Pobre Angola, depois da guerra...Gabi?
Com a transmissão do Mundial de Futebol deste ano pela SIC, uma das grandes tradições desta competição corria o risco de se perder. Sim, falo-vos dos míticos relatos do grande Gabriel Alves, principalmente quando estes envolvem equipas menos cotadas. Quem não guarda com carinho na memória jogos como os quartos de final do Mundial de 1994 entre a Roménia de Hagi, Raducioiu e Belodedici e a Suécia de Larsson, Brolin e Björklund, ou mesmo um jogo da primeira fase entre a Croácia de Pletikosa, Vlaovic e Prosinecki e o Equador de Kaviedes e dos irmãos Ayovi, no Coreia-Japão de 2002?
Pronto, talvez a maior parte das pessoas nem se lembre deles, mas para mim, um Mundial de Futebol sem a presença de Gabriel Alves não será nunca a mesma coisa.
Felizmente foi lançada uma verdadeira lança em África, dado que a Televisão Pública de Angola decidiu contratar Gabi para relatar todos os jogos dos Palancas Negras durante o Mundial da Alemanha. Assim, durante o próximo mês, os angolanos vão poder vibrar com os relatos sobre a eficácia do posicionamento técnico-táctico de Jamba, com o perfume africano do futebol de Zé Kalanga, jogador com um tempo de salto de 68 centímetros, com as consequências da lesão do lateral Yamba Asha ou com o poderio do 1,87m de altura de Lebo-Lebo, jogador polivalente na defesa, que tanto joga a central como a central de marcação. Toda a Angola, vai poder vibrar com os gemidos de prazer de Gabriel Alves durante as triangulações entre Titi Buengo, Akwá e Miloy, os delírios com os remates de Mantorras com o pé que tinha mais à mão (provavelmente num remate de cabeça) e com as considerações tácticas sobre o 3x4x3x3 apresentado pelo treinador angolano.
Convenhamos, Mundial de Futebol sem Gabriel Alves não é Mundial não é coisa nenhuma.
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