Não é possível comparar o incomparável!
Se há espécie que me irrita profundamente são as pessoas cheias de certezas absolutas. Os que catalogam tudo de acordo com os seus gostos pessoais, dando origem a uma infinidade de "melhores" qualquer coisa do ano; "piores" qualquer coisa de sempre etc...Para essas criaturas, deixo-lhes uma pequena história!
O meu primo mais novo, por volta dos 13, 14 anos e até há 2 ou 3 anos, tinha o hábito de dizer frequentemente coisas como "O Papin é o melhor jogador do mundo, não é, pai? Não é, pai?" ou "Os Metallica são a maior banda do mundo, não é, mãe? Não é, mãe?". E porque é que ele dizia estas coisas? Porque é que ele não admitia que se pudesse discordar dele? Porque as "opiniões" dele eram retiradas de uma revista qualquer da "especialidade" onde tinha havido uma votação, sondagem ou prémio qualquer em que tinham chegado a essas "conclusões". Felizmente, com a idade e a experiência, o meu primo acabou por entender que não podia comparar o Papin a um guarda-redes ou os Metallica com bandas que estão em estilos musicais diferentes. Enfim, cresceu! Outros não o conseguiram (nem conseguem) fazer e continuam a olhar para esses especialistas como senhores da verdade absoluta...
A crítica, seja ela de que género for, é e será sempre um acto isolado. Tentar estabelecer critérios de qualidade absolutos em função de opiniões é, e será sempre, um erro tremendo, na minha opinião!
Por isso levo tão a sério as críticas da maior parte dos especialistas sobre cinema e música tanto quanto levo a sério o Jornal Nacional da TVI.
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