as atrocidades que o povo Sírio (e todas as vítimas do EI) passa. Não pensem que ao querer controlo de quem entra, se quer que se abandonem as pessoas às mãos do EI. Não. E não acredito que muitos dos que são considerados "contra a vinda de refugiados" o queiram abandoná-los à sua sorte nos países em guerra. Não se é contra a vinda de refugiados. O problema que se coloca não é no "tirá-los de lá", é no "colocá-los cá". Eles fogem e devem fugir. Nós devemos protegê-los no que pudermos. O que não podemos é ficar em mais perigo para os proteger. O que não podemos também é fechar os olhos às violações dos direitos humanos que eles defendem. O que não podemos é deixá-los vir para cá considerar que a pedofilia é algo normal e aceitável, ou que as mulheres são um ser inferior, e que as nossas mulheres devem ser suas escravas sexuais, etc., tal como os textos sagrados que eles defendem com unhas e dentes revelam. O que não podemos é permitir que queiram que a nossa sociedade aceite o modo de vida de quem eles consideram o seu profeta: um pedófilo, assassino, violador. Devemos sim ajudar a que fujam, não devemos aceitar as regras de uma sociedade atrasada e opressora dentro das nossas fronteiras em nome da "integração" e da tolerância. Integremos sim, mas não toleremos os crimes que são o seu modo de vida. Integremos obrigando-os a abandonar ideologias que oprimem e são um retrocesso nas conquistas sociais do ocidente. Não podemos tolerar esse retrocesso. Não toleremos a justificação da pedofilia denominada de "casamento", não toleremos a opressão da mulher, não toleremos a homofobia. Não toleremos a violação das nossas liberdades. Integremos, não nos anulemos.

domingo, novembro 15, 2015

A culpa é nossa porque ofendemos os islâmicos.

Aquando dos ataques à Charlie Hebdo muitos vieram afirmar que: se sabemos que desenhar o profeta ofende os islâmicos, o melhor é não desenhar. Muitos, no fundo, decidiram que ceder à ideologia de quem quer impedir as nossas liberdades era melhor para evitar problemas. Claro que, para a grande maioria de nós, deixar de fazer desenhos não causa grande mossa, nem sequer nos causa mossa sermos impedidos de "ofender o profeta", porque a maioria de nós simplesmente ignora o profeta, de qualquer forma. Mas, agora estes ataques também foram dirigidos a pessoas que faziam coisas que os ofendem:


  • A diversão de um concerto, ofende os islâmicos; 
  • Os copos bebidos num bar à noite, ofende os islâmicos; 
  • A livre e consensual convivência com o sexo oposto, ofende os islâmicos; 
  • Mulheres de cabelo de destapado, ofendem os islâmicos;
  • Mulheres a divertirem-se livremente, de mini-saia, com maquilhagem, ofendem os islâmicos;

Ao contrário do que tem vindo a ser divulgado, os ataques não foram "indiscriminados". Tal como os das Torres Gémeas, que atacaram um símbolo do capitalismo, ou do da Charlie Hebdo, que atacaram a nossa liberdade de expressão, também estes atacaram a nossa liberdade pessoal. É isto que representam. Nos outros quiseram dar-nos uma lição e neste também. Neste dizem-nos que se não mudamos a nossa forma de viver, se não deixamos de ir a concertos, se não deixamos de beber álcool, se não deixamos de conviver com o sexo oposto, se não deixamos de ter mulheres livres a vestir o que querem, então estamos a ofender o islão e os ensinamentos do seu profeta. Iremos também pedir à sociedade para deixar de o fazer, porque, afinal, ao ofendê-los existe uma justificação para que eles nos ataquem, tal como no caso Charlie Hebdo?

P.S.: O facto é que hoje já não haverá direito a assistir a um concerto dos U2 em Paris.

quarta-feira, novembro 11, 2015

Exclusivo desBlogueador de Conversa: Vídeo da agressão de Isabel Moreira

O desBlogueador de Conversa teve acesso exclusivo às imagens que provam que Isabel Moreira foi, de facto, agredida na manifestação dos apoiantes da coligação vencedora das eleições do passado Outubro.
Nos tempos que correm, dificilmente alguém é agredido sem que pelo menos um telemóvel capte tal agressão. O desBlogueador de Conversa teve acesso às filmagens, levadas a cabo por um dos acompanhantes de Isabel Moreira que se viu forçada a atravessar a manifestação dos apoiantes da PAF. O autor das imagens em questão prefere manter-se no anonimato por medo de retaliações. Avisamos que as imagens que se seguem têm um conteúdo violento e pedimos aos mais sensíveis para evitarem a sua visualização.

terça-feira, novembro 10, 2015

Para memória futura, por Rui Mendes Ferreira

"Pensamento do dia: "para memória futura"
Sugiro que tomem nota, do valor, que o actual governo irá deixar nos cofres do Estado, como reserva financeira, de tesouraria, e de "caixa". Os últimos números apresentavam valores superiores a 16 mil milhões de euros.
Confiram esse valor em finais de 2016, inicio de 2017, e comparem com os valores deixados pelo actual governo.
Não me enganarei se afirmar que durante um ano a ano e meio (que é o tempo que prevejo que esse dinheiro irá durar) será dessas reservas que o PS irá retirar as verbas necessárias para pagar o aumento da despesa corrente. E como todo esse capital já está lançado no total do endividamento (nominal) público, durante quase 2 anos, vão andar a dizer ao povo que apesar de terem aumentado a despesa, afinal a dívida não subiu. Mas claro que a realidade é outra, pois a dívida "líquida" irá subir na igual proporção do valor do deficit e do valor que for retirado dessas reservas de caixa do Estado.
Façam igualmente o mesmo exercício, registando os valores das taxas de juros que estávamos a pagar em Setembro de 2015, os valores de juros pagos em 2015 por Portugal, o valor do deficit público, e o montante total da dívida pública nacional.
Em inícios de 2017, e após o PS já ter feito tudo o que o PCP e o BE lhes exigiram, e não podendo continuar a fazer mais cedências, pois nesta altura o dinheiro que estava em caixa, com toda a certeza, já deverá ter desaparecido na sua quase totalidade, e com os juros de novo a atingirem valores incomportáveis, iremos ver o PS a pedir apoio parlamentar ao PSD e ao CDS, para poder reverter e implementar medidas com as quais o PCP e o BE se recusarão a aprovar.
Vai uma aposta?"