Muito destaque se dá à vitória da extrema-esquerda (não referindo a aliada extrema-direita (isso não interessa)), na Grécia. Aconteceu este ano em Janeiro e voltou a acontecer em Setembro. O que não se vê destacado na imprensa é que desde Janeiro do ano passado (2014), a Sérvia, Hungria, Bósnia-Herzegovina, Ucrânia e Polónia elegerem governos Nacionalistas, com ou sem coligação (de extrema-direita). Há, portanto 5 países com novos governos nacionalistas na Europa (contando com o grego, que os tem em coligação, 6) e ninguém o menciona. Passa-nos ao lado. Parece que não interessa. Que não significa uma mudança na mentalidade europeia. Mudança à qual devíamos estar atentos e não estamos.
Numa nota mais positiva (para quem é verdadeiramente democrata e defende a liberdade para todos (ricos, pobres, brancos, não brancos, gays, heterossexuais, etc.) é que, também desde Janeiro de 2014, Bélgica, Eslovénia, Kosovo, Suécia, Letónia, Andorra, Estónia e Suíça elegeram governos Liberais (com ou sem coligação), ou seja, há 8 países na Europa com governos Liberais, e ninguém o menciona... há um com a extrema-esquerda e falam em "mudança" (só porque a Grécia, tendencialmente de esquerda, "mudou" para a extrema-esquerda)... mas há 6 com extrema-direita, e 8 com liberalismo, e parece que não interessa nada.
Quem ler a imprensa neste país, pensa que a Europa está a virar à esquerda. Sendo que ignorar a extrema-direita, não abordar o assunto e deixar passar ao lado como se nada fosse, não resolve nada, não leva a que se perceba que existe um perigo. Mas compreendo, tal como os jornalistas acham que influenciam opiniões e fazem com que mais gente vote extrema-esquerda (que defendem) ao noticiarem a vitória Grega, e por isso o fazem, também acham que podem levar a que mais gente vote na extrema-direita (que demonizam) se falarem nas várias vitórias que a mesma tem na Europa e por isso calam... infelizmente, ou calavam ambas, porque ambas são perigosas, ou falavam de ambas pelo mesmo motivo. Mas não... Continuamos num mundo ridículo onde, ao mesmo tempo que, realisticamente, se teme o nacionalismo, se branqueia e se beatifica o regime, até à data, mais mortal do mundo - o comunista.
P.S - Já agora, por mera curiosidade, em todas as eleições parlamentares europeias desde Janeiro de 2014 só a Grécia tem muitos comunistas e extrema-esquerda, que estão inclusivamente no governo, assim como Portugal (18%), a Bélgica ficou com 4% de comunistas (elegendo, tal como referido anteriormente, um governo liberal), e os restantes países (e regiões autónomas) que tiveram eleições desde Janeiro de 2014 (um total de 19) elegeram 0% (ZERO POR CENTO) de comunistas e extrema esquerda no parlamento, e a grande maioria nem socialistas elegeram, havendo ainda uma quantidade significativa de social-democratas (que são considerados de esquerda em qualquer outro país, para além de Portugal).
No entanto, quem lê a imprensa de esquerda fica com a impressão que "o medo mudou de lado" e que "os comunistas estão em força"... não estão... o que estão é a perdê-la cada vez mais. Daí o medo.
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