José Rodrigues dos Santos fez uma reportagem. Reuniu factos e comentou-os... A esquerda não gostou e quer calar o jornalista. Há dias, depois dos ataques em Paris, escrevi sobre liberdade de expressão e aquilo que defendemos que pode ser dito, em contraste com o que deve ser calado. Na altura referi que "infelizmente existem grupos que têm todos os direitos, têm o direito de se impor, e outros que têm de se calar. Os primeiros são, apesar de tudo, denominados de "minorias" e a "maioria" tem de estar caladinha e aceitar a minoria, ou é acusada de ser intolerante. As maiorias são: Na religião, a católica, essa tem de estar caladinha enquanto as outras, e o ateísmo, podem impor-se; nas raças, a branca, essa tem de estar caladinha enquanto as outras se impõem; na sexualidade, os heterossexuais, esses têm de estar caladinhos enquanto os outros se impõem. Isso não é liberdade - é imposição de uns sobre os outros - é intolerância, é tornar a "maioria" numa minoria sem direito a opinião.". Esqueci de mencionar um outro grupo que tem todos os direitos e os que pensam o contrário devem ficar caladinhos. Quem é de esquerda pode falar, deve falar e chamam fascistas a tudo o que pense, ligeiramente que seja, mais à direita do que eles. Quem eles consideram ser de direita, por vezes nem é, tem é de estar caladinho. Se fala é acusado de ser "fascista" e de "estar a fazer recados aos poderes". A maioria da comunicação social é de esquerda, os que não são estão, muitas vezes, demasiadas vezes, calados. Ultimamente têm vindo a falar um bocadinho mais... e claro, vem logo a esquerda afirmar que estamos a viver numa "ditadura" e a querer calá-los. José Rodrigues dos Santos falou, investigou, disse o que viu. Vai contra o que eles querem - deve calar-se.
José Rodrigues dos Santos defendeu-se das críticas que tem recebido pela forma como cobriu as eleições na Grécia, como enviado especial da RTP1.
Além dos comentários depreciativos nas redes sociais, muitos anónimos estão a enviar os seus protestos ao provedor do telespectador do canal público. Até o ex-deputado do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, usou o seu tempo de antena na RTP para fazer reparos à actuação do jornalista.
Em causa está, nomeadamente, uma reportagem sobre a corrupção na Grécia, onde José Rodrigues dos Santos fala nos seguintes termos:
“Muitos dos gregos que passam a pé diante da casa do ex-ministro da Defesa são paralíticos. Ou melhor, subornaram um médico para obterem uma declaração fraudulenta de deficiência, que lhes permita receber mais um subsidiozinho”.
Perante as críticas, José Rodrigues dos Santos salienta que a maioria se centra numa frase que diz não ter pronunciado, conforme declarações divulgadas pelo Diário Económico.
“Pelo que percebi, toda a crítica se centra numa frase que curiosamente não pronunciei. Em que sítio se ouviu a frase de que os gregos “eram todos paralíticos”? É que eu fui verificar a reportagem e o que lá está é “muitos” gregos, o que me parece ligeiramente diferente de “todos”“, salienta José Rodrigues dos Santos em declarações à publicação.
“Também foram feitas reportagens sobre “muitos” sem-abrigo vítimas da crise e não se pode concluir que “muitos” sem-abrigo queira dizer que todos os gregos são sem-abrigo. Ou pode?”, acrescenta o jornalista da RTP.
O director de Informação do Canal Público, José Manuel Portugal, também defende José Rodrigues dos Santos, considerando que o jornalista foi “profissional e de qualidade”.
“Se conhecessem a Grécia, percebiam que não inventou nada. É uma escolha feita por um repórter experimentadíssimo”, diz ainda José Manuel Portugal, citado pelo Diário Económico.
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