sexta-feira, dezembro 18, 2015

No fundo Malala diz: "Não digam mal do Islamismo ou vão zangar os muçulmanos e criar terroristas"

Concordo com a Malala. Percebemos, no entanto, que ao mesmo tempo que ela afirma que não se pode culpar toda a população muçulmana pelo terrorismo, que, de facto, não tem culpa e nem todos são terroristas, assume que existe uma grande tendência da mesma para se radicalizar. Porque quando um Cristão ataca, como acontece de vez em quando, os restantes, por muito que alguém grite que a culpa foi do cristianismo, não se vão radicalizar. Quantos de nós temos medo da radicalização dos Cristãos? Quantos de nós temos de tratar os cristãos com "pezinhos de lã" para não corrermos o risco de eles se zangarem e desatarem aos tiros? Quantos de nós temos medo do "terrorismo Judeu"? E, sabendo que os Judeus muito têm sido perseguidos, não deveríamos estar todos, pela lógica apontada pela Malala, a tremer de medo da radicalização? Mas quantos de nós temos medo da radicalização dos Judeus ou dos Cristãos? Agora pensem nos muçulmanos. Quantos de nós têm coragem de ir a uma mesquita falar de terrorismo e do problema que a ideologia que eles defendem representa na radicalização? Quantos de nós têm coragem de afirmar que é na essência do islamismo que se encontra o problema? As palavras da Malala mostram bem onde está o problema. No fundo o que a Malala afirma é: "Por favor não digam mal do islamismo porque, se o fazem, vão zangar ainda mais muçulmanos e vão surgir ainda mais terroristas". Eu concordo com isto, acho que existe esse perigo. Mas o que fazemos? Já se tentou ignorar o problema, não foi corrigido e foi piorando. Já se tentou sensibilizar e chamar ao Islão "a religião da paz", mostrando uma tolerância que eles nunca tiveram. Não resolveu o problema, pelo contrário, levou a que fosse mais fácil aos muçulmanos recrutar jovens que viram o Islão como uma coisa positiva, criando mais possíveis terroristas. A Malala até pode ter razão ao afirmar que se o Trump expulsar os muçulmanos vai piorar a situação (não sabemos se tem, isso nunca foi experimentado), mas o que nem a Malala, nem ninguém, consegue afirmar é: qual é a solução, o que é que funciona?

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