Portugal «on fire»
Tenho visto as notícias que ultimamente nos são «oferecidas» pelos canais de televisão.
Tenho assistido incrédula e com muita angústia à mistela de imagens que nos são apresentadas. Portugal está a arder, mas mais que as matas e florestas que se encontram a ser destruídas estou impressionada ao ver vidas de pessoas a desaparecerem por completo. Fábricas, casas, entre tantos outros bens que ao serem consumidos pelas incontroláveis chamas podem retirar a esperança àqueles que tanto lutaram por uma vida simples, num trabalho de uma vida. No meio de tudo isto, perdem-se vidas humanas...
No meio de tudo isto, fico revoltada ao saber que a maior parte desta desgraça é causada por pessoas doentes e que ateiam os fogos pelo prazer (que eu não compreendo) e que acabam por destruir vidas de pessoas que quase nada têm. Fico ainda mais revoltada ao compreender que ainda se ganha dinheiro no nosso país com os incêndios. Sabem que até esses aviõezinhos e helicópteros que sobrevoam os incêndios para os tentar apagar acabam por lucrar com esta desgraça? E que quem paga é o Estado? O Governo deve estar com as mãos na cabeça ou então nas máquinas calculadoras a fazer contas ao que vai ter de pagar.
Mas, se existem 40.000 bombeiros registados e apenas 3.000 estão a combater os incêndios que devastam o nosso país, o que é feito dos outros 37.000?
Há falta de meios? Onde anda a prevenção? A coordenação? Onde páram os responsáveis? Matas limpas? Em que teoria?
Tantas perguntas sem respostas e no meio de tudo isto quem sofre é o pobre do português que em desespero apenas pode assistir como eu, incrédula, a esta tragédia numa época que o nosso Presidente caracteriza: «Não há épocas de fogos: há alturas em que eles são mais prováveis.»
Para rematar, queria apenas deixar um Bem Haja a todos os que noite após noite, dia após dia, apesar dos insuficientes meios de que dispõem, combatem as chamas que continuam a alastrar em Portugal.
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