sexta-feira, outubro 07, 2005

Para ela:

O Carlos Cruz era o mais carismático apresentador de televisão de Portugal. Os programas que apresentava eram, normalmente, líderes de audiências. Foi cara de anúncios de cartões de crédito, bancos e companhias de seguros, porque inspirava confiança e simpatia. Há imensa gente que ainda hoje afirma a pés juntos que o senhor é inocente dos crimes pelos quais é acusado, apesar de todas as provas apresentadas.
Se fossemos a votos e estivesse nas nossas mãos decidir se este senhor, este excelente profissional (que o é com provas dadas), deveria voltar a apresentar um programa de televisão, podemos dar dois argumentos:

"1, a resposta cínica e pragmática": se ele é pedófilo, há outros que também o são, pelo menos este é bom naquilo que faz profissionalmente;
e;
"2, a resposta mais complicada: pois, toda a gente pode saber de fonte segura que o homem é mais que" pedófilo. "Mas eu não sei. Não sei mais do que os investigadores lá das coisas de que o acusam, não sei mais que os juízes, não sei e hei-de saber: mas agora não sei. Nem sei se é culpado que eu não me arrogo o direito de julgar quem quer que seja só porque li umas merdas nos jornais e porque é acusado. Acusado não é culpado."

Agora troquem o protagonista por quem quiserem e a palavra pedófilo pelo que quiserem.

Sem comentários: