quinta-feira, janeiro 29, 2015

Reduzir a despesa para baixar impostos: Sensatez em ano de eleições é rara.

Confesso que este tipo de declarações é algo que jamais pensei ouvir em 2015, ano de eleições. Durante os últimos quatro anos sempre afirmei que as declarações seriam algo do género: "Parabéns aos portugueses, estamos no bom caminho, podemos baixar impostos e aumentar ordenados". Seria o habitual num governo que quererá ganhar a eleição mais tarde este ano. Ler, neste ano de eleições, as palavras "cá estamos a chegar onde queríamos: reduzir mais na despesa do que aumentar na receita. Porque enquanto não reduzirmos estruturalmente na despesa, não vamos poder baixar os impostos, as taxas de imposto, que é claramente algo que queremos fazer" ditas pela boca da ministra das finanças, é algo muito positivo. Temos de ser realistas: Se há demasiada despesa, ela tem de ser paga e só pode ser paga com receita e essa vem dos impostos. Enquanto 2+2 forem 4 e não 5 ou 6 não pode ser de outra forma. Se queremos menos impostos, temos de exigir que o governo corte, ainda mais, na despesa. Isso implica votar em que defenda o corte da despesa e a redução da dívida, e não o aumento de ambas. Todos queremos um bom estado social, todos queremos bons salários e uma boa qualidade de vida. Mas isso só é possível depois de corrigirmos a economia e não antes. Tenham os portugueses, na altura de ir às urnas, a sensatez que os Gregos não tiveram.

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