O túmulo de Pandora lusitano
Era para ser hoje...a abertura do túmulo de Pandora nacional, o do responsável por isto tudo, D. Afonso Henriques. Com o objectivo de reconstituir o seu perfil biológico, uma equipa de antropólogos, médicos e geneticistas preparava-se para estudar os restos mortais do nosso primeiro rei, quando o Ministério da Cultura suspendeu a abertura do túmulo, por não ter sido feito o pedido oficial à Ministra, Isabel Pires de Lima.
Assim, e como no nosso país estes imbróglios costumam demorar anos a resolverem-se, o desBlogueador de conversa contratou, a custo zero, uma experiente equipa de assaltantes de túmulos para se dirigirem à Igreja do Mosteiro de Santa Cruz e eis o que descobriram dentro do sarcófago:
- um cachecol da selecção nacional de combate com espada e escudo, enrolado em volta do pescoço do rei, onde se pode ler "campeões da Península, 1143-1185";
- um pequeno emblema cozido na lapela do seu casaco, onde se pode ler “cada castelhano vale menos que a bosta do meu cavalo";
- a sua famosa espada, com o rótulo Fabricado en Castilla;
- uma cópia do livro "Inventem-se novas mães", do conhecido psiquiatra Daniel de Borgonha Branco Sampaio;
- um bilhete de coche só de ida para o Ayuntamiento Real de Torremolinos.
Eis el-rei d. Afonso Henriques, eis Portugal...
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