segunda-feira, dezembro 15, 2014

A nossa crise provém, essencialmente, do excesso de civilização dos incivilizáveis

"A nossa crise provém, essencialmente, do excesso de civilização dos incivilizáveis. [...]um povo sem aristocracia não pode ser civilizado. [...] Por isso esse povo civiliza-se com o que pode arranjar, que é o seu conjunto. E como o seu conjunto é individualmente nada, passa a ser tradicionalista e a imitar o estrangeiro, que são as duas maneiras de não ser nada.[...] o português abusou de civilizar-se. Está nisto a essência da nossa crise. [...] As nossas crises particulares procedem desta crise geral. A nossa crise política é o sermos governados por uma maioria que não há. [...]A nossa crise intelectual é simplesmente o não termos consciência disto." - Fernando Pessoa


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