Apesar do facto de as sondagens darem um empate entre "labour" e "tories" no Reino Unido, os Conservadores ganharam com maioria absoluta.
Ouvia a rádio britânica no dia das eleições e um entrevistador perguntou a um representante dos Conservadores se achava que as pessoas tinham vergonha de responder, nas sondagens, que iam votar nos Conservadores. Não me lembro bem da resposta, creio que foi algo como que os Conservadores eram, por norma, mais recatados e, por isso, não gostavam de dizer em quem iam votar.
Lá como cá as pessoas tendem a esconder quando votam na direita mas não é, de todo, por vergonha. Ninguém tem vergonha de ter as opiniões que tem pois acha que estão correctas. As pessoas têm vergonha daquilo que não controlam e não daquilo que controlam. Se há algo que controlamos é a nossa opinião. Se as pessoas de direita se escondem não é por vergonha é, muitas vezes, por medo. Eu assumo-me liberal e já tive gente a ameaçar-me que "para a próxima revolução vou ser a primeira a ser apanhada". É disto que as pessoas têm medo. Da violência dos extremistas e há, infelizmente, demasiados extremistas e, por isso, compreensivelmente, as pessoas preferem não se assumir de direita, seja ela conservadora ou liberal, porque passam a ser verbalmente agredidas e ameaçadas.
Prova disso são as recentes manifestações a ocorrer no Reino Unido (coisa que já tinha acontecido aquando da última vitória Torie). Quando a esquerda não ganha parte para a manifestação, a violência e a destruição de propriedade privada. É este o seu conceito de democracia e julgo que seja por isso que, nas sondagens, eles aparecem sempre à frente, e também que raros são os jornalistas de direita que arriscam escrever de acordo com as suas ideias e, quando o fazem, são também eles vítimas de agressão verbal e, por vezes, ameaças físicas.
Se não se ganha pelas ideias, vai-se ganhando pela força, pelo medo.
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