Excerto de uma conversa ao telefone com um amigo, este fim-de-semana:
- Olá pá, tás bom? Já não falamos há uma carrada de tempo!
- Pois é, por aqui está tudo bem, e contigo?
...bla, bla, bla... ...e mais bla, bla, bla...
- Eh pá, comprei um álbum de um banda finlandesa, que um amigo me tinha emprestado, que é um espectáculo? Tens que gravar isto, pá! Vais adorar!
- Ah é, porreiro. Olha, e aqueles tipos que tu adoras, de que me falaste da última vez, que lançaram agora o 2º álbum? Já o compraste? Ouvi falar muito bem deles mas ainda não conheço nada deste novo.
- Eh pá, isso agora toda a gente ouve, já não lhes acho piada. Nem vale a pena comprar porque toda a gente tem o disco.
- Então mas já o ouviste?
- Eh pá, nem vale a pena pá...são uns vendidos, é sempre a mesma coisa. Até já têm um videoclip na MTV.
Esta conversa podia ter sido sobre música, cinema ou outra coisa qualquer...desde que seja sobre algo subjectivo. Enquanto se trata de algo que ninguém a não ser meia dúzia de tipos conheça, é muito cool, muito bom, excelente, uma obra de arte. A partir do momento em que um número maior de pessoas passa a gostar, deixa de ser estas coisas todas, porque já é muito mainstream. Os artistas (os mesmos que antes) passam a ser uns vendidos, iguais aos outros, pouco originais, etc...
Cada vez estou mais convencido que as pessoas como este meu amigo não gostam da música ou dos filmes por si mesmos, gostam é da ideia de ouvir ou ver algo que "mais ninguém" ouve ou vê! Raios partam o elitismo, xiça! Haja paciência!
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