3 centenas de economistas, pelo mundo fora, assinam um manifesto para que "se respeite a vontade do povo grego" e não se obrigue a Grécia a pagar a dívida porque "não é pagável". Não sei quem são os economistas em questão, mas, a ver pelos exemplos portugueses, temos Mariana Mortágua, deputada do BE e José Reis, simpatizante do mesmo.
Não sou economista, nem percebo grande coisa de números, mas, felizmente, há bem mais de 3 centenas de economistas a pensar exactamente o contrário.
Quanto ao "não é possível pagar a dívida", opino: se não era possível pagar, não se pedia o dinheiro que a alguém pertence. Porque há alguém que conta com ele para a sua própria economia e para respeitar a vontade dos seus próprios povos. Se eu não puder pagar alguma dívida contraída, o meu credor pode apropriar-se de bens que eu possua... se eu não possuir bens, acabo na cadeia e a trabalhar para pagar o que fiquei a dever - ou seja, a passar dificuldades e a fazer sacrifícios. É assim que o mundo funciona. Se não têm como pagar, têm de reduzir as despesas que têm de modo a que lhes sobre o suficiente para pagarem o que se comprometeram (e deram garantias que podiam) pagar.
Quanto ao "temos de respeitar a vontade do povo grego", tudo bem. Nada impede o Syriza de levar a cabo o seu programa... basta ser caloteiro, perder a confiança dos parceiros, sair do euro e provar que consegue levar a cabo o programa que prometeu sem o dinheiro alheio. Mais sobre isto já escrevi AQUI.
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