Acabo de ler um excelente artigo no site do Instituto
Ludwig Von Mises, Portugal, do qual deixo apenas alguns, excertos. Vão ler na totalidade porque vale a pena:
As empresas não pagam impostos. Nem um cêntimo. Não é porque não queiram, mas porque não podem. Só as pessoas podem pagar impostos.
As empresas alocam o pagamento dos impostos, como qualquer outro custo geral, entre os seus clientes, funcionários e accionistas – pessoas reais – e todos sentirão os resultados de diferentes formas.
Discutam o que quiserem sobre que parte dos custos gerais da empresa deveriam ser imputados a quem. Mas nós, as pessoas, pagamos a porção, até ao último cêntimo.
Mas devemos reconhecer que o IRC, de facto, passa no teste político. Faz com que aqueles que realmente pagam o imposto acreditem que o fardo recai sobre outrem. Isso é sempre útil. “Os lucros das empresas estão a aumentar, logo decidi aumentar o IRC” – soa a uma frase normal da retórica de um ministro das Finanças, não soa? “Sim, sim, façam essas empresas pagar”, surgem os gritos de apoio, “façam-nas financiar o dinheiro que falta para o Serviço Nacional de Saúde”. Infelizmente, pobres incultos manifestantes, não são essas empresas a pagar, não importa quão grandes, mas será você a pagar e nenhum grau de queixume o pode evitar.
De acordo com o National Office for Statistics aqueles no quintil inferior de rendimento pagam entre 35% e 40% do seu rendimento em impostos. Essas pessoas estão próximas ou abaixo da linha de pobreza, lamentam-se os benfeitores de ambos os partidos. No entanto, tudo o que esses grandes senhores conseguem pensar fazer é aumentar impostos, que os seres humanos no quintil inferior terão que ajudar o governo a encontrar.
Se as pessoas pudessem ser persuadidas de que são elas, e apenas elas – não as instituições e as empresas – que pagam o sistema até ao último cêntimo, talvez surgisse alguma sensatez. Mas só talvez.
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