sexta-feira, outubro 14, 2005

Vou-me lembrar muito disto hoje!

Chapéus há muitos, seu palerma...Fado do Estudante

Que negra sina ver-me assim
Que sorte e vil degradante (Uiii tão vil..)
Ai que saudades eu sinto em mim (Tanta saudade!)
Do meu viver de estudante

Nesse fugaz tempo de Amor
Que de um rapaz é o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao ar cabeça ao léu
Sem me ralar vivia eu (Isto é bem verdade!)
A vadiar e tudo mais eram cantigas

Nenhuma delas me prendeu
Deixá-las eu era canja (Atão não!)
Até ao dia que apareceu
Essa traidora de franja (Quem?!)

Sempre a tinir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir num bengalão e ar descarado
A malandrar com outros tais
E a dançar para os arraiais
Para namorar beber, folgar cantar o fado (Arranhar ou guinchar, quem me conheça sabe que aquilo não é cantar)

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia (Voltem calhamaços!)
Os professores da faculdade (Tantos e tantos..)
E a mesa da anatomia (Mesa?! Mas não era cama... ah ok!)

Invoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava se eu estudasse
Onde ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana (Mentira! Calúnia! !Quanto muito 4 ou 5 dias, ao sábado e ao domingo não tinha aulas)

O Fado é toda a minha fé
Embala, encanta e inebria
Dá gosto à gente ouvi-lo até
Na radio - telefonia

Quando é cantado e a rigor
Bem afinado e com fulgor
É belo o Fado, ninguém há quem lhe resista
É a canção mais popular, toda a emoção faz-nos vibrar
Eis a razão de ser doutor e ser fadista
(Ou então nem por isso...)


Isto tudo pra dizer à Gerência pra mudar de 'estudante' para 'desempregado'! Ah pois!

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