O estudo em causa, publicado na última edição da revista científica britânica "New Scientist", foi levado a cabo para investigar uma teoria, existente há anos, da possibilidade de ejaculações frequentes aumentarem o risco de cancro da próstata. A conclusão tirada foi precisamente a oposta: Ejaculações frequentes podem até diminuir o risco da doença!
Este é o maior estudo feito até hoje, tendo sido acompanhados, durante oito anos, cerca de 30 mil homens. De início, todos os homens eram saudáveis e responderam a um questionário sobre o comportamento sexual e a frequência das ejaculações. De dois em dois anos, iam respondendo a novos inquéritos.
Segundo os investigadores, há factores biológicos que podem explicar o facto: o aumento do número de ejaculações pode ajudar na limpeza do órgão glandular situado em volta do início da uretra, que assim, fica liberto de substâncias cancerígenas ou outras que possam desenvolver um problema cancerígeno.
Em Portugal o cancro da próstata é a segunda causa de morte entre os homens. No entanto, quem não tem uma vida sexual muito activa, não pense em mudar "apenas" para diminuir esse risco porque os investigadores do Instituto Americano do Cancro, situado no estado do Maryland, avisam que «há ainda um longo caminho a percorrer até que seja confirmada a conclusão deste estudo». A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino que produz uma substância presente no esperma que permite uma maior resistência do mesmo. Sem esse líquido, os espermatozóides não viveriam até atingir o óvulo. Para prevenir este tipo de cancro, todos os homens devem fazer um exame anual após os 50 anos, ou a partir dos 40, caso haja antecedentes na família.
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