E agora um post a la Vasco Pulido Valente:
De amanhã a 8 dias, Portugal vai entrar em "crise profunda", como dirão os títulos dos jornais do dia seguinte. Com a mais que provável vitória do "eixo da corrupção" (Valentim, Avelino, Felgueiras, Isaltino e, o que é bem mais grave, os mais 20 ou 30 iguais a eles que a comunicação social não fala) os portugueses dirão que o problema está neles e não nos políticos e que os cidadãos incautos desses concelhos cavaram mais fundo a campa do nosso país. Gritar-se-á na sociedade por um D. Sebastião ao qual essa mesma sociedade já deu duas maiorias populares (o que é muito diferente de ter maioria absoluta) e dir-se-á à boca cheia que Cavaco será a salvação do País. Ora, nada mais errado porque o Presidente não governa, e mais a mais nem está na mão do poder político a "regeneração" que todos andaremos a pedir até Janeiro. Mas viveremos mais uns meses na ilusão, o que até é pouco se contarmos os séculos que andamos a viver no mito sebastiânico da salvação nacional. Depois virá o Orçamento, o FMI, o Natal e o Aborto (vergonhosa esta manobra do PS em tentar agendar o referendo para este ano) e a passagem do Benfica à Taça UEFA. Talvez Peseiro seja despedido, talvez Co não seja tão bom. Talvez o Castelo Branco ganhe a "1ª Companhia", talvez o Penim acabe com mais programas. Talvez haja greves, talvez haja manifestações. Talvez andaremos todos nesta alegre roda-viva digna dos momentos mais (in)glórios do Jornal Nacional. Talvez acreditemos. Talvez achemos que isto vai ao lugar por si só e que "os outros que se lixem". Talvez eu esteja errado. Talvez daqui a alguns anos se veja o meio desta década como o momento mais crucial da vida nacional. Talvez. Ou talvez estejamos à beira de (mais) uma oportunidade perdida...
Ah, e bom fim-de-semana!
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