É uma pergunta que ouço frequentemente por defender ideias liberais.
Vou tentar responder:
Primeiro, não me considero pobre. Nem quem me faz a pergunta se deveria considerar pobre. Tenho internet, tenho comida na mesa. Tenho luz eléctrica, tenho água canalizada. Tenho um aquecedor e uma ventoinha. Tenho um carro, tenho roupa no corpo. Ok., o meu carro é velho, as refeições nem sempre são grande coisa e a roupa é comprada nos supermercados e algumas peças têm mais de 10 anos, mas tenho tudo isso que cerca de 80% das pessoas no mundo não tem. Logo, eu não sou pobre. Eu estou entre os 20% mais ricos do mundo, tal como quem agora está a ler este post está (porque se o faz é porque tem, pelo menos, a luz eléctrica e a internet - calculo que tenha tudo o resto).
Segundo, mesmo que seja pobre dentro do conceito do "rico" da pessoa que me faz a pergunta do título - rico esse que se compara com os 20% mais ricos que ele e não com os 80% mais pobres - não sou ladra, invejosa, nem rancorosa e sou, completamente, contra o roubo. Assim sendo, não creio que vote em "partidos de ricos", voto sim em partidos de gente que não defende a política de roubar ao outro para me dar a mim (e mesmo que me considerem pobre não creio que tenha direito de roubar ao outro em meu benefício).
Terceiro: pela definição de partido de ricos e partido de pobres da pessoa que me faz a pergunta, podem crer que prefiro votar em partidos que defendem a riqueza do que em partidos que defendem a pobreza. Basta olhar para o exemplo do mundo para perceber que quanto mais se "defendem os pobres" e se "atacam os ricos" mais pobres se cria, porque não se estão a defender políticas económicas que estimulem a criação de riqueza e sim, e apenas, políticas económicas que defendem a distribuição da riqueza criada. Ora, se não se cria riqueza o que sobra para "distribuir"?
Sem comentários:
Enviar um comentário