Um cronista escreve um artigo. O que, para um cronista, é uma crónica de opinião. Ora, a opinião é mesmo só isso: uma opinião. É isso que se faz também em blogues, como este.
As opiniões podem até ser encaradas como informativas, mas a sua principal função é fazer pensar. Quem as lê pode considerá-las ridículas, verdadeiras, fraquinhas e sem fundamento, ou fantásticas. Normalmente quando se acha que as crónicas não têm fundamento, pura e simplesmente, ignora-se a crónica e, com o tempo, deixa de ler-se o autor com quem não concordamos, que não nos faz pensar, que, basicamente, não tem importância para nós.
A não ser que sejamos o António Costa para quem uma crónica, uma opinião, pode ser motivo para se processar alguém e é motivo para se enviar um SMS ao cronista onde se pode ler, assim como que a modos de ameaça, as seguintes palavras (entre outras):
Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa
A crónica em questão é esta que é apenas uma opinião sobre as propostas económicas do PS (nem sequer são sobre António Costa em particular). E podem ler o SMS por inteiro nesta notícia.
E, depois deste episódio, pergunto: é este "censor" que queremos ter como Primeiro-Ministro?
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