segunda-feira, outubro 10, 2005

"Grandes" momentos da noite eleitoral

Votem em mim, votem em mim...- O ex-presidente e candidato a presidente da República, Mário Soares a apelar, em Lisboa, ao voto em João Soares (por acaso seu filho) em Sintra, quebrando (mais uma vez) a lei eleitoral;
- A imagem da sede de candidatura de Manuel Maria Carrilho, no Hotel Altis, perto das 9 da noite, com os apoiantes...António Vitorino d'Almeida;
- Valentim Loureiro a sorrir para as câmaras de televisão e a insultar as pessoas que lhe tentavam montar o microfone no suporte, para que pudesse falar, acabando por o arrancar da mão de um dos técnicos;
- O discurso de Manuel Maria Carrilho, com o romântico abraço de Bárbara Guimarães incluído. Nos primeiros 7 minutos de conversa de auto-elogios e inchar do ego próprio, nem uma referência aos vencedores. Citando de cor: "que ordinário";
- O discurso da "independente" Fátima Felgueiras, veladamente ameaçando a justiça para fazer frente ao povo e pedindo a demissão da direcção do PS-Porto;
- A frase de João Loureiro (por acaso filho de Valentim Loureiro), dizendo que «hoje separou-se a justiça da política. E a política ganhou!». É preciso dizer mais?;
- Jorge Coelho, o mesmo Jorge Coelho que pediu um cartão vermelho para o governo da coligação PSD-PP, nestas mesmas eleições (ainda não se sabia que Santana e Portas não aguentariam até lá), a explicar agora que não se devem tirar ilações das autárquicas para o governo do país;
- A intervenção de Avelino Ferreira Torres, prestes a cuspir sobre os jornalistas («a culpa da minha derrota é dos jornalistas»), a que não faltou a palavra cabala (a tal das costas largas);
- A entrevista do "enorme" Valentim Loureiro (garante-me o Joaquim Varela que o Major não tem muito mais de 1,60m), cheio de espuma ao canto da boca, em que definiu Marques Mendes como sendo «um homem sem carácter», um pequenino que gosta de subir por escadotes, aproveitando para afirmar que José Sócrates era «um verdadeiro líder» que «apoia quem está em dificuldades» e que «chegou a primeiro-ministro com toda a justiça»;
- Guilherme Pinto, vencedor da câmara de Matosinhos (escolhido por José Sócrates) dizer que a vitória é dedicada à escolha magnífica que o mesmo José Sócrates fez (em si próprio?). Quanta modéstia!
- O primeiro ministro dizer que «Era o que faltava se um líder partidário estivesse em causa por causa de uma derrota em eleições autárquicas». Engº Sócrates, duas palavras: António...e Guterres (nota: eu também acho que não é razão para fugir como o Engº anterior fez, mas há que ter memória, certo?).

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