sexta-feira, março 27, 2015

Se querem respeito, dêem-se ao respeito

Fãs histéricas de Justin Bieber
Os direitos das mulheres percorreram um longo caminho. Actualmente, no mundo ocidental, as mulheres já possuem os mesmos direitos legais que os homens. Mas há um longo caminho a percorrer relativamente ao respeito, a levá-las a sério.

As mulheres não são tão respeitadas, nas suas profissões e nas suas vidas, como os homens. Não é uma mania, é um facto. Algumas conseguem esse respeito por serem a pessoa mais capacitada para o cargo que ocupam, ou por terem comportamentos que levam a que sejam respeitadas. Por serem sérias. Mas, no geral, não são e não basta refilar e dizer que os homens, e a sociedade em geral, não as respeitam nem as levam a sério, é necessário que se comportem de forma a serem levadas a sério, e isso, no geral, não acontece. Nunca aconteceu.

Infelizmente não creio que seja nas próximas gerações adultas que se vai começar a olhar e a respeitar uma mulher tal como se faz a um homem e a culpa não é da sociedade, não é dos homens, é apenas delas próprias que, ao crescer (e já crescidas), mostram que são diferentes dos rapazes e têm comportamentos que levam a que ninguém as leve a sério. Não é de hoje e, infelizmente, não acaba hoje, aliás piora, pois agora estão mais expostas (e expõe-se mais), com as redes sociais. E escrevo isto por causa da histeria à volta do facto de Zayn ter deixado os 1D.

Toda a gente conhece a Beatlemania que levou a que nos anos 1960 os The Beatles deixassem de dar concertos porque não conseguiam ampliar mais o seu som e era impossível combaterem com as mulheres histéricas na plateia. Conseguem imaginar o que se perdeu, em termos históricos, por causa das histéricas das mulheres?


Mas, infelizmente, não foi aqui que começou (nem sei como ou onde começou), mas já nos anos 40 do século XIX, sim nos anos 1840, havia a Lisztomania. O pianista Franz Liszt tinha de enfrentar uma multidão de mulheres histéricas que queriam cortar madeixas do seu cabelo, lutavam pelas suas luvas e até pelas cordas do piano, se tinham a "sorte" de se partir alguma. (Felizmente não havia youtube na altura).

O mesmo acontecia nos concertos de Vladimir De Pachmann, pianista Russo. Que em 1907 deu concertos nos Estados Unidos provocando uma onda de histeria que levou os jornais a noticiarem com títulos como "foolish women almost in riot over De Pachmann".

E há relatos de acontecer o mesmo nos concertos de Mozart (no século XVIII)...

Não sei se havia antes de Mozart ou Liszt, mas, infelizmente, acredito que sim. As mulheres são histéricas desde tenra idade, não se dão ao respeito.
Nem sequer é apenas pelos homens que o fazem. Quando a Ginger saiu das Spice Girls, uma "Girls Band", não foram os rapazes quem entrou em histeria e a pensar que a sua vida ia acabar, foram as raparigas. Fosse porque tinham nas Spice Girls um modelo, fosse porque estavam apaixonadas pelas raparigas, o certo é que o grosso da histeria não foi feita pelos rapazes e sim pelas raparigas. As mulheres, desde tenra idade, mostram o seu lado mais ridículo, actualmente divulgando-o através das redes sociais, não se envergonhando de o fazer. Não só divulgam como incentivam outras a fazê-lo, incluindo com comportamentos perigosos para si. Como o hashtag #cutforzayn no Twitter, onde fãs mais obsessivas se cortam, e postam as imagens, para mostrar o quanto estão a sofrer.


Deveriam ter vergonha? Deveriam esconder mais os seus sentimentos e sofrer sozinhas a perda de uma banda da qual gostam (não há nada de errado em sofrer por isso)? Sou da opinião que sim. Sou igualmente da opinião que toda a gente deve ter o direito de se expor da forma que quiser e ninguém tem o direito de impedir essa exposição. Mas depois também não têm o direito de exigir que, mais tarde na vida, as levem a sério. O problema é que os comportamentos de uma "pequena" maioria prejudica aquela minoria, ainda bastante grande, que se quer dar ao respeito, e que os considera ridículos e depreciativos para as mulheres em geral.





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