Rock in Rio...Trancão
Já muito se deve ter escrito sobre este mega-festival, e mais ainda sobre em que géneros musicais certos artistas se inserem. Agora que já está quase completa a programação do próximo Rock in Rio - Lisboa, quero aqui deixar a minha opinião sobre este mega-evento, que prometeu muito, mas que a meu ver deixa muito a desejar.
Organizado pelos "nossos irmãos brazucas", já não bastava o lamentável título do Festival, agora pode-se concluir que a programação é miserável. Em 6 dias, vamos poder ver no principal palco - o Palco Mundo - uma série de artistas/bandas, que pouco têm a ver com o Rock.
Sem menosprezo pela sua obra, será que Paul McCartney, Peter Gabriel ou Sting, não estarão já "noutra onda"? A idade não perdoa e a sua música actual pouco ou nada tem a ver com Rock. Os Guns 'n' Roses também já passaram o seu apogeu e não souberam envelhecer. Britney Spears tem tanto a ver com Rock, como eu com os ideais comunistas.
A acompanhar estes cabeças de cartaz, a coisa promete menos ainda. Que têm Gilberto Gil, Charlie Brown Jr., Black Eyed Speas, Sugababes, João Pedro Pais, Alejandro Sanz, Ivete Sangalo ou Luís Represas a ver com o Rock?
Na ânsia de agradar a gregos e a troianos, e de promover artistas do seu país, a organização deste Festival acabou por nos brindar com uma salganhada sem pés nem cabeça, onde só se deve safar o dia reservado ao som "mais pesado" (Mettalica, Incubus, Sepultura e Slipknot), para quem aprecia o género, os Xutos & Pontapés e, eventualmente, Evanescence e Ben Harper.
A mim, só me atrai o concerto dos Mettalica, mas era necessário que pudesse apreciá-lo num local seguro (tipo numa gaiola à prova de choque), porque os restantes artistas deixam muito a desejar.
Faltam, portanto, 80 dias, 18 horas, 15 minutos e 56 segundos para isto acabar e espero bem que não volte cá de novo, a não ser que seja com outro espírito...
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