quarta-feira, abril 19, 2006

E mais...

Long live the Brigada Suicida LigeiraNota prévia: Isto era para ser uma resposta ao post ali em baixo, mas não resisto a colocar aqui mais algumas considerações da minha pessoa.

De entre todos estes "artistas", referidos pelo Nelson, há 2 ou 3 que me irritam particularmente:

1 - os pensionistas. Sim, se há coisa que me irrita é malta que não tem a noção da realidade. Por muito que isto custe eu defendo o seguinte. A partir dos 70 anos de idade ninguém deveria poder conduzir. Eu sei que já estão aí uns quantos a dizer "ah e tal, há muita gente lúcida com essa idade e só um especialista pode avaliar as condições e patati e patata". Pois, meus amigos, isso para mim são balelas. Ninguém me convence de que se vão perdendo faculdades com o passar dos anos e tendo em conta a forma como são obtidas, em Portugal, as "opiniões" dos ditos especialistas, deveria ser proibido conduzir a partir dos 70 anos de idade e ponto final. Era discriminação? Que fosse! Azar. Se existe um limite mínimo de idade a respeitar (tenho a certeza absoluta que conseguiria conduzir a partir dos meus 15 anos de idade), deveria também existir um limite máximo! Quem quisesse andar de carro, procurasse alternativas.

2 - os peões suicidas. Estes então são o meu alvo preferencial. Na zona onde habito, são aos magotes. E existem por múltiplas situações. Como já referia o Fernando Pessa, há mais de 20 anos, porque carga de água existem passadeiras para peões, em locais onde o trânsito é regulado por semáforos? Nestes locais deveria haver, isso sim, corredores de travessia de peões.

Depois entra em acção a falta de civismo. Porque é que pouca gente respeita os semáforos de peão, enquanto peão? Porque é que um condutor que desrespeite um semáforo fica inibido de conduzir durante pelo menos 30 dias e ao peão nada sucede? Peão que não respeite um semáforo de peão, continua impunemente a sua caminhada e até é capaz de olhar de lado e até mandar a sua boca: "Não vês a passadeira, pá?". Este tipo de peão, deveria ser punido com 30 dias sem sair à rua! Passar um corredor/passadeira, com o semáforo vermelho, deveria dar direito a 30 dias nas Berlengas (ou em alternativa nas Desertas, caso estas fiquem rapidamente cheias). Pensando bem, devia-se encontrar outras alternativas, senão qualquer dia teríamos mais de metade do país a atravessar semáforos de peão vermelhos, de propósito... Mas castiguem-se estes energúmenos. Tudo acompanhado de uma campanha de sensibilização, claro.
Finalmente o espécime que me irrita verdadeiramente. Que é uma passadeira de peões? Para mim, é um local onde deve ser dada a prioridade aos peões, mas também é um local onde estes devem ter muitos cuidados. Devem chegar à mesma e pensar o seguinte:

"Vou atravessar a estrada, mas com cuidado. Com cuidado, porque aqui passam umas maquinetas com cerca de 1000 Kg de peso, que não param em 2 metros nem em 3 milisegundos; que circulam a alguma velocidade; que conduzidas por pessoas que por vezes podem estar distraídas, ensonadas, a quem a vida pode não estar a correr bem, estúpidas, etc. Assim sendo, vou olhar para os dois lados da estrada. Vou ver se não vem ninguém e só então atravesso a estrada. Se, após tomadas estas precauções, aparecer algum veículo automóvel, a sua obrigação é parar, dado que terá que me dar prioridade."

Isto é o conceito básico da passadeira, meus amigos! É isto, em traços gerais, que vem no Código da Estrada! No entanto, são aos magotes os suicidas que se atiram à tonta para estas autênticas "Rampas de Lançamento da Brigada Suicida Ligeira", com um ar orgulhoso de quem pensa o seguinte: "Aqui vou eu na passadeira, onde sou rei e senhor e agora tens de parar nem que para isso provoques um acidente do caraças". E ai de quem lhes chamar a atenção para este tipo de comportamento. Esse "assassino", será rapidamente lembrado do que é uma passadeira e a profissão da sua mãe e a fidelidade de um possível cônjuge, serão imediatamente colocadas em causa.

Para finalizar, permito-me ainda acrescentar mais um cromo à extensa lista colocada pelo Nelson.

O cromo que repara que vamos estacionar numa rua, de marcha atrás, mas que mesmo assim não está disposto a esperar que façamos tal manobra e ultrapassa imediatamente - por muito estreita que seja a via por onde circulamos - impedindo que façamos a nossa manobra. Raramente, mas muito raramente interrompo a manobra. E por vezes até atravesso o carro mais do que seria necessário. Regra geral isso ocasiona fortes travagens e discussão. Felizmente, até hoje, nunca houve nenhum acidente, mas calculo que um destes dias ocorrerá...

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