domingo, abril 24, 2016

25 de Abril, uma reflexão

A questão é que não podemos ficar agarrados a ideias... o 25 de Abril é celebrado, continuará a ser e espero que não deixe de ser, porque abriu as portas à democracia no país e nos trouxe liberdade de expressão (este é, a meu ver, o maior benefício da data). Mas não, não acabou com os militares a voltar para os quartéis a seguir com a "obra feita". A seguir tornaram-se terrorista que invadiram ou mandaram invadir, mataram, ocuparam, roubaram, prenderam, e aterrorizaram milhares de portugueses e, fora algumas boas excepções, não foi o desejo de democracia, e muito menos de liberdade, que os levou a fazer a revolução e sim a perda de privilégios dos mesmos e depois a vontade de aqui instalar, com a ajuda do PCP, uma ditadura comunista. Felizmente foram travados, não sem antes, como referi, terem aterrorizado e roubado milhares de portugueses e matado algumas centenas... Mas isso não se pode dizer ou somos logo "fascistas". É por isso que refiro que vamos continuar a viver de cravos vermelhos e "elefantes cor-de-rosa", em vez de celebrar o que realmente foi bom e, finalmente, corrigir o que foi errado. Porque muitas das "conquistas de Abril" não foram mais do que abusos, do que roubo e pilhagem do que várias gerações de portugueses, que antes viviam os "horrores" da ditadura, que viveram em austeridade permanente e pouparam para o futuro a verem esse "futuro" acabar ao fim 3 anos com a primeira falência nacional e chamada do FMI para nos salvar... Passámos agora a 3ª falência desde o 25 de Abril e, mesmo assim, ainda achamos que temos direitos e que há conquistas que "não podemos perder"... porque, aparentemente, o dinheiro nasceu das árvores, ou era o Salazar que o "obrava"... e agora basta esperar que os "ricos" (entenda-se por "ricos" todos os que entendem que é preciso trabalhar para viver) o "obrem" para irmos lá todos roubar e continuar com as "conquistas" de Abril. Gostava que a democracia e a liberdade de expressão fossem as conquistas de Abril que todos lutaríamos para não perder, mas, aparentemente, as conquistas que interessam aos que se dizem "donos de Abril" vão continuar a ser os roubos, as mortes, a opressão a todos os que não pensem como eles. Liberdade? Nem pensar.

terça-feira, abril 19, 2016

Bruxelas pede mil milhões de austeridade. Governo recusa

Depois desta recusa o resultado vai ser o seguinte: Os juros vão subir (porque ninguém vai querer emprestar a quem não dá garantias de pagamento), com isso a percentagem de dívida vai aumentar muito mais, o que leva a que o défice aumente, o que leva a que seja necessário mais dinheiro, o que leva a que se tenha de pedir mais emprestado porque não se quer "fazer austeridade", o que leva a que aumentem os juros, o que leva a que a percentagem de dívida volte a aumentar, o que leva a que o défice volte a aumentar, o que leva a que seja necessário mais dinheiro, o que leva a que seja necessário pedir emprestado (idem, idem, " "), o que , depois de mais uns passos iguais ao anterior, leva a que não se consiga empréstimos, o que leva a aumento de impostos, o que leva aumento de desemprego, o que leva a falências, o que leva a que o défice aumente, o que leva a que se precise de mais dinheiro, o que leva a intervenção das "Instituições anteriormente denominadas de Troika", o que leva a que o governo peça demissão, o que leva a novas eleições com o governo actual a culpar o neo-liberalismo, os mercados e o capital pela situação onde estamos metido, o que leva a uma austeridade muito maior do que aquela que teríamos de sofrer agora caso eles não recusassem o que tem de ser feito. O que leva a 4 anos de povo a gritar e berrar que o governo sob intervenção e a dizer que a culpa é deles, o que leva vermos a lata da esquerda a acusar o neoliberalismo pelos problemas que eles trouxeram, o que leva a que quem tiver juízo emigre e desista deste buraco onde moramos.

quinta-feira, abril 07, 2016

Por muito que gritemos, o progresso não pára

Estão a chegar às estradas europeias os camiões que se conduzem sozinhos

Não há como parar o progresso e a substituição dos humanos por máquinas.
O futuro tem dois caminhos: Num continuamos teimosamente a "cuspir" nos criadores de emprego e a exigir mais direitos para os humanos que trabalham, a insistir em ter um Estado Social enorme baseado nos impostos extorquidos aos que trabalham, resultando numa substituição cada vez mais rápida de quem "cospe" por máquinas que estão sempre contentes e podem trabalhar 24 horas sem exigir direitos, a população em geral empobrece, o desemprego torna-se gigantesco. Noutra entendemos que o mundo evolui, alteramos leis, damos mais liberdade ao ser humano, promovemos a criação de emprego próprio, criamos novos empregos baseados na nova realidade, e novas regras de trabalho que permitam trabalhar menos horas para haver empregos para mais pessoas, reduzimos o tamanho do Estado para ser possível às pessoas ficaram com rendimento disponível sem ter de o entregar todo às finanças e segurança social e ensinamos cada um a responsabilizar-se por si, pelo seu futuro, pelas suas poupanças.
Mas vá, continuem a acreditar que é possível vivermos todos bem continuando a seguir políticas que ficaram paradas na realidade dos anos 70 do século XX, ainda que essas tenham falhado mesmo na realidade da altura.

quarta-feira, abril 06, 2016

O politicamente correcto e o fim da sociedade ocidental


Entre 1970 e 2010 alcançámos, em geral e no ocidente, democracia, direitos iguais perante a lei para mulheres e homens, negros (não brancos) e brancos, nacionais e imigrantes. Todos têm direitos iguais. Mas as mulheres acham que é preciso mais. É preciso forçar a sociedade e pensar de outra forma nem que para isso se tenham de retirar direitos aos homens. Os negros  acham que é preciso mais. É preciso forçar a sociedade e pensar de outra forma nem que para isso se tenham de retirar direitos aos brancos. E os imigrantes acham que é preciso mais. É preciso forçar a sociedade e pensar de outra forma nem que para isso se tenham de retirar direitos aos nacionais e impor uma cultura que não é deles.


Alguns começaram a reclamar contra essa exigência das mulheres, a esses basta chamar fascistas e machistas e eles vão-se calando. Outros começaram a reclamar dessa exigência dos negros (não brancos). Basta gritar "racista" e eles calam-se. E houve os que começaram a reclamar contra essa exigência dos imigrantes. Basta gritar "xenófobo" e eles calam-se.

Eles calam-se e aquela igualdade conseguida vai-se perdendo. E as "minorias" oprimidas voltam. Voltam mas não são as mesmas, são as que antes eram consideradas opressoras. Pior, passam a ser minorias oprimidas que continuam a ser intituladas de opressoras. E a culpa, de um passado que não foi deles, lá está a assombrar qualquer reacção à injustiça de que agora são vítimas. Vítimas de uma intolerância que se disfarça de justiça e democracia.

Hoje é melhor ser mulher do que homem. É melhor ser negro do que branco. É melhor ser imigrante que nacional. O homem, o branco e o nacional tem todas as obrigações e são acusados de todas as injustiças.

Mas as vozes "intolerantes" levantam-se cada vez mais e ganham cada vez mais simpatizantes. Apesar disso, aqueles que defendem a culpa do homem, do branco, do nacional, não entendem e acham que essas vozes aparecem do nada e por razão nenhuma. Ou que a razão de aparecer é da culpa que os homens, os brancos e os nacionais sempre irão carregar consigo. Continuam a achar-se oprimidos e a achar os que têm uma opinião diferente os opressores. Não entendem que a popularidade dos discursos da Marine Le Pen sobre a "insegurança dos franceses", ou do Donald Trump sobre "fazer a América novamente grande", se deve ao facto de cada vez mais e mais gente originária desses países se sentir oprimida por quem vem de fora, por cada vez mais homens se sentirem atacados nos seus direitos e cada vez mais brancos se sentirem cansados de serem o saco de pancada contra o qual se atiram todas as culpas dos males que assolam o mundo.

E creio que quando se aperceberem é demasiado tarde e não vamos conseguir salvar as liberdades, direitos e a igualdade alcançados nestes últimos 40 anos.