Há deputados...e deputados
Este senhor, aqui ao lado, ex-Ministro da Reforma do Estado (qual reforma?) e da Administração Pública (óbvio) dos governos guterristas, foi o único deputado a ver a sua falta ao plenário (pelo facto de ter assistido à final da Taça Uefa, em Sevilha), justificada pelo facto de ter apresentado como motivo da viagem o "trabalho político".
Para colorir ainda mais a sua atitude, Alberto Martins proferiu frases como:
"Mota Amaral não tem competência para julgar os fundamentos das justificações das faltas" ou ainda "Fui a Sevilha em representação da Assembleia da República e, consequentemente, do povo português".
O deputado e ex-ministro socialista não está sozinho nesta história (os deputados Guilherme Silva, do PSD, o inigualável José Lello, e mais 28 deputados, foram à final da Taça UEFA e queriam as faltas justificadas, mas Alberto Martins foi o único a ir até o fim. Parabéns a Mota Amaral, Narana Coissoró e Manuel Alegre por darem alguma credibilidade à Assembleia da República e, principalmente, ao deputado comunista Honório Novo, o único a não apresentar qualquer justificação e a assumir a falta. Nas palavras do mesmo: "Foi uma iniciativa absolutamente privada. Acedi apenas a um convite pessoal, não estava em trabalho político nem estava em representação. A AR não foi convidada".
Não esquecer que foi este mesmo Alberto Martins que, em 1996, escreveu, juntamente com Jorge Lacão (outro génio) a lei de amnistia dos crimes das FP-25, se bem que excluindo os crimes de sangue, permitindo que um outro senhor, Otelo Saraiva de Carvalho, ex-líder da Frente de Unidade Popular (de extrema-esquerda), derrotado 2 vezes para a Presidência da República (em 1976 e 1980) e responsável por actos de terrorismo, possa estar fora da prisão. Curioso, não é?
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