sábado, março 07, 2015

Se não chegamos lá por mérito, gritamos preconceito!

E fazemos leis para nos impormos aos homens...


Não gosto de imposições. Gosto que as metas sejam atingidas por mérito e não porque "tem de ser". Recentemente o governo, pela voz da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, afirmou que "pretende que haja 30% de mulheres até 2018 na gestão de empresas cotadas". A pretensão acho muito bem que exista. As pretensões devem existir para se arranjarem medidas para educar nesse sentido  e não impor nesse sentido. Mas, de seguida ameaça que "se não o fizerem voluntariamente, deixarão aberto esse caminho para a possibilidade de se criarem formas mais imperativas de atingir o mesmo objectivo", ou seja, ou fazem a bem ou fazem a mal. Ou colocam nos seus quadros directivos mulheres a bem, ou, caso não encontrem 30% mulheres para ocuparem os cargos, o Estado obriga a que isso aconteça, nem que para isso se recusem homens claramente mais competentes... mas temos de cumprir a "quota".

Homens e mulheres são diferentes e, só quem for preconceituoso (normalmente chamam-lhes politicamente correctos, eu acho que o politicamente correcto é uma forma de preconceito) é que não assume que, por norma, as mulheres não são tão boas administradoras. Falta-lhes atitude, falta-lhes foco. Os cérebros do homem e da mulher são diferentes.De acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia "o cérebro dos homens é mais bem estruturado para facilitar a conectividade entre a percepção e a acção coordenada, e o das mulheres facilita a comunicação entre seu lado analítico e sua intuição", o que as torna mais dotadas para umas coisas, melhor numa série de campos, mas menos dotadas noutras, logo, menos competentes. Somos diferentes, e não há preconceito nenhum em assumi-lo.
Mas nem é necessário ir a estudos científicos para concluir sobre essa diferença (apesar de os mesmos poderem servir como apoio às conclusões): Pensem nas vossas empresas, nos vossos locais de trabalho. Quantas das mulheres que lá trabalham vocês gostavam de ter como chefe? Quantas acham que têm perfil para o cargo? Respondam, a vocês próprios, sinceramente. E agora pensem nos homens. Por norma, as mulheres têm menos perfil para administradoras do que os homens. Reafirmo, por NORMA. Não significa isso que não existam mulheres fantásticas como administradoras. Normalmente, quando são boas são mesmo mesmo muito boas, melhores do que os homens. MAS as que são boas são muito menos e mais difíceis de encontrar e é ridículo que se imponha a uma empresa uma quota de mulheres na administração. Não há empresa de sucesso que rejeite o melhor funcionário por causa do sexo, cor, ou seja o que for, que esse funcionário tem. Se é o melhor vai ficar com o cargo, seja homem ou mulher. Cortar a liberdade de escolha da empresa é condená-la ao fracasso ou a um menor sucesso do que o que poderia ter.

Já há tantas, ou mais, mulheres médicas do que homens, e não foi necessária qualquer lei de quotas para tal. Elas têm tanta ou mais capacidade para a profissão e, como tal, conquistaram-na. O mesmo para professoras, enfermeiras, advogadas ou arquitectas, entre outras. Elas conquistaram essas profissões pelo mérito e não por quotas. E é assim que as metas devem ser conquistadas: Pelo mérito.
Se queremos impor quotas então que o façamos para tudo. Vamos exigir 30% de mulheres nas obras, na recolha do lixo, nos tratamentos de esgotos, na pesca, e 30% de homens como amas, empregadas de limpeza, como cabeleireiros, como esteticistas, ou 30% de homens maquilhadores, etc... Ninguém pensa em fazer tal coisa porque percebe que umas profissões são mais "masculinas" e as outras mais "femininas". Não há preconceito nenhum em assumi-lo. Nós somos diferentes. A administração, por muito que as mulheres gostassem do contrário, é mais masculina, o que não significa, tal como em qualquer outra profissão (até há mulheres futebolistas), que não existam mulheres pontuais que se destacam. Essas chegam lá. Por mérito. Homens e mulheres são diferentes e se, por vezes, uma mulher é, de facto, melhor administradora e gestora, isso não é a regra.

Já agora pergunto: Para quando quotas para negros, para ciganos, para orientais,  para deficientes, para homossexuais, para lésbicas, para transsexuais, para judeus, para muçulmanos, para budistas, para estrangeiros, para loiros de olhos azuis, para ruivos, para pessoas com menos de 1,60 cm, para pessoas com mais de 1,90 cm, para jovens até aos 25 anos, para pessoas com mais de 45 anos?

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