"A Comissão Europeia (CE) alerta que o aumento do salário mínimo (SMN) para 505 euros, em vigor desde 1 de Outubro, poderá abrandar o ritmo de redução do desemprego e dificultar a entrada dos mais vulneráveis no mercado de trabalho."
A malta "politicamente correcta" e que gosta de chamar a si os pobrezinhos e usar palavreado como "justiça social", chamará "faxistas" ao pessoal da CE... Quem saiba fazer contas, quem saiba como funciona um negócio, entende a verdade do que está a ser dito.
É um facto que os salários em Portugal são baixos, mas também é um facto que são mais elevados do que a produção... Ora não se pode pagar sem produzir (a não ser recorrendo a crédito que leva onde já chegámos). É óbvio que os mais vulneráveis (aqueles cujo trabalho não vale os 505 euros) não vão arranjar trabalho. É óbvio que vão haver empresas em dificuldades para suportar os aumentos e, provavelmente, muitas irão dispensar funcionários para poderem continuar em funcionamento... Mas é claro que todos nós gostávamos de pensar que era possível que o ordenado mínimo fosse 505 euros sem problemas... e, já agora, por que não 5000 euros de ordenado mínimo? O que impede que isso aconteça? (talvez o mesmo que prejudica a economia aos 505).
Mas, como mencionei anteriormente. Fácil fácil é ser de esquerda porque é só dizer: "fascistas! no Luxemburgo pagam mais que isso e ninguém diz nada, hipócritas!"; ou "Fascistas! eles é que haviam de viver com 505 euros para verem se é muito"; ou então revoltarem-se contra autores de textos como o meu dizendo: "falas de barriga cheia, sua fascista de merda"...
Fácil, fácil manter o discurso de esquerda porque é impossível para alguém desmentir que um ordenado de 505 euros é uma miséria, porque é... entender que mesmo essa miséria é difícil de pagar, vai prejudicar os mais vulneráveis, vai traduzir-se num aumento de desemprego, com a economia actual é que é mais complicado de entender e aceitar.
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