Foi você que pediu uma inutilidade?
Não? Mas tem que a ter na mesma. Uma vez que (ainda) não é possível escolher para que Estado pode pagar os seus impostos, tem de se sujeitar ao que este deseja.
Escrevo estas linhas após ter passado uma hora e meia numa fila de uma loja, da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, para adquirir esta INUTILIDADE. Isto, meus amigos, até ver, é a MAIOR INUTILIDADE da República Portuguesa. A única justificação que encontro na obrigatoriedade - que uma recente alteração legislativa veio alargar - da sua existência, em todos os estabelecimentos comerciais, é:
- Aumentar as receitas da INCM (cada livro de páginas em branco custa a módica quantia de 18 euros).
Não encontro outro tipo de explicação!
E reparem bem que não é fácil atingir esta distinção. A concorrer estavam coisas tão "importantes" como:
- Colete reflector nos veículos automóveis;
- A obrigatoriedade de abrir uma conta na CGD, para todos os trabalhadores do Estado (felizmente parece que isto já acabou);
- A obrigatoriedade de fazer descontos para a Segurança Social;
- Licença de uso de isqueiro (dos tempos da "outra senhora");
- Módulos da Intrução Militar sobre Guerra Nuclear, Biológica e Quimica;
- Carta de Marinheiro;
- A obrigatoriedade de se ser do Benfica para se ser bom chefe de família;
- A "obrigatoriedade" de se fazer um seguro de vida ao contrair um empréstimo para aquisição de casa;
- etc;
- etc;
- etc;
- ...
Apresentem-me uma única razão válida para a existência desta ode à burocracia, e eu até me predisponho a fazer algo de inédito e arrojado, como por exemplo, atravessar o Tejo a nado! Hum... pensando bem, esqueçam lá esta ideia parva, ok? Sou capaz de ir a pé, até à INCM e pedir desculpas publicamente ao senhor que por lá manda, prontos...
Esta INUTILIDADE, só tem razão de existir em situções de monopólio, como por exemplo o da INCM, que é o único local onde se podem adquirir exemplares desta "obra", que faz parecer o "Livro em Branco" um candidato credível ao Nobel da Literatura!
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