Escola de comportamento social Artur Jorge (ou a normalidade em estado puro e refinado)
Quando em apenas 3 dias, se pode abrir um qualquer jornal e ler o tipo de declarações que de seguida refiro, só posso chegar à conclusão (mais uma vez) que o nosso país atingiu um ponto a que se pode designar, sem grande dificuldade, o ponto de sem vergonhice absoluta. Senão vejamos:
"Alterava os relatórios de observadores/avaliadores de árbitros devido à minha maneira de ser e à preocupação em estabelecer uma forma de justiça relativa nas descidas e promoções de categoria."
Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (1983/89 e 1998/2004).
26-02-2007, Jornal de Notícias
"É prática normal e habitual os partidos terem contas paralelas, logo não cometi nenhuma irregularidade."
Fátima Felgueiras, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras (1995/????).
27-02-2007, Correio da Manhã
Dois crimes, previstos e puníveis por lei, desculpados pelos acusados, com a maior das naturalidades, invocando a normalidade dos referidos procedimentos criminosos. Afinal, e como diria o "saudoso" Artur Jorge, é tudo perfeitamente normal, perfeitamente normal.
Ora, após intensa investigação histórica, a redacção do desBlogueador descobriu alguns antecedentes, de seguida resumidos, que podem constituir jurisprudência nestes casos, deixando os criminosos sair impunes das suas normais ilegalidades. E aqui estão eles:
"Bater na mãe é perfeitamente normal e um país não deve ser impedido de ser fundado só por causa disso."
Afonso Henriques, São Mamede, 1128
"Fazer notas falsas não passa de uma brincadeira normal, e não entendo porque não poderão ser utilizadas como todas as outras notas, desde que estejam bem reproduzidas."
Alves dos Reis, Lisboa, 1924
"Ora se até Deus, quando nos deu o terramoto, nos indicou claramente a necessidade de nos livrarmos desses inimigos de Deus, do rei e da pátria, não entendo o porquê de tais acusações relativamente a um processo tão normal quanto o dos Távoras."
Sebastião José de Carvalho e Melo, Oeiras, 1758
"Mandar portugueses de férias para o Tarrafal é perfeitamente normal, até porque se sabe que os ares equatoriais fazem muito bem ao tratamento de doenças pulmonares, nomeadamente a tuberculose."
António de Oliveira Salazar, Santa Comba Dão, 1967
"Matar fascistas ao tiro ou à bomba, pá, é perfeitamente normal, pá, ou não fossem eles contra a revolução, pá, do proletariado, pá, e inimigos da liberdade, pá, que nós vamos impor, respeitando o claro desejo do povo, pá!"
Otelo Saraiva de Carvalho, Caxias, 1985
"Fazer amor com criancinhas, a troco de dinheiro, é um acto perfeitamente natural e normal e não deveria ser só considerado legal como igualmente ser incentivado pelo Estado."
Jorge Ritto, Évora, 2004
"Explain again how sheep's bladders may be employed to prevent earthquakes."
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Óscares 2007 - os filmes esquecidos
O desBlogueador apresenta, num exclusivo quase mundial, o filme que esteve para ser candidato ao prémio de melhor filme estrangeiro deste ano, mas que foi no último momento retirado das listas, devido à cena que vos apresentamos:
Ganges' riverside love (O amor nas margens do Ganges) - 2007 (Trailer)
O desBlogueador apresenta, num exclusivo quase mundial, o filme que esteve para ser candidato ao prémio de melhor filme estrangeiro deste ano, mas que foi no último momento retirado das listas, devido à cena que vos apresentamos:
Ganges' riverside love (O amor nas margens do Ganges) - 2007 (Trailer)
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Size matters?
O recentemente editado livro "O pénis – da masculinidade ao órgão masculino", da autoria do sexólogo Nuno Monteiro Pereira apresenta uma série de dados estatísticos sobre as características sexuais do povo lusitano. Entre elas, refere-se a dimensão média do pénis nacional, como sendo de 15,8 centímetros (em erecção).
Para efeitos puramente iztúpidos, realizou-se hoje uma pequena sondagem entre os membros da redacção do desBlogueador de conversa, de modo a verificar como nos comportávamos relativamente aos dados apresentados no referido livro. E, curiosamente ou talvez não, constatou-se que ficamos exactamente na tal média de 15,8 centímetros. O que me parece francamente simpático, dado que é notório e sabido que dois dos membros do blog contribuem, ambos, com precisamente 0 (zero) centímetros para o total acumulado pelos restantes. O resto, como diria o "saudoso" Toneca Guterres, é fazer as contas!
O recentemente editado livro "O pénis – da masculinidade ao órgão masculino", da autoria do sexólogo Nuno Monteiro Pereira apresenta uma série de dados estatísticos sobre as características sexuais do povo lusitano. Entre elas, refere-se a dimensão média do pénis nacional, como sendo de 15,8 centímetros (em erecção).
Para efeitos puramente iztúpidos, realizou-se hoje uma pequena sondagem entre os membros da redacção do desBlogueador de conversa, de modo a verificar como nos comportávamos relativamente aos dados apresentados no referido livro. E, curiosamente ou talvez não, constatou-se que ficamos exactamente na tal média de 15,8 centímetros. O que me parece francamente simpático, dado que é notório e sabido que dois dos membros do blog contribuem, ambos, com precisamente 0 (zero) centímetros para o total acumulado pelos restantes. O resto, como diria o "saudoso" Toneca Guterres, é fazer as contas!
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Dúvidas que advêm das melhores férias (por grande, grande distância) da minha vida*:
a) Como é que se recupera de 6-dias-6 sem internet? O meu Google Reader tem neste momento p'raí milhão e meio de coisas para ver.
b) Como é que esta merda está nomeada para 7 estatuetas doiradas, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador? Faz Blair Witch Project ou o Death to Smoochie parecerem obras primas do cinema mundial.
*Título extremamente extemporâneo feito de propósito para causar inveja ao amigo leitor e para fazer justiça a quem lá esteve.
a) Como é que se recupera de 6-dias-6 sem internet? O meu Google Reader tem neste momento p'raí milhão e meio de coisas para ver.
b) Como é que esta merda está nomeada para 7 estatuetas doiradas, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador? Faz Blair Witch Project ou o Death to Smoochie parecerem obras primas do cinema mundial.
*Título extremamente extemporâneo feito de propósito para causar inveja ao amigo leitor e para fazer justiça a quem lá esteve.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Every spam is sacred!
Em 24 singelas horas, e sem contar com as repetições:
for mosstroope / Is at reversal / Realize your manhoods full potential / it mist of congenital / it marin by shark / AmbiValiXana / for mang / I or irreparable / A no bureaucracy / Fifth Third Bank Notification! / Online Casinos are known for giving / He on pubescent / How is life / Stock Trader Alert / Is wisdom / Buy impotence drugs with us much cheaper! / Seasonal Affective Disorder / Total condidentiality / we need to update your information / Fifth Third Bank - customer alert / Penis enlargement breakthrough! / First-class replica watches at Replica Classics / First-class replica watches at Replica Classics / Selection and savings / We offer the selection and prices customers want / for housewifel / for unadvise / Increase your Penis Size / Alba best / Want to be a hero in a bed? / Rolex is not for all. Is it for you ? / Your L,oa*n needs / Check *this ou*t / GMT Truck Powered / for horizonta / Gain Up To 3+ Full Inches In Length / Awards / are never heard/ Hed been there all along It was just a thaw / Fabulous / on zygomat / on ondatr / death in the sheltered forest / Most reliable replica from Patek Philippe watch here / on gynaecologica / on entanglemen / rolex cartier omega LV CD chanel gucci / Vliagra lno dr visitl needed / Meridya lPrescript weighlt loss / eiliger Bescheid / Growth Hormllorel defy aging / A humming wind / on levan / credenciales de identificacion / So-.mla / Ere.c.ltile meds lowest colst / to vulcanit / Erect med no doc visit needed / Sol-l.ma / Defy agingl withl Hl-G.H / Amlbein helps you slleep / like riding into the sunset / Cialys No doc vislit / Dilabletes Mledicines / Ambeiln no prescript needled / Lolve Making enhlancements/ Ambeinl no prescript neelded / Clodeinele no dr visit / Love lenhancemelnt / Your L,*oan needs / to deit/ We have the be***st rat=es / Mais um inocente paga pela falta de amor do ser humano pelo seu próximo / Defy aging with Hl-G.H / Ere.c.tile medsl loweslt colst / to Sata / to adamantin / Cliallys No ldoc visit.
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terça-feira, fevereiro 20, 2007
Política Comercial Surreal, take 2, Lisboa 20-2-2007
Se há coisa com a qual eu não convivo bem, nos dias que correm, é esta situação das empresas só acederem aos desejos dos seus clientes, quando confrontadas com o abandono. Faz lembrar um pouco os relacionamentos entre pessoas. Só quando confrontados com situações limite, reconhecem os seus erros e prometem mudar até... à próxima confrontação.
Então não é que me dirigi, hoje, a uma loja da TVCabo, para terminar a minha ligação Internet, e os senhores, com mil e um descontos disto e daquilo (por que é que não mos deram anteriormente, hein!?), chegaram à conclusão que eu ficaria a pagar a quantia de 51€, acrescentando a SportTv, àquilo que já tenho e mantendo a mesma ligação, que me permite, por exemplo, continuar a despejar aqui estas baboseiras? Inacreditável!
Com as alterações que eu queria fazer inicialmente (e que me faziam ficar somente com 12 canais em vez dos 40 e não sei quantos com que vou continuar), e seguindo o seu preçário comercial, a coisa custaria 53,98 €? Mas isto faz algum sentido? É que não se percebe de todo qual a ideia...
Só quando uma pessoa se queixa, na boa dinâmica do "quem não chora não mama" é que encontram soluções miraculosas? Não pensem que toda a gente funciona neste registro, meus amigos! Regra geral, não quero ser nem menos, nem mais que os outros, mas neste momento sinto-me um dos "mais", sendo que durante meses, sinto que me entraram no meu bolso, pura e simplesmente porque eu não me queixei. Assim, nem um obrigadinho merecem, ó seus xupistas duma figa.
Decididamente, acho que estou a viver em tempos que não me agradam de todo e surgi aqui à face da terra, com uns quantos anos de atraso.
Se há coisa com a qual eu não convivo bem, nos dias que correm, é esta situação das empresas só acederem aos desejos dos seus clientes, quando confrontadas com o abandono. Faz lembrar um pouco os relacionamentos entre pessoas. Só quando confrontados com situações limite, reconhecem os seus erros e prometem mudar até... à próxima confrontação.
Então não é que me dirigi, hoje, a uma loja da TVCabo, para terminar a minha ligação Internet, e os senhores, com mil e um descontos disto e daquilo (por que é que não mos deram anteriormente, hein!?), chegaram à conclusão que eu ficaria a pagar a quantia de 51€, acrescentando a SportTv, àquilo que já tenho e mantendo a mesma ligação, que me permite, por exemplo, continuar a despejar aqui estas baboseiras? Inacreditável!
Com as alterações que eu queria fazer inicialmente (e que me faziam ficar somente com 12 canais em vez dos 40 e não sei quantos com que vou continuar), e seguindo o seu preçário comercial, a coisa custaria 53,98 €? Mas isto faz algum sentido? É que não se percebe de todo qual a ideia...
Só quando uma pessoa se queixa, na boa dinâmica do "quem não chora não mama" é que encontram soluções miraculosas? Não pensem que toda a gente funciona neste registro, meus amigos! Regra geral, não quero ser nem menos, nem mais que os outros, mas neste momento sinto-me um dos "mais", sendo que durante meses, sinto que me entraram no meu bolso, pura e simplesmente porque eu não me queixei. Assim, nem um obrigadinho merecem, ó seus xupistas duma figa.
Decididamente, acho que estou a viver em tempos que não me agradam de todo e surgi aqui à face da terra, com uns quantos anos de atraso.
Diálogo surreal, Portugal (ou Zimbabué, tanto faz pelos vistos), 18 - 02 -2007
Serviço Comercial TVCabo - Serviço comercial TVCabo, fala o Zé dos Anzóis, boa noite, em que posso e patati e patata...
Cliente incauto (aqui este bronco que vos escreve, portanto) - Ora muito boa noite.
SCT - Diga se faz favor.
CI - Olhe, eu estive aqui a consultar a vossa página da Internet e queria alterar aqui quer o meu pacote de Tv, quer a minha ligação à Internet.
SCT - Sim sr., diga-me "uma-catrefada-de-dados-seus-para-eu-ter-a-certeza-que-você-é-mesmo-você".
CI - "Sim-senhor-eu-sou-mesmo-eu".
SCT - Ora então diga lá o que pretende fazer?
CI - Ora bem (e nem sabem o que isto me custa fazer, dado serem os donos destes canais os aldrabões que são), queria instalar a SportTV (Formula 1 a quanto me obrigas, que não há nenhum café que a meta a dar, tal a emoção inerente à coisa...) , mas ao mesmo tempo não queria o serviço de 40 e não sei quantos canais, que basicamente não me servem para nada, a não ser para o meu único exercício físico diário - o zapping. E então reparei que têm aqui um pacote mesmo à medida disto, que é o XYZ.
SCT - Sim senhor, isso vai custar-lhe x,y Euros por mês, que é mais um pouco do que paga actualmente acrescido do aluguer não-sei-do-quê, que lhe custa 5 Euros por mês.
CI - 5 Euros? Mas no vosso site não diz nada disso!
SCT - Pois, mas é para esclarecer essas dúvidas que existe o Serviço Comercial.
CI - Humpf!!!! Bom, seja lá isso então, mas quero desde já dizer que estão a omitir informação, levando as pessoas ao engano.
SCT - Acredito que sim, mas é este o preçário.
CI- Pois, estou a ver. Pois então se tem que ser, que o seja... (malditos chulos vigaristas e mafiosos!)
SCT - Ora muito bem e quanto à Internet? Que deseja fazer?
CI - Bom, eu queria passar aqui para um pacote que é o XYZLightZapCabóNetSpeed que pelo que vi vai custar somente x,y Euros, que é menos que o que eu pago agora.
SCT - Quer fazer então um downgrading?
CI - Erhhhh... Sim, isso.
SCT - Ora, só um momento então.
CI - ...
SCT - Só mais um momento, por favor.
CI - ...
SCT - Só mais um momento, que estou aqui a ter umas dificuldades para agendar esse seu pedido.
CI - Sim, eu espero.
SCT - Só mais um momento, por favor.
CI - ...
SCT - Pois, temos aqui um problema
CI - Sim...
SCT - O senhor para aderir a este pacote da Net mais barato, terá que manter o serviço clássico da TVCabo. E então, se quiser, fazer a assinatura da SportTv.
CI - Como? Desculpe?
SCT - Para aderir ao pacote da Ne...
CI - Não precisa repetir. Eu percebi à primeira, só que me pareceu tão absurdo , que disse o que disse.
SCT - Pois, então é isso.
CI - Mas isso é cretino!
SCT - Peço desculpa de não lhe ter dito logo, mas é assim mesmo. Faz parte da nossa política comercial em vigor.
CI- Isso é uma política comercial cretina. Quem fez essa política comercial deve ter um cérebro de ameba!
SCT - Desculpe?
CI - É isso mesmo que acabou de ouvir. Então deixe-me cá fazer algumas perguntas. Então e se eu não tivesse NetCabo, poderia aderir à TV como sugeri?
SCT - Sim, claro.
CI - E se passado uma semana quisesse instalar a NetCabo no tal pacote que eu pretendo, aceitavam?
SCT - Em princípio, julgo que sim, porque estava a aderir a mais serviços.
CI - Então e se eu agora desistir da NetCabo, posso instalar à vontade o pacote de TV que eu disse?
SCT - Sim.
CI - Muito boa noite e um queijo. Acabaram de perder um cliente da Internet, e é pena neste país da treta, que a vossa empresa da cangalheta não tenha nenhum concorrente na zona, que senão eu lhes dizia como era. Vocês são a empresa com a Política Comercial mais ridícula e cretina que algum dia já ouvi falar, meus amigos. Devem ter a comandá-la algumas das pessoas mais estúpidas que algum vão conhecer. E já agora vão-se fornicating todos!
Ora bem, e para finalizar, malta que está sempre em cima destas coisas, aqui o bronco agradecia uma pequena ajuda, que é a seguinte: Estes senhores por conta da sua "política comercial ultra-hiper avançada", acabaram de perder um cliente. Não tendo eu telefone fixo (nem querendo tê-lo) quais poderão ser as minhas opções?
Serviço Comercial TVCabo - Serviço comercial TVCabo, fala o Zé dos Anzóis, boa noite, em que posso e patati e patata...
Cliente incauto (aqui este bronco que vos escreve, portanto) - Ora muito boa noite.
SCT - Diga se faz favor.
CI - Olhe, eu estive aqui a consultar a vossa página da Internet e queria alterar aqui quer o meu pacote de Tv, quer a minha ligação à Internet.
SCT - Sim sr., diga-me "uma-catrefada-de-dados-seus-para-eu-ter-a-certeza-que-você-é-mesmo-você".
CI - "Sim-senhor-eu-sou-mesmo-eu".
SCT - Ora então diga lá o que pretende fazer?
CI - Ora bem (e nem sabem o que isto me custa fazer, dado serem os donos destes canais os aldrabões que são), queria instalar a SportTV (Formula 1 a quanto me obrigas, que não há nenhum café que a meta a dar, tal a emoção inerente à coisa...) , mas ao mesmo tempo não queria o serviço de 40 e não sei quantos canais, que basicamente não me servem para nada, a não ser para o meu único exercício físico diário - o zapping. E então reparei que têm aqui um pacote mesmo à medida disto, que é o XYZ.
SCT - Sim senhor, isso vai custar-lhe x,y Euros por mês, que é mais um pouco do que paga actualmente acrescido do aluguer não-sei-do-quê, que lhe custa 5 Euros por mês.
CI - 5 Euros? Mas no vosso site não diz nada disso!
SCT - Pois, mas é para esclarecer essas dúvidas que existe o Serviço Comercial.
CI - Humpf!!!! Bom, seja lá isso então, mas quero desde já dizer que estão a omitir informação, levando as pessoas ao engano.
SCT - Acredito que sim, mas é este o preçário.
CI- Pois, estou a ver. Pois então se tem que ser, que o seja... (malditos chulos vigaristas e mafiosos!)
SCT - Ora muito bem e quanto à Internet? Que deseja fazer?
CI - Bom, eu queria passar aqui para um pacote que é o XYZLightZapCabóNetSpeed que pelo que vi vai custar somente x,y Euros, que é menos que o que eu pago agora.
SCT - Quer fazer então um downgrading?
CI - Erhhhh... Sim, isso.
SCT - Ora, só um momento então.
CI - ...
SCT - Só mais um momento, por favor.
CI - ...
SCT - Só mais um momento, que estou aqui a ter umas dificuldades para agendar esse seu pedido.
CI - Sim, eu espero.
SCT - Só mais um momento, por favor.
CI - ...
SCT - Pois, temos aqui um problema
CI - Sim...
SCT - O senhor para aderir a este pacote da Net mais barato, terá que manter o serviço clássico da TVCabo. E então, se quiser, fazer a assinatura da SportTv.
CI - Como? Desculpe?
SCT - Para aderir ao pacote da Ne...
CI - Não precisa repetir. Eu percebi à primeira, só que me pareceu tão absurdo , que disse o que disse.
SCT - Pois, então é isso.
CI - Mas isso é cretino!
SCT - Peço desculpa de não lhe ter dito logo, mas é assim mesmo. Faz parte da nossa política comercial em vigor.
CI- Isso é uma política comercial cretina. Quem fez essa política comercial deve ter um cérebro de ameba!
SCT - Desculpe?
CI - É isso mesmo que acabou de ouvir. Então deixe-me cá fazer algumas perguntas. Então e se eu não tivesse NetCabo, poderia aderir à TV como sugeri?
SCT - Sim, claro.
CI - E se passado uma semana quisesse instalar a NetCabo no tal pacote que eu pretendo, aceitavam?
SCT - Em princípio, julgo que sim, porque estava a aderir a mais serviços.
CI - Então e se eu agora desistir da NetCabo, posso instalar à vontade o pacote de TV que eu disse?
SCT - Sim.
CI - Muito boa noite e um queijo. Acabaram de perder um cliente da Internet, e é pena neste país da treta, que a vossa empresa da cangalheta não tenha nenhum concorrente na zona, que senão eu lhes dizia como era. Vocês são a empresa com a Política Comercial mais ridícula e cretina que algum dia já ouvi falar, meus amigos. Devem ter a comandá-la algumas das pessoas mais estúpidas que algum vão conhecer. E já agora vão-se fornicating todos!
Ora bem, e para finalizar, malta que está sempre em cima destas coisas, aqui o bronco agradecia uma pequena ajuda, que é a seguinte: Estes senhores por conta da sua "política comercial ultra-hiper avançada", acabaram de perder um cliente. Não tendo eu telefone fixo (nem querendo tê-lo) quais poderão ser as minhas opções?
domingo, fevereiro 18, 2007
Igreja Católica quer tornar "inútil" futura legislação sobre aborto
Andou esta malta cinco dias a reflectir, para chegar a conclusões destas? Ó meus amigos, não será mais ao contrário:
Futura legislação sobre o aborto torna (ainda mais) "inútil" a Igreja Católica?
Andou esta malta cinco dias a reflectir, para chegar a conclusões destas? Ó meus amigos, não será mais ao contrário:
Futura legislação sobre o aborto torna (ainda mais) "inútil" a Igreja Católica?
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Meus amigos, ganhem uma hora das vossas vidas...
...e vejam porque é que eu digo que o 'Top Gear' é o melhor programa de televisão do mundo. Vão aqui e vejam o episódio em 6 partes ou saquem dos "Sítios do costume". Absolutamente perfeito! Os três apresentadores vão fazer uma espécie de "rally-raid" ao estados sulistas do Estados Unidos e produzem dos 50 minutos de televisão mais hilariantes que já vi. Aqui fica a primeira parte (enquanto funcionar):
PS: Estes links não devem demorar muito a ser removidos pelos senhores do YouTube, mas procurem lá ou no Daily Motion por 'Top Gear' em vídeos dos últimos 7 dias e alguma coisa há-de aparecer. Ou então saquem mesmo o 3º episódio desta 9ª série, vocês é que sabem que ilegalidade hão de fazer para ver isto.
PPS: Quão nerd tenho eu de ser para adorar esta batalha virtual entre o Sr. Jobs e o Sr. Gates? Eu sei, muito mesmo.
...e vejam porque é que eu digo que o 'Top Gear' é o melhor programa de televisão do mundo. Vão aqui e vejam o episódio em 6 partes ou saquem dos "Sítios do costume". Absolutamente perfeito! Os três apresentadores vão fazer uma espécie de "rally-raid" ao estados sulistas do Estados Unidos e produzem dos 50 minutos de televisão mais hilariantes que já vi. Aqui fica a primeira parte (enquanto funcionar):
PS: Estes links não devem demorar muito a ser removidos pelos senhores do YouTube, mas procurem lá ou no Daily Motion por 'Top Gear' em vídeos dos últimos 7 dias e alguma coisa há-de aparecer. Ou então saquem mesmo o 3º episódio desta 9ª série, vocês é que sabem que ilegalidade hão de fazer para ver isto.
PPS: Quão nerd tenho eu de ser para adorar esta batalha virtual entre o Sr. Jobs e o Sr. Gates? Eu sei, muito mesmo.
Coisas que põem em causa o meu militante ateísmo darwinista e que me levam a crer que, se calhar, bem vistas as coisas até é bem capaz de Deus existir:
Só uma pergunta - Quando é que o vídeo aparece no YouTube?
Só uma pergunta - Quando é que o vídeo aparece no YouTube?
terça-feira, fevereiro 13, 2007
No more plenty good laughters: Chinglish is almost corpse
Tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2008, o governo chinês resolveu substituir as inúmeras placas com informação em inglês para os turistas, de modo a corrigir as verdadeiras pérolas humorísticas que era costume encontrar espalhadas pelo país, escritas segundo traduções, digamos assim, alternativas, e que deram origem a um novo "idioma" denominado Chinglish.
Serve isto para provar que, apesar da falsa aparência de abertura ao exterior, a ditadura comunista chinesa ainda dá cartas, dado que estas duras medidas podem provocar o desaparecimento de informações como as seguintes:
"Deformed man" - numa casa de banho para deficientes motores;
"Show mercy to the slender grass" - num relvado;
"Enjoy stand toilet" - a apontar para uma casa de banho;
"Dongda hospital for anus and intestine disease Beijing" - num hospital de Proctologia;
"Pubic toilet" - noutra casa de banho;
"To take notice of safe: the slippery are very crafty" - pavimento escorregadio;
"Genitl Emen" - ainda noutra casa de banho (que fixação);
"Cunt Examination" - uma placa num hospital, presumo que a apontar para uma sala de exames ginecológicos;
"Thunderstorm weather do not use mobile phone" - num parque.
Mais exemplos aqui, aqui, aqui e aqui.
Tendo em vista os Jogos Olímpicos de 2008, o governo chinês resolveu substituir as inúmeras placas com informação em inglês para os turistas, de modo a corrigir as verdadeiras pérolas humorísticas que era costume encontrar espalhadas pelo país, escritas segundo traduções, digamos assim, alternativas, e que deram origem a um novo "idioma" denominado Chinglish.
Serve isto para provar que, apesar da falsa aparência de abertura ao exterior, a ditadura comunista chinesa ainda dá cartas, dado que estas duras medidas podem provocar o desaparecimento de informações como as seguintes:
"Deformed man" - numa casa de banho para deficientes motores;
"Show mercy to the slender grass" - num relvado;
"Enjoy stand toilet" - a apontar para uma casa de banho;
"Dongda hospital for anus and intestine disease Beijing" - num hospital de Proctologia;
"Pubic toilet" - noutra casa de banho;
"To take notice of safe: the slippery are very crafty" - pavimento escorregadio;
"Genitl Emen" - ainda noutra casa de banho (que fixação);
"Cunt Examination" - uma placa num hospital, presumo que a apontar para uma sala de exames ginecológicos;
"Thunderstorm weather do not use mobile phone" - num parque.
Mais exemplos aqui, aqui, aqui e aqui.
É pena, mas...
...é tão tuga, esta reacção de Tiago Monteiro: "Os gajos até me queriam lá, mas eu é que não quis. Vou p'ra uma cena melhor, tipo Fórmula 0 ou assim".
...é tão tuga, esta reacção de Tiago Monteiro: "Os gajos até me queriam lá, mas eu é que não quis. Vou p'ra uma cena melhor, tipo Fórmula 0 ou assim".
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Coisas muito positivas do dia seguinte:
O novo "Público". É muito baseado no inglês "Guardian", ou não fosse o seu designer o mesmo. Mas há um ponto, para mim, muito positivo: Mais texto em quantidade e em qualidade (mais reportagem no P2, baseado no G2 inglês). Duvido é que haja 96 páginas (mesmo com o aumento brutal da publicidade) para preencher todos os dias num país como o nosso. Está bonito e está melhor: eis como o melhor jornal português se torna ainda melhor.
O novo "Público". É muito baseado no inglês "Guardian", ou não fosse o seu designer o mesmo. Mas há um ponto, para mim, muito positivo: Mais texto em quantidade e em qualidade (mais reportagem no P2, baseado no G2 inglês). Duvido é que haja 96 páginas (mesmo com o aumento brutal da publicidade) para preencher todos os dias num país como o nosso. Está bonito e está melhor: eis como o melhor jornal português se torna ainda melhor.
João César das Neves rejubila...
A sensação duma passagem de um camião pela estrada é tudo o que levamos por termos aprovado esta lei do pecado? Ó ser superior, pá, muito fraquinho. Vê lá isso no departamento das vinganças, que quase que não dei por nada.
A sensação duma passagem de um camião pela estrada é tudo o que levamos por termos aprovado esta lei do pecado? Ó ser superior, pá, muito fraquinho. Vê lá isso no departamento das vinganças, que quase que não dei por nada.
As razões da abstenção
a) O país é habitado, na sua maioria, por portugueses;
b) Estava frio;
c) Cerca de 6 (ou 10, ou 15 ou 200) milhões de portugueses estavam de ressaca desde sábado e logo, em más condições psicológicas para exercer o seu dever cívico;
d) Meia centena de mulheres estavam em Espanha, ali mesmo ao lado da fronteira, na conhecida estância balnear Clínica dos Arcos;
e) Não estava propriamente calor;
f) Porque sim!
g) Todas as anteriores.
a) O país é habitado, na sua maioria, por portugueses;
b) Estava frio;
c) Cerca de 6 (ou 10, ou 15 ou 200) milhões de portugueses estavam de ressaca desde sábado e logo, em más condições psicológicas para exercer o seu dever cívico;
d) Meia centena de mulheres estavam em Espanha, ali mesmo ao lado da fronteira, na conhecida estância balnear Clínica dos Arcos;
e) Não estava propriamente calor;
f) Porque sim!
g) Todas as anteriores.
domingo, fevereiro 11, 2007
Sim.
Acabou "a campanha sobre o aborto". E os "portugueses" foram bem claros em dizer duas coisas:
1 - Esta via legislativa não nos interessa para nada. Realmente, o que o Joaquim disse aqui em baixo tem toda a razão. A malta não gosta da Razão. Não gosta de se questionar e tem medo de perguntar. É, diria, uma questão genética: Nem para decidir para que lado a pessoa que nos está a perguntar o caminho gostamos de nos perguntar - dizemos um e pronto, cá vai disto, que se ela for ter a outro sítio o problema é dela e fizemos boa figura (eu próprio me insiro neste grupo - cuidado se algum dia me perguntarem o caminho para algum sítio). Ainda querem fazer um referendo sobre a Constituição Europeia durante ou logo após a nossa presidência no próximo semestre. Quem estiver com essa ideia é estúpido que nem uma porta - a "Europa" está tão longe do português médio como as dores de crescimento económico chinesas. Nós queremos falar e dizer mal do nosso cantinho. Não gostamos - nunca gostamos - de pensar muito lá para fora e não estarei longe da verdade se disser que em 90% das vezes "Bruxelas" - ou qualquer coisa similar - vem antecedido da expressão "pára lá de falar dessas coisas" no vocabulário tuga. Eu, que posso dizer sem parecer presunçoso que estou p'raí na elite dos 10/15% mais bem informados - porque gosto do jogo político - sobre a questão europeia teria de votar em branco porque, honestamente, não tenho informação suficiente para avaliar se quero ou não uma Constituição Europeia e imagino o "português médio" a dizer: "Quê?!". Deixem-se disso, pá. Referendos acabaram (com alguma pena minha) não por falta de participação mas mesmo (e mais grave) por falta de vontade colectiva porque dos poucos que votaram hoje a maioria não seguiu a campanha, não se empenhou e limitou-se a fazer o que o partido/religião o "mandou" fazer.
2 - O Portugal urbano ganhou ao Portugal rural. É curioso ver isso na divisão de votos por distrito e na evolução dos votos ao longo da noite. Se ás 20h os resultados das freguesias apuradas (as mais pequenas e rurais) dava uma ligeira vantagem ao sim (53.28-46.7), ela foi subindo à medida que se iam apurando as assembleias de peso médio (20h30: 56.7-43.3), ela dilatou-se ás 21 (58.77-41.23) e confirmou-se ás 21h30(59.32-40.68), quando a grande maioria das freguesias já estava apurada - os Açores acabaram por fazer baixar nos últimos 19 minutos de escrutínio o Sim cerca de 0,07%. Portanto se havia uma tendência para o Sim nas freguesias pequenas, ela só se confirmou no voto urbano. Do tal Portugal do CREDO (Canal Regional do Enterior Desquecido e Ostracizado) ao Portugal de Lisboa, Setúbal, Coimbra e Porto, o sim subiu 11%. É a vitória (pouco valiosa, é certo) do Portugal que quer alguma "bola p'ra frente" do Portugal que só quer o catenaccio. Porque, se do lado do 'Sim' houve gente odiosa e desonesta - ó, se houve - nada se compara a um João César das Neves (que faz Francisco Louçã parecer um moderado) ou a este post eleitoral que resume um pouco todo um 'Não' que prevaleceu durante grande parte da campanha. O 'Sim' ganhou por 25,44% contra 17,42% do 'Não' (no global dos inscritos - contando com os mortos e os emigrados) porque não andou a ameaçar humoristas nem a fazer folhetos com Fátima a chorar - e porque guardou na gaveta os graffitis do "Na minha barriga mando eu".
Gostava de pensar como liberal que sou - na economia moderado, nos valores menos moderado (acho que o Estado, por princípio, não se deve meter na vida das pessoas desde que elas não façam mal a ninguém senão, porventura, a elas próprias) que isto é um pequeno e curto passo a caminho de mais liberdade para os cidadãos. Mas é provável que os cidadãos mandem essa liberdade ficar em casa a dizer mal dos outros.
PS: Interessante. E como, baseado na notícia da AP, as principais cadeias americanas nos dão muito mais importância do que é costume. Aliás, nem numa eleição presidencial me lembro de abrimos o site da BBC. Vidas.
PPS: Houve dois referendos locais na história da democracia directa em Portugal: um em Tavira e outro em Serreleis que tinha como pergunta:
"Concorda com a construção de um campo de jogos para diversos desportos (polidesportivo) na parte de trás do Salão Paroquial de Serreleis?". Lindo!
Acabou "a campanha sobre o aborto". E os "portugueses" foram bem claros em dizer duas coisas:
1 - Esta via legislativa não nos interessa para nada. Realmente, o que o Joaquim disse aqui em baixo tem toda a razão. A malta não gosta da Razão. Não gosta de se questionar e tem medo de perguntar. É, diria, uma questão genética: Nem para decidir para que lado a pessoa que nos está a perguntar o caminho gostamos de nos perguntar - dizemos um e pronto, cá vai disto, que se ela for ter a outro sítio o problema é dela e fizemos boa figura (eu próprio me insiro neste grupo - cuidado se algum dia me perguntarem o caminho para algum sítio). Ainda querem fazer um referendo sobre a Constituição Europeia durante ou logo após a nossa presidência no próximo semestre. Quem estiver com essa ideia é estúpido que nem uma porta - a "Europa" está tão longe do português médio como as dores de crescimento económico chinesas. Nós queremos falar e dizer mal do nosso cantinho. Não gostamos - nunca gostamos - de pensar muito lá para fora e não estarei longe da verdade se disser que em 90% das vezes "Bruxelas" - ou qualquer coisa similar - vem antecedido da expressão "pára lá de falar dessas coisas" no vocabulário tuga. Eu, que posso dizer sem parecer presunçoso que estou p'raí na elite dos 10/15% mais bem informados - porque gosto do jogo político - sobre a questão europeia teria de votar em branco porque, honestamente, não tenho informação suficiente para avaliar se quero ou não uma Constituição Europeia e imagino o "português médio" a dizer: "Quê?!". Deixem-se disso, pá. Referendos acabaram (com alguma pena minha) não por falta de participação mas mesmo (e mais grave) por falta de vontade colectiva porque dos poucos que votaram hoje a maioria não seguiu a campanha, não se empenhou e limitou-se a fazer o que o partido/religião o "mandou" fazer.
2 - O Portugal urbano ganhou ao Portugal rural. É curioso ver isso na divisão de votos por distrito e na evolução dos votos ao longo da noite. Se ás 20h os resultados das freguesias apuradas (as mais pequenas e rurais) dava uma ligeira vantagem ao sim (53.28-46.7), ela foi subindo à medida que se iam apurando as assembleias de peso médio (20h30: 56.7-43.3), ela dilatou-se ás 21 (58.77-41.23) e confirmou-se ás 21h30(59.32-40.68), quando a grande maioria das freguesias já estava apurada - os Açores acabaram por fazer baixar nos últimos 19 minutos de escrutínio o Sim cerca de 0,07%. Portanto se havia uma tendência para o Sim nas freguesias pequenas, ela só se confirmou no voto urbano. Do tal Portugal do CREDO (Canal Regional do Enterior Desquecido e Ostracizado) ao Portugal de Lisboa, Setúbal, Coimbra e Porto, o sim subiu 11%. É a vitória (pouco valiosa, é certo) do Portugal que quer alguma "bola p'ra frente" do Portugal que só quer o catenaccio. Porque, se do lado do 'Sim' houve gente odiosa e desonesta - ó, se houve - nada se compara a um João César das Neves (que faz Francisco Louçã parecer um moderado) ou a este post eleitoral que resume um pouco todo um 'Não' que prevaleceu durante grande parte da campanha. O 'Sim' ganhou por 25,44% contra 17,42% do 'Não' (no global dos inscritos - contando com os mortos e os emigrados) porque não andou a ameaçar humoristas nem a fazer folhetos com Fátima a chorar - e porque guardou na gaveta os graffitis do "Na minha barriga mando eu".
Gostava de pensar como liberal que sou - na economia moderado, nos valores menos moderado (acho que o Estado, por princípio, não se deve meter na vida das pessoas desde que elas não façam mal a ninguém senão, porventura, a elas próprias) que isto é um pequeno e curto passo a caminho de mais liberdade para os cidadãos. Mas é provável que os cidadãos mandem essa liberdade ficar em casa a dizer mal dos outros.
PS: Interessante. E como, baseado na notícia da AP, as principais cadeias americanas nos dão muito mais importância do que é costume. Aliás, nem numa eleição presidencial me lembro de abrimos o site da BBC. Vidas.
PPS: Houve dois referendos locais na história da democracia directa em Portugal: um em Tavira e outro em Serreleis que tinha como pergunta:
"Concorda com a construção de um campo de jogos para diversos desportos (polidesportivo) na parte de trás do Salão Paroquial de Serreleis?". Lindo!
Avante Camarada, Avante!
Definitivamente, e a confirmarem-se os dados já avançados pela CNE, de que a abstenção será a grande vencedora de mais um referendo, cada vez compreendo melhor resultados como os do Programa "Os Grandes Portugueses".
O que a malta gosta são ditadores, projectos de ditadores, Reis, primeiros-ministros absolutistas, déspotas, seguidistas fanáticos e afins. Isso e poetas, claro. Isso sim, são Grandes Portugueses. Agora tipos que se dão ao trabalho de nos questionar sobre o que quer que seja, são totós por definição. São uns fracos, porque não sabem impor (pela força) as suas ideias e merecem o nosso desprezo.
O que a malta gosta mesmo é de falar mal dos políticos.
O que a malta gosta mesmo é que os políticos tomem decisões, para depois podermos dizer o quão maus eles são e o quanto falham as instituições democráticas.
O que a malta gosta é de ter políticos que se julgam no direito de fazer o que muito bem entenderem, porque sabem de antemão, que se consultarem os cidadãos da Republica, aquilo que vão ter como resultado, será um enorme e sonoro encolher de ombros.
Não deixa de ser bizarro que um povo que é famoso por ter sempre opinião (jamais esquecer clássicos como o "Almada Negreiros? Como o Almada joga em casa, "Um" ou as não menos célebres entrevistas na Alameda da Universidade de Lisboa a estudantes, sobre figuras relevantes do 25 de Abril, que confundem invariavelmente Otelo com Ramalho Eanes ou Marcelo Caetano) e raramente assume a sua ignorância sobre todo e qualquer assunto desde o Futebol até ao Bestialismo , passando por certezas sobre o sentido da vida, a fotofobia, formas correctas de empregar determinadas palavras da nossa hiper-confusa e anarca língua e até considerações sobre o aquecimento global, quando formalmente instado a dar a sua opinião sobre um determinado assunto, opte por se abster de o fazer. Claro que é um direito que lhes assiste, mas a todos vós, seus abstencionistas duma figa, daqui vai um meu mais sincero :
"Vão todos à Merda!"
Todos, sem excepção. Qualquer que tenha sido a razão para a vossa atitude, ela merece o meu mais profundo desprezo. Não tem nada a ver com a questão em si, mas antes porém com o acto propriamente dito. A partir de hoje considerar-vos-ei com um QI de uma barata, no que ao viver num sistema democrático diz respeito. Sois todos dignos de ser governados por um Átila ou por um Ceausescu qualquer.
Doravante serei sempre contra todo e qualquer referendo, sobre o que quer que seja (nem que seja sobre a refundação da Santa Inquisição ou a implantação de um regime pró Cubano em território Nacional). Espero que os políticos retirem as devidas ilações deste resultado. Os Portugueses não merecem a existência desta figura no nosso sistema político e ponto final. E até digo mais. Não vou votar em mais nenhum referendo. Não quero saber! É um gasto de dinheiro desnecessário. É atirar pérolas a porcos!
Sobre este assunto em questão (da IVG), a partir deste momento, sou a favor do que o Parlamento decida, independentemente de ser favorável à decisão ou não. Nesta questão e noutra qualquer, claro.
E porquê? Porque Portugal, merece ser governado por políticos maus, porque nós como cidadãos, temos aquilo que merecemos e escolhemos. Neste caso a indiferença.
Adenda após visionamento da noite eleitoral: Palavra de honra que não percebo porque é que esta maltosa se regozija com "a diminuição da abstenção". Pessoalmente acho inconcebível alguém não dar a sua opinião num referendo. Numas eleições, sabe-se muito bem que as promessas são o que são e as pessoas por vezes enganam muito. Agora num referendo é sim ou sopas. É a democracia no seu estado mais selvagem e puro. E ainda há quem se regozije com mais de 56 % de abstenção? Ganhem juízo!
Definitivamente, e a confirmarem-se os dados já avançados pela CNE, de que a abstenção será a grande vencedora de mais um referendo, cada vez compreendo melhor resultados como os do Programa "Os Grandes Portugueses".
O que a malta gosta são ditadores, projectos de ditadores, Reis, primeiros-ministros absolutistas, déspotas, seguidistas fanáticos e afins. Isso e poetas, claro. Isso sim, são Grandes Portugueses. Agora tipos que se dão ao trabalho de nos questionar sobre o que quer que seja, são totós por definição. São uns fracos, porque não sabem impor (pela força) as suas ideias e merecem o nosso desprezo.
O que a malta gosta mesmo é de falar mal dos políticos.
O que a malta gosta mesmo é que os políticos tomem decisões, para depois podermos dizer o quão maus eles são e o quanto falham as instituições democráticas.
O que a malta gosta é de ter políticos que se julgam no direito de fazer o que muito bem entenderem, porque sabem de antemão, que se consultarem os cidadãos da Republica, aquilo que vão ter como resultado, será um enorme e sonoro encolher de ombros.
Não deixa de ser bizarro que um povo que é famoso por ter sempre opinião (jamais esquecer clássicos como o "Almada Negreiros? Como o Almada joga em casa, "Um" ou as não menos célebres entrevistas na Alameda da Universidade de Lisboa a estudantes, sobre figuras relevantes do 25 de Abril, que confundem invariavelmente Otelo com Ramalho Eanes ou Marcelo Caetano) e raramente assume a sua ignorância sobre todo e qualquer assunto desde o Futebol até ao Bestialismo , passando por certezas sobre o sentido da vida, a fotofobia, formas correctas de empregar determinadas palavras da nossa hiper-confusa e anarca língua e até considerações sobre o aquecimento global, quando formalmente instado a dar a sua opinião sobre um determinado assunto, opte por se abster de o fazer. Claro que é um direito que lhes assiste, mas a todos vós, seus abstencionistas duma figa, daqui vai um meu mais sincero :
"Vão todos à Merda!"
Todos, sem excepção. Qualquer que tenha sido a razão para a vossa atitude, ela merece o meu mais profundo desprezo. Não tem nada a ver com a questão em si, mas antes porém com o acto propriamente dito. A partir de hoje considerar-vos-ei com um QI de uma barata, no que ao viver num sistema democrático diz respeito. Sois todos dignos de ser governados por um Átila ou por um Ceausescu qualquer.
Doravante serei sempre contra todo e qualquer referendo, sobre o que quer que seja (nem que seja sobre a refundação da Santa Inquisição ou a implantação de um regime pró Cubano em território Nacional). Espero que os políticos retirem as devidas ilações deste resultado. Os Portugueses não merecem a existência desta figura no nosso sistema político e ponto final. E até digo mais. Não vou votar em mais nenhum referendo. Não quero saber! É um gasto de dinheiro desnecessário. É atirar pérolas a porcos!
Sobre este assunto em questão (da IVG), a partir deste momento, sou a favor do que o Parlamento decida, independentemente de ser favorável à decisão ou não. Nesta questão e noutra qualquer, claro.
E porquê? Porque Portugal, merece ser governado por políticos maus, porque nós como cidadãos, temos aquilo que merecemos e escolhemos. Neste caso a indiferença.
Adenda após visionamento da noite eleitoral: Palavra de honra que não percebo porque é que esta maltosa se regozija com "a diminuição da abstenção". Pessoalmente acho inconcebível alguém não dar a sua opinião num referendo. Numas eleições, sabe-se muito bem que as promessas são o que são e as pessoas por vezes enganam muito. Agora num referendo é sim ou sopas. É a democracia no seu estado mais selvagem e puro. E ainda há quem se regozije com mais de 56 % de abstenção? Ganhem juízo!
Não há mal que sempre dure...
Um tipo já estava aziago com a exibição do Benfica na Póvoa e pensa assim:
"Ah, espera aí, que agora vou ver o Herlander e vou-me esquecer rapidamente desta porcaria!"
E, de facto, esqueci-me mesmo, mas pelas piores razões. Tirando Raposinho Pinto, o que é aquilo? Um programa de humor? Ou uma amálgama desconexa de personagens? Em 40 minutos ri-me, com vontade, uma vez e sorri outras duas. Curto. Há que dar tempo ao tempo, mas com juízo.
Ou a coisa dá um grande salto em frente, ou será mais uma época para esquecer.
Um tipo já estava aziago com a exibição do Benfica na Póvoa e pensa assim:
"Ah, espera aí, que agora vou ver o Herlander e vou-me esquecer rapidamente desta porcaria!"
E, de facto, esqueci-me mesmo, mas pelas piores razões. Tirando Raposinho Pinto, o que é aquilo? Um programa de humor? Ou uma amálgama desconexa de personagens? Em 40 minutos ri-me, com vontade, uma vez e sorri outras duas. Curto. Há que dar tempo ao tempo, mas com juízo.
Ou a coisa dá um grande salto em frente, ou será mais uma época para esquecer.
sábado, fevereiro 10, 2007
Consequências práticas do dia de reflexão:
Uma reportagem sobre um homicídio no "Jet 7" nacional leva José Castelo Branco a ser fonte jornalística no "Público".
PS: Vão votar! Votem Sim; Não; Talvez; "O que eu preferia era uma noite com a Diana Chaves"; "O que eu preferia era uma noite com o Paulo Pires"; Branco;, Nulo...mas votem!
Uma reportagem sobre um homicídio no "Jet 7" nacional leva José Castelo Branco a ser fonte jornalística no "Público".
PS: Vão votar! Votem Sim; Não; Talvez; "O que eu preferia era uma noite com a Diana Chaves"; "O que eu preferia era uma noite com o Paulo Pires"; Branco;, Nulo...mas votem!
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Referendo 2007 - O último debate
Agora que a Licas já abriu a caixa de Pandora relativa a este assunto, podemos publicar aqui o texto correspondente ao último dos debates sobre o assunto que vai a referendo no próximo domingo, e que irá para o ar em todas as rádios e televisões nacionais, pelas 23:45 do dia 09. Para este debate foram convidadas duas das mais ilustres figuras de ambos os lados da barricada para que possam colocar em cima da mesa as suas opiniões sobre esta questão tão sensível. Assim, pela parte do "nem pensar" esteve presente a Dra. Maria de Fátima Jesus de Todos os Santos, professora de religião e moral em Farófias de Cima, no distrito de Viana do Castelo; e em nome do "bora lá a isso" compareceu a Dra. Odete Anacleto de Sousa Pinto, administradora de uma casa de chuto em Marvila.
- NÓS: Boa tarde a todos, antes de mais gostava de agradecer a presença de ambas e pedia que, para já, começassem por fazer uma pequena introdução dos pontos de vista que cada uma defende. Assim, e de acordo com o sorteio previamente efectuado, iríamos começar por ouvir a Dra. Maria de Fátima.
- MFJTS: Antes de mais, uma santa tarde a todos os crentes que nos ouvem. Realmente, têm sido ditas e escritas coisas muito feias sobre a campanha do 'Nem Pensar' que não correspondem de todo à realidade, e que mostram bem o nível de actuação a que os assassinos do 'Bora lá a isso' já nos habituaram.
- OASP: Assassinos? Lá está, começa a Dra. com a habitual hipocrisia moralista a que os adeptos do 'Nem Pensar' nos habituaram...
- MFJTS: Hipocrisia? Mas será hipócrita querermos defender as crianças deste país destes assassinos?
- OASP: Outra vez? Realmente a hipocrisia da Dra. Maria de Fátima e restantes extremistas moralistas não conhece limites.
- MFJTS: Extremistas? Não somos nós que deseja matar pobres crianças indefesas...
- OASP: Não são crianças, são embriões!
- MFJTS: Não são nada embriões, são crianças indefesas!
- OASP: Já lhe disse que não são crianças, são embriões!
- MFJTS: Ora essa, é claro que não são embriões, são crianças indefesas, coitadinhas!
- NÓS: Minhas senhoras, minhas senhoras! Faziam o favor de pousar os tacos de basebol e os crucifixos com espinhos, que já deu para entendermos que não vamos a lado nenhum com esta conversa. E como estamos a aproximarmo-nos da meia-noite, gostaria que as senhoras fizessem um último curto apelo ao voto, por favor. Começaríamos então desta vez pela Dra. Odete Pinto.
- OASP: Bom, antes de mais gostava de dizer que ninguém no 'Bora lá a isso' é a favor do aborto. Nós somos pela vida, e defendemos o bem estar das crianças e das mulheres. Por isso, este domingo vote 'Bora lá a isso'.
- MFJTS: No 'Nem pensar' somos todos absolutamente contra o aborto. Defendemos os princípios da vida e da alegria e segurança das mães e das crianças. Por essas razões, na paz de Deus, vote este dia 11 no 'Nem Pensar'.
- NÓS: Bem, agora que faltam exactamente 30 segundos para o período de reflexão, espero que este debate tenha servido para elucidar as pessoas mais indecisas sobre as razões de cada uma das campanhas...boa noite e vá votar!
Agora que a Licas já abriu a caixa de Pandora relativa a este assunto, podemos publicar aqui o texto correspondente ao último dos debates sobre o assunto que vai a referendo no próximo domingo, e que irá para o ar em todas as rádios e televisões nacionais, pelas 23:45 do dia 09. Para este debate foram convidadas duas das mais ilustres figuras de ambos os lados da barricada para que possam colocar em cima da mesa as suas opiniões sobre esta questão tão sensível. Assim, pela parte do "nem pensar" esteve presente a Dra. Maria de Fátima Jesus de Todos os Santos, professora de religião e moral em Farófias de Cima, no distrito de Viana do Castelo; e em nome do "bora lá a isso" compareceu a Dra. Odete Anacleto de Sousa Pinto, administradora de uma casa de chuto em Marvila.
- NÓS: Boa tarde a todos, antes de mais gostava de agradecer a presença de ambas e pedia que, para já, começassem por fazer uma pequena introdução dos pontos de vista que cada uma defende. Assim, e de acordo com o sorteio previamente efectuado, iríamos começar por ouvir a Dra. Maria de Fátima.
- MFJTS: Antes de mais, uma santa tarde a todos os crentes que nos ouvem. Realmente, têm sido ditas e escritas coisas muito feias sobre a campanha do 'Nem Pensar' que não correspondem de todo à realidade, e que mostram bem o nível de actuação a que os assassinos do 'Bora lá a isso' já nos habituaram.
- OASP: Assassinos? Lá está, começa a Dra. com a habitual hipocrisia moralista a que os adeptos do 'Nem Pensar' nos habituaram...
- MFJTS: Hipocrisia? Mas será hipócrita querermos defender as crianças deste país destes assassinos?
- OASP: Outra vez? Realmente a hipocrisia da Dra. Maria de Fátima e restantes extremistas moralistas não conhece limites.
- MFJTS: Extremistas? Não somos nós que deseja matar pobres crianças indefesas...
- OASP: Não são crianças, são embriões!
- MFJTS: Não são nada embriões, são crianças indefesas!
- OASP: Já lhe disse que não são crianças, são embriões!
- MFJTS: Ora essa, é claro que não são embriões, são crianças indefesas, coitadinhas!
- NÓS: Minhas senhoras, minhas senhoras! Faziam o favor de pousar os tacos de basebol e os crucifixos com espinhos, que já deu para entendermos que não vamos a lado nenhum com esta conversa. E como estamos a aproximarmo-nos da meia-noite, gostaria que as senhoras fizessem um último curto apelo ao voto, por favor. Começaríamos então desta vez pela Dra. Odete Pinto.
- OASP: Bom, antes de mais gostava de dizer que ninguém no 'Bora lá a isso' é a favor do aborto. Nós somos pela vida, e defendemos o bem estar das crianças e das mulheres. Por isso, este domingo vote 'Bora lá a isso'.
- MFJTS: No 'Nem pensar' somos todos absolutamente contra o aborto. Defendemos os princípios da vida e da alegria e segurança das mães e das crianças. Por essas razões, na paz de Deus, vote este dia 11 no 'Nem Pensar'.
- NÓS: Bem, agora que faltam exactamente 30 segundos para o período de reflexão, espero que este debate tenha servido para elucidar as pessoas mais indecisas sobre as razões de cada uma das campanhas...boa noite e vá votar!
Nojo:
Estava a pensar fazer uma coisa absolutamente sem graça nenhuma na próxima 4ª feira (quando começo as férias): Um post de como a democracia se tem mostrado em todo o seu esplendor nos últimos 15 dias. Um post na linha deste, que ninguém iria ler pela sua extensão e pelo seu tema e por eu, basicamente, não ser ninguém para fazer uma grande reflexão sobre a Democracia - nem tenho aspirações a ser. Tenho acompanhado esta campanha com um sentido lúdico e circense, nos intervalos de estudar para exames de cadeiras de nomes tão interessantes como Projecto de Sistemas de Informação ou Computação Gráfica (por sinal, os dois a que reprovei na 1ª chamada). Como gosto muito, desde miúdo (portanto praí desde anteontem), de todo o jogo político e acompanho sempre interessado o fenómeno eleitoral, quando ele acontece, é desta campanha que me tenho servido para me entreter entre estudo(s). Mas hoje três textos resumiram o meu longuíssimo post: Dois deles na Sábado sobre as verdadeiras campanhas (dois jornalistas infiltraram-se nas campanhas e contam o que viram nos bastidores) e este do Ricardo Araújo Pereira, pessoa que não conheço de lado nenhum a não ser de me ter dado um autografo numa sessão de lançamento dum DVD e de quem sou grande fã (do seu trabalho nos gatos, do seu benfiquismo e das suas crónicas da Visão) que diz "só" isto:
"(post sobre uma polémica com o director da Revista Atlântico, Paulo Pinto Mascarenhas)
(...) Por muito perspicazes, sensatas e acutilantes que sejam as críticas do PPM (e se o são, meu Deus!, se o são!), não me fazem pensar que o país em que vivo não é bem aquilo que eu pensava que era. Já o facto de a minha família receber ameaças por eu ter feito uma rábula humorística de dois minutos, não me levem a mal, transtorna-me um pouco mais. Enfim, feitios."
Meus amigos, "that settles it". Este país é uma merda. Com todas as letras. M-E-R-D-A. E hoje é dia 24 de Abril de 1974.
Estava a pensar fazer uma coisa absolutamente sem graça nenhuma na próxima 4ª feira (quando começo as férias): Um post de como a democracia se tem mostrado em todo o seu esplendor nos últimos 15 dias. Um post na linha deste, que ninguém iria ler pela sua extensão e pelo seu tema e por eu, basicamente, não ser ninguém para fazer uma grande reflexão sobre a Democracia - nem tenho aspirações a ser. Tenho acompanhado esta campanha com um sentido lúdico e circense, nos intervalos de estudar para exames de cadeiras de nomes tão interessantes como Projecto de Sistemas de Informação ou Computação Gráfica (por sinal, os dois a que reprovei na 1ª chamada). Como gosto muito, desde miúdo (portanto praí desde anteontem), de todo o jogo político e acompanho sempre interessado o fenómeno eleitoral, quando ele acontece, é desta campanha que me tenho servido para me entreter entre estudo(s). Mas hoje três textos resumiram o meu longuíssimo post: Dois deles na Sábado sobre as verdadeiras campanhas (dois jornalistas infiltraram-se nas campanhas e contam o que viram nos bastidores) e este do Ricardo Araújo Pereira, pessoa que não conheço de lado nenhum a não ser de me ter dado um autografo numa sessão de lançamento dum DVD e de quem sou grande fã (do seu trabalho nos gatos, do seu benfiquismo e das suas crónicas da Visão) que diz "só" isto:
"(post sobre uma polémica com o director da Revista Atlântico, Paulo Pinto Mascarenhas)
(...) Por muito perspicazes, sensatas e acutilantes que sejam as críticas do PPM (e se o são, meu Deus!, se o são!), não me fazem pensar que o país em que vivo não é bem aquilo que eu pensava que era. Já o facto de a minha família receber ameaças por eu ter feito uma rábula humorística de dois minutos, não me levem a mal, transtorna-me um pouco mais. Enfim, feitios."
Meus amigos, "that settles it". Este país é uma merda. Com todas as letras. M-E-R-D-A. E hoje é dia 24 de Abril de 1974.
P'ra Algés e em força!
Eis aquele que já é o grande evento de 2007. Parece tão bom, tão bom, tão bom que quando a esmola é demais, o pobre desconfia e eu acho que isto é tudo uma grande barretada...
PS: Agora é que não há hipótese...vou ter mesmo de lhe chamar Sr. Presidente Jorge Sampaio.
Eis aquele que já é o grande evento de 2007. Parece tão bom, tão bom, tão bom que quando a esmola é demais, o pobre desconfia e eu acho que isto é tudo uma grande barretada...
PS: Agora é que não há hipótese...vou ter mesmo de lhe chamar Sr. Presidente Jorge Sampaio.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Campanhas sim! Invasão de privacidade não!
Ainda aqui não tinha escrito sobre o tema mais badalado dos últimos tempos. E se não escrevi é por que, muito sinceramente, a hipocrisia a que tantas vezes me obriguei a ouvir me irrita profundamente e não quis estar a aborrecer outras pessoas com o mesmo tema... Aborto...
Se vou no carro, mudo de estação quando se inicia mais um debate hipócrita sobre o aborto.
Na televisão mudo de canal... Nos jornais leio os títulos e as legendas... Ou seja, evito o assunto simplesmente por que me irrita a hipocrisia!
Mas o que me aconteceu vai mais além do que se possa imaginar e senti a minha privacidade verdadeiramente invadida e, na minha opinião, é o cúmulo dos cúmulos na campanha para o referendo do aborto.
O meu número de telefone de casa é confidencial. Não aparece na lista telefónica, e só as empresas que enviam contas para pagar e mais cinco ou seis pessoas amigas o têm.
Pois bem... há cerca de 10 minutos o telefone tocou, o que por si é algo verdadeiramente estranho. Tratava-se de uma senhora brasileira. Nada de estranho... Seria mais uma tentativa da TV Cabo ou da Netcabo a vender serviços, como é habitual. E ouvi...
E ouvi... alguém a dizer para não me esquecer do que ia acontecer no próximo Domingo. Dei por mim a pensar: Mau! Uma daquelas empresas a informar que ganhei um prémio e que tenho de o ir reclamar para depois me tentarem impingir alguma coisa?
Mas não... Disse-me a voz algo como isto: «No próximo domingo vai decorrer o referendo sobre o aborto e queria relembrá-la que é preciso ir votar. Claro que votar de acordo com a sua consciência. Eu vou votar não. Mas claro que a senhora pode votar de acordo com a sua consciência. O que é importante é mesmo ir votar!»
Pasmei. E calmamente perguntei de onde falava ao que me respondeu que se tratava de um grupo voluntário contra o aborto que se tinha juntado e que tinha decidido de forma proactiva ligar para as pessoas para incentivar a ida às urnas já que caso este referendo tenha mais de 50% de abstenção será o último a ser efectuado e as pessoas deixarão de ter direito de expressar a sua opinião...
Liguei para o serviço de informação para saber de que organização de tratava. A resposta é que o número é confidencial.
Porra! O meu também é! Já não basta todos os movimentos e informação que inundam jornais, televisões, rádios, outdoors, e outros meios, e ainda invadem a minha privacidade? Sei que podia ter desligado o telefone, mas não faz parte da minha educação desligar o telefone na cara das outras pessoas, por mais que muitas vezes me apeteça.
Ficou por perguntar: mas como raio teve o meu número de telefone?
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Qual Gato Fedorento qual quê!
Na sua crónica humorística Nortadas, publicada no "jornal" A Bola o sempre bem disposto Miguel Sousa Tavares escreve hoje sobre o jogo Porto-Estrela da Amadora, que terminou com a vitória dos amadorenses por 0-1. Entre outras frases de fino recorte galhofeira, debita MST algo como isto: «...e quando, finalmente, consegue arrancar a vitória, numa jogada bem construída já nos descontos, vê o golo anulado e a vitória esfumar-se (se houve fora-de-jogo no momento do cruzamento, foi milimétrico; se houve antes, não conta).»
Realmente, e assim de repente, há ali uns bons 1000, 1500 milímetros de avanço de Postiga para o penúltimo defesa estrelista. Uma coisa é certa, lá de falta de coerência o bom do MST não pode ser acusado. Podem ver o vídeo aqui, caso tenham "dúvidas"!
Na sua crónica humorística Nortadas, publicada no "jornal" A Bola o sempre bem disposto Miguel Sousa Tavares escreve hoje sobre o jogo Porto-Estrela da Amadora, que terminou com a vitória dos amadorenses por 0-1. Entre outras frases de fino recorte galhofeira, debita MST algo como isto: «...e quando, finalmente, consegue arrancar a vitória, numa jogada bem construída já nos descontos, vê o golo anulado e a vitória esfumar-se (se houve fora-de-jogo no momento do cruzamento, foi milimétrico; se houve antes, não conta).»
Realmente, e assim de repente, há ali uns bons 1000, 1500 milímetros de avanço de Postiga para o penúltimo defesa estrelista. Uma coisa é certa, lá de falta de coerência o bom do MST não pode ser acusado. Podem ver o vídeo aqui, caso tenham "dúvidas"!
Those were the days
Década de 70 do século passado. Eram os tempos dos jogadores com "elegantes" e fartas cabeleiras (a moda do bigode só apareceu depois na década de 80), mas também do início da minha ida a jogos de futebol.
Vem esta conversa a propósito de uma dúvida que este senhor me veio colocar (ou antes avivar) na minha gigantesca base de dados orgânica, sobre este assunto. Pensei e pensei e pensei, e não me consigo recordar de todo qual foi o primeiro jogo de futebol a que assisti ao vivo na vida, acompanhado por familiares directos meus, naturalmente. Que um tipo já não vai para novo, mas não exageremos.
Existem duas possibilidades:
1 - Benfica-Sporting 1-0, no antigo Estádio da Luz (golo de Vítor Baptista), que após marcar um golaço à entrada da área, foi abalroado pelos seus colegas de equipa e perdeu... o seu brinco de estimação e, quase que nem festejando o golo seguiu-se uma rábula das antigas, que envolveu jogadores (e também o árbitro) literalmente de cu para o ar, em busca do famoso objecto, ou então;
2 - Sporting-Benfica 3-0, no antigo José de Alvalade, com aquela que deve ter sido a sua maior enchente de sempre. Ainda havia o peão, no lugar da bancada que foi posteriormente construída, mas arrisco que não se soube ao certo quantas pessoas assistiram ao "derby". O jogo foi à noite (coisa rara naqueles tempos). Jornada inaugural do Campeonato. Bilhetes e borlistas a mais e o jogo decorreu com as bancadas à pinha, assim como toda a pista que rodeava o estádio. Os espectadores, estavam no máximo a um metro das linhas do campo. Eram os tempos do PREC e do "vale-tudo".
Ou teria sido um Benfica 3-1 FCP, na festa de um título? Caramba, que esta cabeça já não é o que era...andei à procura por respostas, mas curiosamente não cheguei a nenhuma conclusão final.
Década de 70 do século passado. Eram os tempos dos jogadores com "elegantes" e fartas cabeleiras (a moda do bigode só apareceu depois na década de 80), mas também do início da minha ida a jogos de futebol.
Vem esta conversa a propósito de uma dúvida que este senhor me veio colocar (ou antes avivar) na minha gigantesca base de dados orgânica, sobre este assunto. Pensei e pensei e pensei, e não me consigo recordar de todo qual foi o primeiro jogo de futebol a que assisti ao vivo na vida, acompanhado por familiares directos meus, naturalmente. Que um tipo já não vai para novo, mas não exageremos.
Existem duas possibilidades:
1 - Benfica-Sporting 1-0, no antigo Estádio da Luz (golo de Vítor Baptista), que após marcar um golaço à entrada da área, foi abalroado pelos seus colegas de equipa e perdeu... o seu brinco de estimação e, quase que nem festejando o golo seguiu-se uma rábula das antigas, que envolveu jogadores (e também o árbitro) literalmente de cu para o ar, em busca do famoso objecto, ou então;
2 - Sporting-Benfica 3-0, no antigo José de Alvalade, com aquela que deve ter sido a sua maior enchente de sempre. Ainda havia o peão, no lugar da bancada que foi posteriormente construída, mas arrisco que não se soube ao certo quantas pessoas assistiram ao "derby". O jogo foi à noite (coisa rara naqueles tempos). Jornada inaugural do Campeonato. Bilhetes e borlistas a mais e o jogo decorreu com as bancadas à pinha, assim como toda a pista que rodeava o estádio. Os espectadores, estavam no máximo a um metro das linhas do campo. Eram os tempos do PREC e do "vale-tudo".
Ou teria sido um Benfica 3-1 FCP, na festa de um título? Caramba, que esta cabeça já não é o que era...andei à procura por respostas, mas curiosamente não cheguei a nenhuma conclusão final.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Quixz dexBlogueador:
Com quem é que este tipo é profundamente parecido?
PS: Em termox de regrexox ao mundo do xóbiz, no domingo há mais!
Com quem é que este tipo é profundamente parecido?
PS: Em termox de regrexox ao mundo do xóbiz, no domingo há mais!
Abaixo-axinado
Orax depoix de me terem alertado para ixto venho dexta forma abrir um abaixo-axinado para xe mudar o nome do blogue para dexblogueador de converxa.
Xe bem que entenda que xe trata de uma campanha publicitária que tem ox Gatinhox Fedorentox por tráx, não é algo com que eu concorde quando axisto aox noxos adolexcentex a excreverem com k e x e da crexcente promixcuidade de excrita dox noxos jovenx (k eu tb xou, klaro tah).
P.X.: xe me tiver exquecido de algum exxe por aí, dexculpem. Não me é fácil excrever axim :(
Orax depoix de me terem alertado para ixto venho dexta forma abrir um abaixo-axinado para xe mudar o nome do blogue para dexblogueador de converxa.
Xe bem que entenda que xe trata de uma campanha publicitária que tem ox Gatinhox Fedorentox por tráx, não é algo com que eu concorde quando axisto aox noxos adolexcentex a excreverem com k e x e da crexcente promixcuidade de excrita dox noxos jovenx (k eu tb xou, klaro tah).
P.X.: xe me tiver exquecido de algum exxe por aí, dexculpem. Não me é fácil excrever axim :(
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Podia repetir, ó faxavôr!
Ora bem, então deixa cá ver se a malta entende bem isto.
Devemos ter educação sexual? Sim!
Para fazer o quê? Procriar!
E podemos fazer sexo sem ser para ter filhos? Podes!
Então mas não é proibido? É!
Mas pode-se fazer? Pode, mas é proibido!
E se eu fizer, que é que me pode acontecer? Tornas-te pedófila, engravidas, apanhas SIDA e depois abortas!
PELAMORDEDEUS! (nunca esta palavra fez tanto sentido para um ateu militante, caneco!)
Ora bem, então deixa cá ver se a malta entende bem isto.
Devemos ter educação sexual? Sim!
Para fazer o quê? Procriar!
E podemos fazer sexo sem ser para ter filhos? Podes!
Então mas não é proibido? É!
Mas pode-se fazer? Pode, mas é proibido!
E se eu fizer, que é que me pode acontecer? Tornas-te pedófila, engravidas, apanhas SIDA e depois abortas!
PELAMORDEDEUS! (nunca esta palavra fez tanto sentido para um ateu militante, caneco!)
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