Alguém quer comprar uma vogal???
Depois de ler isto, chego à conclusão que, passando-se boa parte do processo na zona do Grande Porto e envolvendo o pagamento de favores dentro de campo com favores debaixo dos lençóis, quando o nome do processo é traduzido para o idioma castelhano começa a fazer muito mais sentido do que na nossa própria língua!
"Explain again how sheep's bladders may be employed to prevent earthquakes."
terça-feira, janeiro 30, 2007
Alteração no sentido de voto
Hoje (rir baixinho), que começa (rir) a campanha para o referendo do aborto (rir ainda mais)... devo anunciar a alteração radical no sentido do meu voto, que já tinha anunciado aqui mesmo, foi alterado. É verdade, depois de ver o vídeo que vos deixo, só posso mesmo dizer: "Assim não!".
Hoje (rir baixinho), que começa (rir) a campanha para o referendo do aborto (rir ainda mais)... devo anunciar a alteração radical no sentido do meu voto, que já tinha anunciado aqui mesmo, foi alterado. É verdade, depois de ver o vídeo que vos deixo, só posso mesmo dizer: "Assim não!".
segunda-feira, janeiro 29, 2007
Petição pela libertação do Sargento Luís Gomes
Se ainda não assinaram e estiverem de acordo, façam-no aqui. Deixo-vos também aqui o texto se o quiserem ler.
«Petição pela libertação do Sargento Luís Gomes.
O Sargento Luís Gomes foi condenado a seis anos de prisão por crime de sequestro, porque se recusou a entregar e a informar o paradeiro da sua filha adoptiva, que se encontra com a sua esposa em local incerto.
Recusa-se entregar o seu bem mais precioso a um desconhecido, preferindo ir para a prisão durante seis anos de modo a proteger o bem-estar e o equilíbrio emocional da menina.
Mas não gostaria de lhe chamar filha adoptiva.
Chamo-lhe apenas filha, porque é o que a menina representa para o Sargento Luís Gomes e esposa.
O Sargento Luís Gomes e esposa criaram a sua filha desde os três meses de idade, quando lhe foi deixada pela mãe biológica.
Todos as pessoas que acompanharam a menina desde tenra idade (restante família do Sargento, pediatra, amigos) afirmam que a menina encontra-se de muito boa saúde e com um desenvolvimento físico e intelectual dentro do esperado para a sua idade.
A menor é fruto de uma relação ocasional com um carpinteiro de Cernache do Bonjardim, que nunca manifestou qualquer interesse na menor.
Depois de ser chamado pelo Ministério Público para realizar testes de ADN de modo a averiguar a paternidade da menina, o "pai biológico" solicitou a entrega da menor, mais uns milhares de Euros porque, coitado, sofreu danos morais graves!
A própria "mãe biológica" da menina afirmou em entrevista que não entregou a menina ao "pai" biológico porque "Não achou que ele seria bom pai".
A alimentar esta situação absurda encontra-se um advogado do "pai" biológico sedento de protagonismo e visibilidade mediática; um colectivo de juízes presidido pela Sra. Fernanda Ventura que demonstra com este processo não só uma absoluta falta de profissionalismo como uma fraca condição como ser humano, já para não falar do "pai" biológico cuja imagem que prevalece é a de alguém em busca de um prémio monetário.
Para o Sargento Luís Gomes a nossa total solidariedade e apoio na sua missão de pai, e um agradecimento pelo seu enorme acto de amor.
Para a justiça portuguesa: que o caso da menor seja julgado de forma célere e de acordo com os seus reais e superiores interesses, com seriedade e humanismo, e levando em consideração que PAIS são aqueles que tratam, cuidam e educam, e não aqueles que, numa noite de bebedeira, trocaram fluidos corporais!! »
Se ainda não assinaram e estiverem de acordo, façam-no aqui. Deixo-vos também aqui o texto se o quiserem ler.
«Petição pela libertação do Sargento Luís Gomes.
O Sargento Luís Gomes foi condenado a seis anos de prisão por crime de sequestro, porque se recusou a entregar e a informar o paradeiro da sua filha adoptiva, que se encontra com a sua esposa em local incerto.
Recusa-se entregar o seu bem mais precioso a um desconhecido, preferindo ir para a prisão durante seis anos de modo a proteger o bem-estar e o equilíbrio emocional da menina.
Mas não gostaria de lhe chamar filha adoptiva.
Chamo-lhe apenas filha, porque é o que a menina representa para o Sargento Luís Gomes e esposa.
O Sargento Luís Gomes e esposa criaram a sua filha desde os três meses de idade, quando lhe foi deixada pela mãe biológica.
Todos as pessoas que acompanharam a menina desde tenra idade (restante família do Sargento, pediatra, amigos) afirmam que a menina encontra-se de muito boa saúde e com um desenvolvimento físico e intelectual dentro do esperado para a sua idade.
A menor é fruto de uma relação ocasional com um carpinteiro de Cernache do Bonjardim, que nunca manifestou qualquer interesse na menor.
Depois de ser chamado pelo Ministério Público para realizar testes de ADN de modo a averiguar a paternidade da menina, o "pai biológico" solicitou a entrega da menor, mais uns milhares de Euros porque, coitado, sofreu danos morais graves!
A própria "mãe biológica" da menina afirmou em entrevista que não entregou a menina ao "pai" biológico porque "Não achou que ele seria bom pai".
A alimentar esta situação absurda encontra-se um advogado do "pai" biológico sedento de protagonismo e visibilidade mediática; um colectivo de juízes presidido pela Sra. Fernanda Ventura que demonstra com este processo não só uma absoluta falta de profissionalismo como uma fraca condição como ser humano, já para não falar do "pai" biológico cuja imagem que prevalece é a de alguém em busca de um prémio monetário.
Para o Sargento Luís Gomes a nossa total solidariedade e apoio na sua missão de pai, e um agradecimento pelo seu enorme acto de amor.
Para a justiça portuguesa: que o caso da menor seja julgado de forma célere e de acordo com os seus reais e superiores interesses, com seriedade e humanismo, e levando em consideração que PAIS são aqueles que tratam, cuidam e educam, e não aqueles que, numa noite de bebedeira, trocaram fluidos corporais!! »
domingo, janeiro 28, 2007
Nem o Desporto-Rei se safa
Aqui há uns anos atrás tinha por hábito, sempre que estava em casa, a ver um jogo de futebol na TV, cortar por completo o seu som e guiar-me pela rádio, tal era a "qualidade" dos comentários que a RTP nos oferecia. Se com Gabriel Alves, por vezes ainda me ria, não havia pachorra para os "esbirros" do FCP, que dão pelo nome de António Fidalgo e o seu fiel companheiro que agora não me recordo o nome. É um tal de Luís "qualquer-coisa", se não estou em erro. Com a adesão à TV Cabo, tive que desistir deste hábito, visto que existe sempre um diferencial de alguns segundos (por vezes nem chega a um segundo), entre a chegada do som e da imagem. O que irrita. Saber que vai acontecer algo, algum tempo antes (por pouco que seja) chateia. Ou pelo menos a mim chateia, que vejo por vezes malta a ver jogos na SportTV (em que este hiato de tempo atinge proporções inacreditáveis), com um rádio no ouvido e gritam golos, por vezes com inúmeros segundos de antecedência. E, assim sendo, deixei de lado esta prática.
Outro hábito que sempre tive, foi não gostar de ver jogos sozinho. Nem que seja para dizer uns disparates ao "parceiro" do lado, seja qual for a sua fé clubística.
Ontem, vi o Belenenses-Benfica, sózinho e em casa. E pude constatar, mais uma vez, que nem no futebol, a TVI tem a mínima qualidade. O tipo que relata o jogo (que nem me dei ao luxo até hoje de fixar o nome), é sofrível. De uma falta de profissionalismo e de rigor a todos os títulos notáveis. Não há um único jogo, que eu tenha assistido nos últimos anos, nesta porcaria de TV, em que ele não tenha feito uma das suas.
Recordo particularmente os dois seguintes casos:
-"A bola foi tão chegada ao segundo poste, que quase se poderia dizer que foi ao 3º poste, se este existisse", nem me recordo em que jogo foi, mas gostava que ele me explicasse este conceito.
-"O Benfica nunca ganhou ao Beira-Mar neste estádio!". Uma frase repetida, vezes sem conta, durante a emissão do jogo entre estas duas equipas, referente à presente edição da Liga, tomando em linha de conta, os jogos realizados no mais recente estádio do clube visitado. Isto foi algo que começou nos jornais e de uma mentira tantas vezes dita, acabou por pegar como verdade, entre profissionais de pouca qualidade. Tivesse o senhor acrescentado "em jogos para o Campeonato/Liga", e era uma verdade insofismável. Assim, ficou de parte uma vitória para a Taça de Portugal, na época 2004/05.
Ontem, ao ouvir pela primeira vez que o guarda-redes do Benfica, estava a fazer o jogo 250 na baliza do Benfica, pus-me a fazer contas de cabeça e nada batia certo. Ora deixa cá ver... há quantos anos estará ele no Benfica? Quatro? Cinco? Não! Cinco é capaz de ser demais Joaquim... Ora o ano passado eram estes 3... no ano anterior jogaram o Quim e o Moreira a meias... E está-me cá a parecer que na outra ele ainda estava no Braga, ou estarei a fazer confusão? Esqueci a coisa, mas os broncos voltaram à carga, passado muito pouco tempo:
"Quim, a fazer o jogo 250 com a camisola do Benfica!"
É pá, mas como é que isto pode ser? Então o tipo está aqui , no máximo à quatro anos, não foi sempre titular e já fez 250 jogos? Já na segunda parte:
"Quim que hoje realiza o seu jogo 250 com a camisola encarnada"
Hoje, ao ler o jornal "A Bola", fiquei esclarecido só a ler o início da sua apreciação:
"Cumpriu a 250ª participação na Liga..."
Custa muito ser preciso, meus amigos? Ou faz parte da missão da TVI dizer disparates e desinformar a malta?
PS: Ainda dentro desta temática, irrita-me o vício do Hélder Conduto, agora na RTP e na RDP, passar o tempo com gritos histéricos de: "Mas que Periiiiiguuuuu!", por tudo e por nada. Quando ele relatava na TSF, mudava logo de estação e se eu fosse gaijo que escrevesse aí para uns programas de humor, tinha que colocar o tipo a dizê-lo por tudo e por nada, na sua vida (quando puxasse o autoclismo, quando passasse uma ambulância, quando deixasse cair uma migalha de pão no chão, quando pisasse cocó de cão, etc). Talvez por ter ideias deprimentes como esta, faço o que faço. Enfim, vidas...
Aqui há uns anos atrás tinha por hábito, sempre que estava em casa, a ver um jogo de futebol na TV, cortar por completo o seu som e guiar-me pela rádio, tal era a "qualidade" dos comentários que a RTP nos oferecia. Se com Gabriel Alves, por vezes ainda me ria, não havia pachorra para os "esbirros" do FCP, que dão pelo nome de António Fidalgo e o seu fiel companheiro que agora não me recordo o nome. É um tal de Luís "qualquer-coisa", se não estou em erro. Com a adesão à TV Cabo, tive que desistir deste hábito, visto que existe sempre um diferencial de alguns segundos (por vezes nem chega a um segundo), entre a chegada do som e da imagem. O que irrita. Saber que vai acontecer algo, algum tempo antes (por pouco que seja) chateia. Ou pelo menos a mim chateia, que vejo por vezes malta a ver jogos na SportTV (em que este hiato de tempo atinge proporções inacreditáveis), com um rádio no ouvido e gritam golos, por vezes com inúmeros segundos de antecedência. E, assim sendo, deixei de lado esta prática.
Outro hábito que sempre tive, foi não gostar de ver jogos sozinho. Nem que seja para dizer uns disparates ao "parceiro" do lado, seja qual for a sua fé clubística.
Ontem, vi o Belenenses-Benfica, sózinho e em casa. E pude constatar, mais uma vez, que nem no futebol, a TVI tem a mínima qualidade. O tipo que relata o jogo (que nem me dei ao luxo até hoje de fixar o nome), é sofrível. De uma falta de profissionalismo e de rigor a todos os títulos notáveis. Não há um único jogo, que eu tenha assistido nos últimos anos, nesta porcaria de TV, em que ele não tenha feito uma das suas.
Recordo particularmente os dois seguintes casos:
-"A bola foi tão chegada ao segundo poste, que quase se poderia dizer que foi ao 3º poste, se este existisse", nem me recordo em que jogo foi, mas gostava que ele me explicasse este conceito.
-"O Benfica nunca ganhou ao Beira-Mar neste estádio!". Uma frase repetida, vezes sem conta, durante a emissão do jogo entre estas duas equipas, referente à presente edição da Liga, tomando em linha de conta, os jogos realizados no mais recente estádio do clube visitado. Isto foi algo que começou nos jornais e de uma mentira tantas vezes dita, acabou por pegar como verdade, entre profissionais de pouca qualidade. Tivesse o senhor acrescentado "em jogos para o Campeonato/Liga", e era uma verdade insofismável. Assim, ficou de parte uma vitória para a Taça de Portugal, na época 2004/05.
Ontem, ao ouvir pela primeira vez que o guarda-redes do Benfica, estava a fazer o jogo 250 na baliza do Benfica, pus-me a fazer contas de cabeça e nada batia certo. Ora deixa cá ver... há quantos anos estará ele no Benfica? Quatro? Cinco? Não! Cinco é capaz de ser demais Joaquim... Ora o ano passado eram estes 3... no ano anterior jogaram o Quim e o Moreira a meias... E está-me cá a parecer que na outra ele ainda estava no Braga, ou estarei a fazer confusão? Esqueci a coisa, mas os broncos voltaram à carga, passado muito pouco tempo:
"Quim, a fazer o jogo 250 com a camisola do Benfica!"
É pá, mas como é que isto pode ser? Então o tipo está aqui , no máximo à quatro anos, não foi sempre titular e já fez 250 jogos? Já na segunda parte:
"Quim que hoje realiza o seu jogo 250 com a camisola encarnada"
Hoje, ao ler o jornal "A Bola", fiquei esclarecido só a ler o início da sua apreciação:
"Cumpriu a 250ª participação na Liga..."
Custa muito ser preciso, meus amigos? Ou faz parte da missão da TVI dizer disparates e desinformar a malta?
PS: Ainda dentro desta temática, irrita-me o vício do Hélder Conduto, agora na RTP e na RDP, passar o tempo com gritos histéricos de: "Mas que Periiiiiguuuuu!", por tudo e por nada. Quando ele relatava na TSF, mudava logo de estação e se eu fosse gaijo que escrevesse aí para uns programas de humor, tinha que colocar o tipo a dizê-lo por tudo e por nada, na sua vida (quando puxasse o autoclismo, quando passasse uma ambulância, quando deixasse cair uma migalha de pão no chão, quando pisasse cocó de cão, etc). Talvez por ter ideias deprimentes como esta, faço o que faço. Enfim, vidas...
sábado, janeiro 27, 2007
Eis, na sua máxima glória, o Portugal que elegeu o ditador de Santa Comba Dão e o agente do KGB como "Grandes Portugueses":
Na página 12 da edição do Público de hoje (que continua a ser o melhor jornal que se publica aos sábados), vem uma história que eu, muito honestamente, julgava que já pertencia a um Portugal do "antigamente", impossível de se passar num Portugal "moderno", mas eis que me enganei e esse Portugal continua a existir. Eis o resumo da história, que está - obviamente - muito mais desenvolvida no trabalho da jornalista Sofia Branco:
Maria Luísa é uma paraplégica que tinha 41 anos quando engravidou, em virtude, aparentemente, dos medicamentos que tomava colidirem com a eficácia da pílula que tomava há já 20 anos. Quando às 3 semanas de gestação consultou o médico de família, este recomendou lhe ir ao hospital de Abrantes para, ao abrigo da actual Lei, realizar o aborto que cessaria uma gravidez que só poderia resultar em mais sofrimento para Maria Luísa, veio-lhe logo ao caminho uma enfermeira dizer: "É proibido abortar em Portugal" e quando esta lhe retorquiu que na sua situação não é, ela olhou-a como se tivesse a dizer o maior disparate do mundo. Em seguida, a médica disse lhe logo: "Aqui vem-se para parir, não se vem para abortar (...) Não lhe vamos fazer um aborto, porque isso tem que se justificar muito", olhando-a com desprezo e recomendando que arranjasse uma carta para que o seu caso fosse avaliado por uma "comissão de ética" que levaria "o tempo que tivesse que levar". Depois de peripécias tão ou mais horripilantes, contactou uma enfermeira amiga em Lisboa, que lhe deu um número de telefone. Foi para Badajoz onde, por 475 euros, teve o seu problema resolvido em 5 minutos, sendo acompanhada por "2 médicos, 2 enfermeiras e um psicólogo".
Desta história cada um tire as suas conclusões sobre o sentido de voto no próximo dia 11. Eu cá tiro a minha: Ao invés de andarem a discutir quem linka o quê, uma discussão que deve interessar praí a 3 pessoas, andassem a discutir situações como esta, da real aplicação da actual e da futura Lei, faziam muito melhor figura - e talvez contribuíssem para que a malta não se sentisse tentada a eleger ditadores como grandes figuras da nossa rica História.
Na página 12 da edição do Público de hoje (que continua a ser o melhor jornal que se publica aos sábados), vem uma história que eu, muito honestamente, julgava que já pertencia a um Portugal do "antigamente", impossível de se passar num Portugal "moderno", mas eis que me enganei e esse Portugal continua a existir. Eis o resumo da história, que está - obviamente - muito mais desenvolvida no trabalho da jornalista Sofia Branco:
Maria Luísa é uma paraplégica que tinha 41 anos quando engravidou, em virtude, aparentemente, dos medicamentos que tomava colidirem com a eficácia da pílula que tomava há já 20 anos. Quando às 3 semanas de gestação consultou o médico de família, este recomendou lhe ir ao hospital de Abrantes para, ao abrigo da actual Lei, realizar o aborto que cessaria uma gravidez que só poderia resultar em mais sofrimento para Maria Luísa, veio-lhe logo ao caminho uma enfermeira dizer: "É proibido abortar em Portugal" e quando esta lhe retorquiu que na sua situação não é, ela olhou-a como se tivesse a dizer o maior disparate do mundo. Em seguida, a médica disse lhe logo: "Aqui vem-se para parir, não se vem para abortar (...) Não lhe vamos fazer um aborto, porque isso tem que se justificar muito", olhando-a com desprezo e recomendando que arranjasse uma carta para que o seu caso fosse avaliado por uma "comissão de ética" que levaria "o tempo que tivesse que levar". Depois de peripécias tão ou mais horripilantes, contactou uma enfermeira amiga em Lisboa, que lhe deu um número de telefone. Foi para Badajoz onde, por 475 euros, teve o seu problema resolvido em 5 minutos, sendo acompanhada por "2 médicos, 2 enfermeiras e um psicólogo".
Desta história cada um tire as suas conclusões sobre o sentido de voto no próximo dia 11. Eu cá tiro a minha: Ao invés de andarem a discutir quem linka o quê, uma discussão que deve interessar praí a 3 pessoas, andassem a discutir situações como esta, da real aplicação da actual e da futura Lei, faziam muito melhor figura - e talvez contribuíssem para que a malta não se sentisse tentada a eleger ditadores como grandes figuras da nossa rica História.
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Nee! Nee! Nee! Nee!
Finalmente, 32 anos após o lançamento do filme, é descoberto o verdadeiro Rei Artur, algures nos Estados Unidos. Testemunhas provam tê-lo visto a tentar deitar abaixo uma enorme árvore com um arenque...
Finalmente, 32 anos após o lançamento do filme, é descoberto o verdadeiro Rei Artur, algures nos Estados Unidos. Testemunhas provam tê-lo visto a tentar deitar abaixo uma enorme árvore com um arenque...
quinta-feira, janeiro 25, 2007
PELAMORDEDEUS
Quando é que é acrescentado o seguinte artigo aos estatutos do Benfica?
1-"Todo e qualquer indivíduo que algum dia, tenha estado ligado ao Futebol Clube de Porto, quer como jogador, na formação ou profissionalmente, quer como dirigente, jamais poderá ter qualquer ligação ao Sport Lisboa e Benfica, sendo inclusivé proíbida a sua entrada nas instalações do clube, excepto quando em representação de outras colectividades, para a realização de jogos oficiais"
É que é mesmo este tipo de avançado alto e espadaudo, que a malta está a precisar. Será que os erros do passado, não servem para aprender? Zahovic, Drulovic, Miklos Feher, João Manuel Pinto, Argel, Paulo Pereira, etc. Não há um único jogador que já tenha passado pelo "clube do Demo", que algum dia tenha trazido mais valias ao Benfica. A única excepção foi o Rui Águas (um pouco diferente, porque foi numa dinâmica de vai e vem), e se fosse eu que mandasse, aplicava-se na mesma este artigo. Dóia a quem doer.
Quando é que é acrescentado o seguinte artigo aos estatutos do Benfica?
1-"Todo e qualquer indivíduo que algum dia, tenha estado ligado ao Futebol Clube de Porto, quer como jogador, na formação ou profissionalmente, quer como dirigente, jamais poderá ter qualquer ligação ao Sport Lisboa e Benfica, sendo inclusivé proíbida a sua entrada nas instalações do clube, excepto quando em representação de outras colectividades, para a realização de jogos oficiais"
É que é mesmo este tipo de avançado alto e espadaudo, que a malta está a precisar. Será que os erros do passado, não servem para aprender? Zahovic, Drulovic, Miklos Feher, João Manuel Pinto, Argel, Paulo Pereira, etc. Não há um único jogador que já tenha passado pelo "clube do Demo", que algum dia tenha trazido mais valias ao Benfica. A única excepção foi o Rui Águas (um pouco diferente, porque foi numa dinâmica de vai e vem), e se fosse eu que mandasse, aplicava-se na mesma este artigo. Dóia a quem doer.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Está oficialmente aberta...
... a época dos "desportos" parvos. A partir do momento em que, estando em casa a "chocar" uma valente virose, ligo um canal Trans-Europeu de desporto e apanho com horas e horas de patinagem artística. Segue-se o Campeonato do Mundo de Curling, depois o de Boxe e, para terminar em beleza, a Ginástica Rítmica. Eu até admiro a perícia e a dedicação, mas não há pachorra.
... a época dos "desportos" parvos. A partir do momento em que, estando em casa a "chocar" uma valente virose, ligo um canal Trans-Europeu de desporto e apanho com horas e horas de patinagem artística. Segue-se o Campeonato do Mundo de Curling, depois o de Boxe e, para terminar em beleza, a Ginástica Rítmica. Eu até admiro a perícia e a dedicação, mas não há pachorra.
Neverending story...
Ainda na onda do último post da Licas, uns centímetros abaixo deste, leio uma notícia sobre as câmaras de segurança do trânsito na Escócia que, devido a serem frequentemente alvo de actos de vandalismo, passaram a ser vigiadas por...câmaras de segurança.
Presumo que estas câmaras de segurança, que irão vigiar as câmaras de segurança originais, serão por sua vez vigiadas por outras câmaras de segurança, que curiosamente necessitarão de ser protegidas por mais câmaras de segurança, sendo estas...
Ainda na onda do último post da Licas, uns centímetros abaixo deste, leio uma notícia sobre as câmaras de segurança do trânsito na Escócia que, devido a serem frequentemente alvo de actos de vandalismo, passaram a ser vigiadas por...câmaras de segurança.
Presumo que estas câmaras de segurança, que irão vigiar as câmaras de segurança originais, serão por sua vez vigiadas por outras câmaras de segurança, que curiosamente necessitarão de ser protegidas por mais câmaras de segurança, sendo estas...
STOP! RADAR!
Pela primeira vez desde que foram instalados os radares em Lisboa tive a oportunidade de me cruzar com uns quantos neste Domingo. Ora se já era apologista de que em determinadas avenidas era ilógica a imposição do limite de velocidade a 50 Km/h, meus caros... agora mais ainda.
Há tempos cheguei a falar com a minha cara-metade (na verdade, foi ele quem lançou a ideia) de se criar um movimento (está na moda) que respeitasse totalmente os limites de velocidade de 50 km/h, por exemplo, nos túneis da Avenida do Campo Grande. Seria um autêntico caos, com buzinadelas e apupos menos correctos, mas pelo menos cumprir-se-ia o código.
Pois bem. Foi então que surgiram os radares. Quais 51 km/h??? 50 meus caros. Certinhos! Coitados daqueles que diariamente têm de fazer esta avenida. Não sei se estarei errada, mas acredito que vão deixar de existir horas de ponta para haver trânsito todo o santo dia.
Além disso, continuo a insistir que o maior problema não é o excesso de velocidade. São sim a enorme falta de civismo de alguns (muitos) condutores e as manobras perigosas. No entanto, infelizmente é mais importante apostar em radares e em operações de vigilância de velocidade do que propriamente identificar e punir aqueles que mais perigo causam pela inconsciência que têm.
Foi um desabafo!
terça-feira, janeiro 23, 2007
Assim também eu, pá!
Ainda anteontem lia que o ex-jornalista, e autor do livro de quase-ficção Golpe de Estádio, Marinho Neves confessou ter elaborado relatórios para o meu clube onde constavam, entre outras apetitosas coisas, os nomes dos árbitros designados para certos jogos...isto com cerca de duas semanas de antecedência.
Míseros dois dias depois, saem as nomeações para os jogos da próxima jornada do campeonato e eis que, ao ver o nome deOlarápio Olegário Benquerença, para a deslocação do Sporting ao Bessa, chego à conclusão que os relatórios deste homem podiam ter sido elaborados, e de graça, por qualquer pessoa que seguisse com o mínimo de atenção o futebol em Portugal...assim, é muito fácil!
Ainda anteontem lia que o ex-jornalista, e autor do livro de quase-ficção Golpe de Estádio, Marinho Neves confessou ter elaborado relatórios para o meu clube onde constavam, entre outras apetitosas coisas, os nomes dos árbitros designados para certos jogos...isto com cerca de duas semanas de antecedência.
Míseros dois dias depois, saem as nomeações para os jogos da próxima jornada do campeonato e eis que, ao ver o nome de
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Extremamente Positiva
A participação nacional no Dakar deste ano. Carlos Sousa nos automóveis, com um andamento muito perto dos homens da frente, que só foi manchado por dois dias (um com a rábula inacreditável da perca do navegador em pleno deserto e outro por problemas mecânicos), terminou mais uma vez no Top-10. Nos camiões, Elisabete Jacinto obteve a sua melhor classificação na categoria ao terminar em 21º. E finalmente, e esta é para mim o melhor resultado de sempre dum português no Dakar (mesmo contando com outras participações de Carlos Sousa), Hélder Rodrigues, após se ter estreado na edição do ano passado, com um magnifico 9º lugar, este ano subiu a parada e terminou num notável 5º.
Deem condições a esta malta e quem sabe onde poderão chegar. Carlos Sousa, parece que já foi convidado pela VW, para fazer a Taça da FIA de TT (meio caminho andado para entrar na equipa oficial), mas já garantiu que só aceitará o convite, se puder levar ao seu lado, alguém que tenha o traseiro agrafado ao banco e esteja preso com uma guita.
A participação nacional no Dakar deste ano. Carlos Sousa nos automóveis, com um andamento muito perto dos homens da frente, que só foi manchado por dois dias (um com a rábula inacreditável da perca do navegador em pleno deserto e outro por problemas mecânicos), terminou mais uma vez no Top-10. Nos camiões, Elisabete Jacinto obteve a sua melhor classificação na categoria ao terminar em 21º. E finalmente, e esta é para mim o melhor resultado de sempre dum português no Dakar (mesmo contando com outras participações de Carlos Sousa), Hélder Rodrigues, após se ter estreado na edição do ano passado, com um magnifico 9º lugar, este ano subiu a parada e terminou num notável 5º.
Deem condições a esta malta e quem sabe onde poderão chegar. Carlos Sousa, parece que já foi convidado pela VW, para fazer a Taça da FIA de TT (meio caminho andado para entrar na equipa oficial), mas já garantiu que só aceitará o convite, se puder levar ao seu lado, alguém que tenha o traseiro agrafado ao banco e esteja preso com uma guita.
Eis quando a realidade dá tantas voltas entre o bom e o mau que a malta já não sabe muito bem o que isto é
Segundo a edição online do NYTimes, apesar de terem sido dos primeiros a adoptarem novas tecnologias como a K7, os realizadores de cinema porno não querem aderir à nova moda nos filmes - o DVD de alta definição. Segundo o jornal americano, esta tecnologia não será boa para os consumidores deste tipo de produtos porque "poder-se-à ver todas as imperfeições dos actores desde uma celulite nas pernas até às rugas dos olhos". Bom!
E como se isto não fosse suficiente, uma das actrizes contactadas pelo jornal norte-americano disse - e esta é a chamada peça-de-resistência deste artigo* - "Vou refazer os meus seios devido à tecnologia HD".
* Copyright de Nuno Markl.
Segundo a edição online do NYTimes, apesar de terem sido dos primeiros a adoptarem novas tecnologias como a K7, os realizadores de cinema porno não querem aderir à nova moda nos filmes - o DVD de alta definição. Segundo o jornal americano, esta tecnologia não será boa para os consumidores deste tipo de produtos porque "poder-se-à ver todas as imperfeições dos actores desde uma celulite nas pernas até às rugas dos olhos". Bom!
E como se isto não fosse suficiente, uma das actrizes contactadas pelo jornal norte-americano disse - e esta é a chamada peça-de-resistência deste artigo* - "Vou refazer os meus seios devido à tecnologia HD".
* Copyright de Nuno Markl.
domingo, janeiro 21, 2007
sexta-feira, janeiro 19, 2007
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Cor-de-rosinha?
A ser verdade o que vem hoje divulgado no pasquim Record (algum dia terá que acontecer), teremos finalmente um equipamento adequado para a Maria Amélia, vulgo Nuno Gomes. Vejam lá se não lhe assenta que nem uma luva!
A ser verdade o que vem hoje divulgado no pasquim Record (algum dia terá que acontecer), teremos finalmente um equipamento adequado para a Maria Amélia, vulgo Nuno Gomes. Vejam lá se não lhe assenta que nem uma luva!
O Poder ao Povo
Se no próximo dia 11 de Fevereiro não for atingida a tal marca dos 50% de votantes (que tornará vinculativo o referendo sobre a IVG) proponho desde já, que nos próximos 1500 anos, não se faça mais nenhum, sobre nenhum assunto.
Se num país em que se passa a vida a criticar os governantes e a lançar-lhes suspeitas mil, quando é dado aos cidadãos o poder total sobre uma determinada matéria, estes optam por se abster, para quê realizar mais coisas destas? Um acto destes, para mim, é o supra sumo da democracia, e sou grande defensor de um sistema em que todos os anos seríamos chamados a responder a certas e determinadas questões, desde as mais básicas até a algumas mais complexas.
Não me lixem pá! Nem que se vote em branco, catano.
PS: Era algo deste género que a malta do meu prédio também merecia, dada a "enorme afluência" que teve ontem a reunião anual de proprietários. Mereciam que os presentes dividissem o dinheiro e fossem de férias para... o Seixal.
Se no próximo dia 11 de Fevereiro não for atingida a tal marca dos 50% de votantes (que tornará vinculativo o referendo sobre a IVG) proponho desde já, que nos próximos 1500 anos, não se faça mais nenhum, sobre nenhum assunto.
Se num país em que se passa a vida a criticar os governantes e a lançar-lhes suspeitas mil, quando é dado aos cidadãos o poder total sobre uma determinada matéria, estes optam por se abster, para quê realizar mais coisas destas? Um acto destes, para mim, é o supra sumo da democracia, e sou grande defensor de um sistema em que todos os anos seríamos chamados a responder a certas e determinadas questões, desde as mais básicas até a algumas mais complexas.
Não me lixem pá! Nem que se vote em branco, catano.
PS: Era algo deste género que a malta do meu prédio também merecia, dada a "enorme afluência" que teve ontem a reunião anual de proprietários. Mereciam que os presentes dividissem o dinheiro e fossem de férias para... o Seixal.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
I scratch your back...
"Hugo Chávez garante que Fidel Castro está bem de saúde"
Noutras notícias:
"George W. Bush diz que George Bush Sr. foi um grande presidente";
"Reinaldo Teles afirma que Jorge Nuno Pinto da Costa é um homem honesto";
"Carlos Castro diz que Cláudio Ramos é um grande homem da televisão portuguesa"...
"Hugo Chávez garante que Fidel Castro está bem de saúde"
Noutras notícias:
"George W. Bush diz que George Bush Sr. foi um grande presidente";
"Reinaldo Teles afirma que Jorge Nuno Pinto da Costa é um homem honesto";
"Carlos Castro diz que Cláudio Ramos é um grande homem da televisão portuguesa"...
terça-feira, janeiro 16, 2007
"E esse post, quanto é que custa?"
Ó meus amigos, vamos lá ver se nos entendemos no seguinte: Verdadeiramente a campanha para o referendo do próximo dia 11/2 começou nas últimas duas semanas. E quais têm sido os temas abordados?
- Quanto custa um referendo nacional. Que caso não saibam, custa exactamente o mesmo que custaria se a pergunta fosse: "Deve o Benfica ser campeão europeu de futebol todos os anos?" ou "Concorda com a exclusão de Tozé da Esquina da lista dos 100 maiores portugueses de sempre?". Ora, é mais que óbvio que isto não tem coisa nenhuma a ver com a matéria que se vai referendar.
- As regras implícitas na veiculação de mensagens de tempo de antena na Televisão Nacional. Regras que existem desde 1997 e já serviram para dois referendos (um deles também sobre o aborto - o que, na minha opinião, retira muito valor ao actual, mas já lá vamos).
- Quanto custará anualmente ao Serviço Nacional de Saúde a prática legalizada de abortos. Este para mim é um argumento delirante e só pode ter sido levantado por alguém ou extremamente ignorante ou igualmente mal-intencionado. Segundo o orçamento de Estado para o ano corrente, o Serviço Nacional de Saúde custará aos contribuintes nacionais (e aos papalvos dos suecos e dos alemães que ainda hoje deram mais 21,5 mil milhões de euros para esta choça) cerca de 7,7 mil milhões de euros. O que são 10 milhões de euros no meio disto? Cerca de 0,0013%. Portanto, irá, como está bom de ver, fazer uma diferença abismal. E aliás, a pergunta é até sobre os mecanismos de financiamento do SNS e tudo. Mas este é um argumento péssimo (e que deve ter levado algumas pessoas do lado do 'Não' a decidirem-se abster) porque contabiliza ao cêntimo uma decisão que é, valha a verdade, sobre vidas humanas. E por muito importante que seja o equilíbrio das contas públicas (que o é - devendo ser o objectivo principal de qualquer bom governo), é tão mais importante o que está em causa em termos éticos e morais que isto nem devia ser trazido a debate por uma questão de higiene mental.
- Quanto é que custa e de onde vem o dinheiro duma campanha eleitoral. Devem-se ter lembrado agora desta. Do verão de 2004 ao início do ano passado tivemos 1 eleição europeia, 3 nacionais e 1 regional. Em todas elas tanto partidos de esquerda como partidos de direita gastaram muito mais que as receitas previstas. Em todas elas, deram prejuízo; Em todas elas, mais cedo ou mais tarde surgiram notícias sobre penalizações aos partidos por irregularidades. Agora, como os empresários dum lado e doutro entregam o dinheiro a movimentos de cidadãos ao invés de partidos, já é um escândalo. Poupem-nos a este choradinho.
- És/Não és do meu "clube" e por isso tens de votar comigo/do outro lado. Como se a posição sobre o aborto não fosse exclusivamente individual e ainda estivéssemos no tempo em que o voto era um diktat do Partido Único. Patético e mesquinho.
E depois temos argumentos tão bons como este e este do lado do 'Não' e aquele clássico das mulheres do BE a gritarem "Na minha barriga mando eu" com o respectivo desenho
no ventre - para um liberal como eu, até é uma boa maneira do BE reconhecer a importância da responsabilidade individual numa sociedade -, que só me apetece imigrar e voltar cá dia 11 para exercer o meu dever cívico.
Eu cá gostaria ver centrado o debate nos seguintes tópicos, ao invés desta trapalhada toda que tem sido feita:
- O resultado dum referendo Nacional deve ficar gravado na pedra por quanto tempo e o que é que pode levar à convocação dum segundo referendo sobre um mesmo assunto? (Este argumento é o único à margem do tema do aborto, porque me parece óbvio que se o 'Não' ganhar em 2015 cá estaremos outra vez, ao passo que se o 'Sim' ganhar isso não irá suceder).
- Deve o Estado, enquanto representante da sociedade, permitir/facilitar, dentro de certas circunstâncias, a cessação duma vida humana?
- Quais os mecanismos alternativos à interrupção da gravidez e qual o estado, por exemplo, dos mecanismos de adopção em Portugal e como os tornar melhor, permitindo às mulheres terem uma alternativa a perderem o bebé - com incentivos reais às que o fizerem.
- Como potenciar, a par com a adopção desta Lei (se o 'Sim' vencer), um crescimento da natalidade, condição essencial para um maior desenvolvimento social e económico das próximas gerações (ver caso alemão - onde há dinheiro entregue ás famílias que tiverem filhos este ano - e que benefícios/contratempos poderia isso trazer para o nosso país).
- Quais os reflexos para a vida psíquica duma mulher/casal a tomada de tão difícil decisão.
- Quais os direitos dum feto.
- Quem e como se define o limite do que é um aborto legal/ilegal para situações-fronteira.
- Qual é a realidade da prática do aborto nos países que nos são próximos e reflexos nas suas sociedades.
A minha posição pessoal e que vou exprimir no próximo dia 11 é a que considero positiva a mudança da actual Lei, porque sempre acontecerão (legais ou não) interrupções da gravidez e assim sendo, é melhor que sejam praticadas com um maior cuidado na salvaguarda da saúde da mulher que tem a infeliz tarefa de os praticar. Não obstante de que, pessoalmente, considero que nunca conseguiria aconselhar (tanto para um lado como para outro) alguém que estivesse na difícil posição de tomar tal decisão.
Ó meus amigos, vamos lá ver se nos entendemos no seguinte: Verdadeiramente a campanha para o referendo do próximo dia 11/2 começou nas últimas duas semanas. E quais têm sido os temas abordados?
- Quanto custa um referendo nacional. Que caso não saibam, custa exactamente o mesmo que custaria se a pergunta fosse: "Deve o Benfica ser campeão europeu de futebol todos os anos?" ou "Concorda com a exclusão de Tozé da Esquina da lista dos 100 maiores portugueses de sempre?". Ora, é mais que óbvio que isto não tem coisa nenhuma a ver com a matéria que se vai referendar.
- As regras implícitas na veiculação de mensagens de tempo de antena na Televisão Nacional. Regras que existem desde 1997 e já serviram para dois referendos (um deles também sobre o aborto - o que, na minha opinião, retira muito valor ao actual, mas já lá vamos).
- Quanto custará anualmente ao Serviço Nacional de Saúde a prática legalizada de abortos. Este para mim é um argumento delirante e só pode ter sido levantado por alguém ou extremamente ignorante ou igualmente mal-intencionado. Segundo o orçamento de Estado para o ano corrente, o Serviço Nacional de Saúde custará aos contribuintes nacionais (e aos papalvos dos suecos e dos alemães que ainda hoje deram mais 21,5 mil milhões de euros para esta choça) cerca de 7,7 mil milhões de euros. O que são 10 milhões de euros no meio disto? Cerca de 0,0013%. Portanto, irá, como está bom de ver, fazer uma diferença abismal. E aliás, a pergunta é até sobre os mecanismos de financiamento do SNS e tudo. Mas este é um argumento péssimo (e que deve ter levado algumas pessoas do lado do 'Não' a decidirem-se abster) porque contabiliza ao cêntimo uma decisão que é, valha a verdade, sobre vidas humanas. E por muito importante que seja o equilíbrio das contas públicas (que o é - devendo ser o objectivo principal de qualquer bom governo), é tão mais importante o que está em causa em termos éticos e morais que isto nem devia ser trazido a debate por uma questão de higiene mental.
- Quanto é que custa e de onde vem o dinheiro duma campanha eleitoral. Devem-se ter lembrado agora desta. Do verão de 2004 ao início do ano passado tivemos 1 eleição europeia, 3 nacionais e 1 regional. Em todas elas tanto partidos de esquerda como partidos de direita gastaram muito mais que as receitas previstas. Em todas elas, deram prejuízo; Em todas elas, mais cedo ou mais tarde surgiram notícias sobre penalizações aos partidos por irregularidades. Agora, como os empresários dum lado e doutro entregam o dinheiro a movimentos de cidadãos ao invés de partidos, já é um escândalo. Poupem-nos a este choradinho.
- És/Não és do meu "clube" e por isso tens de votar comigo/do outro lado. Como se a posição sobre o aborto não fosse exclusivamente individual e ainda estivéssemos no tempo em que o voto era um diktat do Partido Único. Patético e mesquinho.
E depois temos argumentos tão bons como este e este do lado do 'Não' e aquele clássico das mulheres do BE a gritarem "Na minha barriga mando eu" com o respectivo desenho
no ventre - para um liberal como eu, até é uma boa maneira do BE reconhecer a importância da responsabilidade individual numa sociedade -, que só me apetece imigrar e voltar cá dia 11 para exercer o meu dever cívico.
Eu cá gostaria ver centrado o debate nos seguintes tópicos, ao invés desta trapalhada toda que tem sido feita:
- O resultado dum referendo Nacional deve ficar gravado na pedra por quanto tempo e o que é que pode levar à convocação dum segundo referendo sobre um mesmo assunto? (Este argumento é o único à margem do tema do aborto, porque me parece óbvio que se o 'Não' ganhar em 2015 cá estaremos outra vez, ao passo que se o 'Sim' ganhar isso não irá suceder).
- Deve o Estado, enquanto representante da sociedade, permitir/facilitar, dentro de certas circunstâncias, a cessação duma vida humana?
- Quais os mecanismos alternativos à interrupção da gravidez e qual o estado, por exemplo, dos mecanismos de adopção em Portugal e como os tornar melhor, permitindo às mulheres terem uma alternativa a perderem o bebé - com incentivos reais às que o fizerem.
- Como potenciar, a par com a adopção desta Lei (se o 'Sim' vencer), um crescimento da natalidade, condição essencial para um maior desenvolvimento social e económico das próximas gerações (ver caso alemão - onde há dinheiro entregue ás famílias que tiverem filhos este ano - e que benefícios/contratempos poderia isso trazer para o nosso país).
- Quais os reflexos para a vida psíquica duma mulher/casal a tomada de tão difícil decisão.
- Quais os direitos dum feto.
- Quem e como se define o limite do que é um aborto legal/ilegal para situações-fronteira.
- Qual é a realidade da prática do aborto nos países que nos são próximos e reflexos nas suas sociedades.
A minha posição pessoal e que vou exprimir no próximo dia 11 é a que considero positiva a mudança da actual Lei, porque sempre acontecerão (legais ou não) interrupções da gravidez e assim sendo, é melhor que sejam praticadas com um maior cuidado na salvaguarda da saúde da mulher que tem a infeliz tarefa de os praticar. Não obstante de que, pessoalmente, considero que nunca conseguiria aconselhar (tanto para um lado como para outro) alguém que estivesse na difícil posição de tomar tal decisão.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Estado de Choque
As grelhas de programação dos canais generalistas portugueses fizeram de mim, há muitos e muitos anos, um espectador muito fugaz dos ditos. Não há pachorra para aquilo, meu amigos. Não há pachorra para grelhas feitas a pensar em pensionistas e adolescentes, e assim entrei directamente no clube do milhão de espectadores que estes canais perderam nos últimos 10 anos. De quando em vez, lá ouço falar de um programa, que eventualmente poderia captar a minha atenção.
Foi o caso deste "Os Grandes Portugueses". Até votei, confesso. Neste fim de semana, como não vejo os ditos canais, não acompanhei as emissões que foram efectuadas na RTP1. Hoje de manhã, olho para a lista dos 10 finalistas seleccionados e voltei a lembrar-me porque razão deixei de ver televisão. Está tudo doido, só pode! A presença da grande maioria destes "Grandes Portugueses" prova mais uma vez - como se tal fosse necessário - que a TV em Portugal está pelas ruas da amargura, e que os portugueses andam a fumar grandes doses de coisas que os metem a dizer "Iáááááááááááááááá, Méne...".
Uma TV decente borrifava-se para os votos recebidos e fazia a sua própria lista, baseada no critério do porteiro, que decerto que seria algo de muito mais digno.
Eis a lista:
D. Afonso Henriques - Um candidato óbvio. A malta passa o tempo a dizer mal disto, mas não queremos outra coisa. Não tivesse este tipo existido e apesar de haver uma forte possibilidade de andarmos hoje em dia todos a dizer "por supuesto" e a ver filmes em que o Robert de Niro tem uma voz parecidissima com o Eládio Clímaco, também me parece óbvio que viveríamos muito melhor. Mas não, o "fundador" da Pátria, tinha que ser escolhido.
D. João II - Mais um digno representante da classe dos inúteis. Falo dos monarcas, claro. Eu nem estava muito bem a ver quem tinha sido este chouriço, mas parece que foi ele que levou um grande barrete dos espanhóis, quando assinou o célebre "Tratado de Tordesilhas". E parece que também plantou umas margaridas num canteiro do seu palácio, no intervalo de tórridas sessões de sexo com a Condessa de Tomar e serões de cravo e lira.
Luís de Camões - O candidato preferido dos "Verdadeiros Portugueses" e dos que adoram esta língua confusa e estupidamente desregrada que é a nossa. Mal-amado ou a morrer de amores, desgraçadinho (vidé acidente militar) e poeta que afoga as mágoas no álcool. Eis a génese de gerações e gerações de fadistas, em pleno Séc. XVI, na figura deste zarolho que tantos fãs tem. Assim por alto, muito gostava eu de saber quantas pessoas no Mundo já se deram ao trabalho de ler aquela estucha... Eu já tentei, mas confesso que aquilo é CHATO. Muito chato. Há que louvar o trabalho, sim senhor, mas vamos lá a ver bem as coisas. O senhor escreveu um calhamaço do caraças, que basicamente ninguém lê. Consta que quando acabou de ler as duas primeiras páginas dos Lusíadas, o monarca português da altura, lhe deu umas palmadinhas nas costas, dizendo-lhe :
"É pá, sim senhor, isto deve ter dado trabalho do camandro, mas agora vai ali ver com estão aquelas margaridas que eu plantei naquele canteiro, enquanto eu vou dar aqui um passeio com a Condessa de Tomar."
Infante D. Henrique - Outro candidato óbvio. O candidato dos que ainda pensam que a odisseia dos Descobrimentos Portugueses foi uma realidade e acima de tudo que o mundo dá muito valor a isso. Dizem que foi o mentor desta aventura. Bela porcaria em que nos meteste pá! Se não fosses tu, não tínhamos andado no Brásiu, em África e sei lá mais onde. Não havia tanta gente a falar português, para sua grande alegria e sanidade mental, nem havia por cá tantos emigrantes destes países que nós fomos "descobrir". Consta que ele foi para Sagres porque o pai o mandou. El-Rei D.João I, disse-lhe:
"Ó filho, e eu quero lá saber dessa porcaria em madeira que flutua no riacho! Não me chateies a cabeça! Olha, vai dar uma voltita ali para baixo, que eu agora quero conversar aqui um pouco com a Condessa de Tomar."
Bem mandado o pequeno Infante, foi andando até onde podia e só parou em Sagres.
Vasco da Gama - Candidato do Alentejo esclarecido. O "descobridor" do caminho marítimo para a Índia (grande coisa pá. A Índia é que nunca se deu ao trabalho de vir cá ter connosco, porque sabia muito bem o petisco que lhes tocava) e grande responsável pela manifestação de repúdio a Cavaco Silva que ontem teve lugar em Goa. Consta no entanto que Vasco da Gama, fugiu da corte de el-Rei, porque tinha sido visto a apanhar margaridas do canteiro do Rei, na companhia da nossa conhecida Condessa de Tomar. Num ápice, desatou a correr que nem um perdido, perseguido pela Guarda Real e chegado ao cais de Belém, meteu-se no primeiro barco que viu e gritou:
"Ó Abre, que se faz tarde!"
O mestre do navio, assustado com a força perseguidora, deu ordens para zarpar e o resto é história.
Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) - Candidato do MPCAUPaADP - Movimento Popular Contra A Utilização da Palavra "ao" Antes da Designação da Localidade Pombal. Grande impulsionador do uso de mais do que dois nomes por parte de figuras públicas e como tal uma grande referência em partidos da direita (que também não se contentam com 2/3 iniciais), assim como em certas agremiações desportivas. Carrasco dos Jesuítas e grande planeador da baixa lisboeta. Se quanto à primeira obra lhe temos que estar gratos, já o mesmo não se pode dizer desta última. Tivesse o senhor um pingo de lucidez e tinha mas é dito para os seus botões, o seguinte:
"Olha, deixa-me mas é cá aproveitar esta tragédia e pegar fogo ao resto. E vamos mas é construir a capital, sei lá, ali para os lados do Cadaval, que a malta do Metropolitano ainda um dia nos há-de agradecer não ter que fazer túneis em locais com demasiado lodo! E já agora, passa-me aí mais uma ginjinha, ó Condessa!"
Fernando Pessoa - O candidato dos funcionário das finanças e dos indecisos. Outro poeta, mas este a representar todos aqueles que são tímidos e gostam de um certo anonimato. Ora tanto assinam José Manuel Faria, como assinam Francisco Teixeira ou Carlos do Carmo, ou aquilo que muito bem quiserem. Não me espanta a sua presença aqui, tanto mais que todos sabemos muito bem que se não fosse Fernando Pessoa, ainda hoje não havia Auto-Estrada para Espanha, nem aeroporto em Lisboa.
Aristides de Sousa Mendes - O candidato dos que andam sempre chateados e a resmungar. Foi o candidato em quem votei. Acho sempre interessante um tipo estar dentro do sistema e às tantas, "passar-se para o lado do inimigo" e mandar tudo às malvas. O candidato de malta que acha que pode mudar o mundo e lutar contra as injustiças. O candidato que foi contra as ordens do chefe. Ou seja o candidato dos palermas e dos tansos. O candidato que nunca ouviu falar da Condessa de Tomar.
António de Oliveira Salazar - O candidato de todos aqueles que se sentem inseguros. O candidato de todos aqueles que acham que deveria haver um Salazar em cada Junta de Freguesia. O candidato dos rigorosos e dos isentos. O candidato das meias-solas nos sapatos. O candidato que mandou a Condessa de Tomar para o Tarrafal. Em suma, o candidato dos hipócritas.
Eu até acho que, numa perspectiva puramente histórica, Salazar é o grande estadista português do século XX, mas quer-se dizer... Como diria o outro: "não havia necessidade, meus amigos!!!"
Álvaro Cunhal - Quem?
As grelhas de programação dos canais generalistas portugueses fizeram de mim, há muitos e muitos anos, um espectador muito fugaz dos ditos. Não há pachorra para aquilo, meu amigos. Não há pachorra para grelhas feitas a pensar em pensionistas e adolescentes, e assim entrei directamente no clube do milhão de espectadores que estes canais perderam nos últimos 10 anos. De quando em vez, lá ouço falar de um programa, que eventualmente poderia captar a minha atenção.
Foi o caso deste "Os Grandes Portugueses". Até votei, confesso. Neste fim de semana, como não vejo os ditos canais, não acompanhei as emissões que foram efectuadas na RTP1. Hoje de manhã, olho para a lista dos 10 finalistas seleccionados e voltei a lembrar-me porque razão deixei de ver televisão. Está tudo doido, só pode! A presença da grande maioria destes "Grandes Portugueses" prova mais uma vez - como se tal fosse necessário - que a TV em Portugal está pelas ruas da amargura, e que os portugueses andam a fumar grandes doses de coisas que os metem a dizer "Iáááááááááááááááá, Méne...".
Uma TV decente borrifava-se para os votos recebidos e fazia a sua própria lista, baseada no critério do porteiro, que decerto que seria algo de muito mais digno.
Eis a lista:
D. Afonso Henriques - Um candidato óbvio. A malta passa o tempo a dizer mal disto, mas não queremos outra coisa. Não tivesse este tipo existido e apesar de haver uma forte possibilidade de andarmos hoje em dia todos a dizer "por supuesto" e a ver filmes em que o Robert de Niro tem uma voz parecidissima com o Eládio Clímaco, também me parece óbvio que viveríamos muito melhor. Mas não, o "fundador" da Pátria, tinha que ser escolhido.
D. João II - Mais um digno representante da classe dos inúteis. Falo dos monarcas, claro. Eu nem estava muito bem a ver quem tinha sido este chouriço, mas parece que foi ele que levou um grande barrete dos espanhóis, quando assinou o célebre "Tratado de Tordesilhas". E parece que também plantou umas margaridas num canteiro do seu palácio, no intervalo de tórridas sessões de sexo com a Condessa de Tomar e serões de cravo e lira.
Luís de Camões - O candidato preferido dos "Verdadeiros Portugueses" e dos que adoram esta língua confusa e estupidamente desregrada que é a nossa. Mal-amado ou a morrer de amores, desgraçadinho (vidé acidente militar) e poeta que afoga as mágoas no álcool. Eis a génese de gerações e gerações de fadistas, em pleno Séc. XVI, na figura deste zarolho que tantos fãs tem. Assim por alto, muito gostava eu de saber quantas pessoas no Mundo já se deram ao trabalho de ler aquela estucha... Eu já tentei, mas confesso que aquilo é CHATO. Muito chato. Há que louvar o trabalho, sim senhor, mas vamos lá a ver bem as coisas. O senhor escreveu um calhamaço do caraças, que basicamente ninguém lê. Consta que quando acabou de ler as duas primeiras páginas dos Lusíadas, o monarca português da altura, lhe deu umas palmadinhas nas costas, dizendo-lhe :
"É pá, sim senhor, isto deve ter dado trabalho do camandro, mas agora vai ali ver com estão aquelas margaridas que eu plantei naquele canteiro, enquanto eu vou dar aqui um passeio com a Condessa de Tomar."
Infante D. Henrique - Outro candidato óbvio. O candidato dos que ainda pensam que a odisseia dos Descobrimentos Portugueses foi uma realidade e acima de tudo que o mundo dá muito valor a isso. Dizem que foi o mentor desta aventura. Bela porcaria em que nos meteste pá! Se não fosses tu, não tínhamos andado no Brásiu, em África e sei lá mais onde. Não havia tanta gente a falar português, para sua grande alegria e sanidade mental, nem havia por cá tantos emigrantes destes países que nós fomos "descobrir". Consta que ele foi para Sagres porque o pai o mandou. El-Rei D.João I, disse-lhe:
"Ó filho, e eu quero lá saber dessa porcaria em madeira que flutua no riacho! Não me chateies a cabeça! Olha, vai dar uma voltita ali para baixo, que eu agora quero conversar aqui um pouco com a Condessa de Tomar."
Bem mandado o pequeno Infante, foi andando até onde podia e só parou em Sagres.
Vasco da Gama - Candidato do Alentejo esclarecido. O "descobridor" do caminho marítimo para a Índia (grande coisa pá. A Índia é que nunca se deu ao trabalho de vir cá ter connosco, porque sabia muito bem o petisco que lhes tocava) e grande responsável pela manifestação de repúdio a Cavaco Silva que ontem teve lugar em Goa. Consta no entanto que Vasco da Gama, fugiu da corte de el-Rei, porque tinha sido visto a apanhar margaridas do canteiro do Rei, na companhia da nossa conhecida Condessa de Tomar. Num ápice, desatou a correr que nem um perdido, perseguido pela Guarda Real e chegado ao cais de Belém, meteu-se no primeiro barco que viu e gritou:
"Ó Abre, que se faz tarde!"
O mestre do navio, assustado com a força perseguidora, deu ordens para zarpar e o resto é história.
Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) - Candidato do MPCAUPaADP - Movimento Popular Contra A Utilização da Palavra "ao" Antes da Designação da Localidade Pombal. Grande impulsionador do uso de mais do que dois nomes por parte de figuras públicas e como tal uma grande referência em partidos da direita (que também não se contentam com 2/3 iniciais), assim como em certas agremiações desportivas. Carrasco dos Jesuítas e grande planeador da baixa lisboeta. Se quanto à primeira obra lhe temos que estar gratos, já o mesmo não se pode dizer desta última. Tivesse o senhor um pingo de lucidez e tinha mas é dito para os seus botões, o seguinte:
"Olha, deixa-me mas é cá aproveitar esta tragédia e pegar fogo ao resto. E vamos mas é construir a capital, sei lá, ali para os lados do Cadaval, que a malta do Metropolitano ainda um dia nos há-de agradecer não ter que fazer túneis em locais com demasiado lodo! E já agora, passa-me aí mais uma ginjinha, ó Condessa!"
Fernando Pessoa - O candidato dos funcionário das finanças e dos indecisos. Outro poeta, mas este a representar todos aqueles que são tímidos e gostam de um certo anonimato. Ora tanto assinam José Manuel Faria, como assinam Francisco Teixeira ou Carlos do Carmo, ou aquilo que muito bem quiserem. Não me espanta a sua presença aqui, tanto mais que todos sabemos muito bem que se não fosse Fernando Pessoa, ainda hoje não havia Auto-Estrada para Espanha, nem aeroporto em Lisboa.
Aristides de Sousa Mendes - O candidato dos que andam sempre chateados e a resmungar. Foi o candidato em quem votei. Acho sempre interessante um tipo estar dentro do sistema e às tantas, "passar-se para o lado do inimigo" e mandar tudo às malvas. O candidato de malta que acha que pode mudar o mundo e lutar contra as injustiças. O candidato que foi contra as ordens do chefe. Ou seja o candidato dos palermas e dos tansos. O candidato que nunca ouviu falar da Condessa de Tomar.
António de Oliveira Salazar - O candidato de todos aqueles que se sentem inseguros. O candidato de todos aqueles que acham que deveria haver um Salazar em cada Junta de Freguesia. O candidato dos rigorosos e dos isentos. O candidato das meias-solas nos sapatos. O candidato que mandou a Condessa de Tomar para o Tarrafal. Em suma, o candidato dos hipócritas.
Eu até acho que, numa perspectiva puramente histórica, Salazar é o grande estadista português do século XX, mas quer-se dizer... Como diria o outro: "não havia necessidade, meus amigos!!!"
Álvaro Cunhal - Quem?
Um veado diferente
A minha filha anda naquela fase, extremamente imaginativa, do "Eu sou...". Ele é "eu sou um avião"; "eu sou um helicóptero"; "eu sou um sapinho"...etc.
Ora ontem, em passeio por Cascais, onde esteve presente 4/7 do quadro editorial desta casa, a 'piquena' lembrou-se de começar a correr aos saltinhos, de braços a abanar e aos gritos de "eu sou um veado, eu sou um veado, weeee...".
Diz quem viu que já não se via uma cena daquelas por aqueles sítios desde a última visita de José Castelo Branco.
A minha filha anda naquela fase, extremamente imaginativa, do "Eu sou...". Ele é "eu sou um avião"; "eu sou um helicóptero"; "eu sou um sapinho"...etc.
Ora ontem, em passeio por Cascais, onde esteve presente 4/7 do quadro editorial desta casa, a 'piquena' lembrou-se de começar a correr aos saltinhos, de braços a abanar e aos gritos de "eu sou um veado, eu sou um veado, weeee...".
Diz quem viu que já não se via uma cena daquelas por aqueles sítios desde a última visita de José Castelo Branco.
sábado, janeiro 13, 2007
sexta-feira, janeiro 12, 2007
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Dead Parrot II
E já que estamos numa temática pythonesca, fica o 2º capítulo de um dos mais fabulosos momentos de humor de todos os tempos.
E já que estamos numa temática pythonesca, fica o 2º capítulo de um dos mais fabulosos momentos de humor de todos os tempos.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Definição de ironia
Uma empresa norte-americana, contratada para construir um troço de uma muralha na fronteira entre os Estados Unidos e o México, destinada a impedir a entrada de imigrantes ilegais no país do tio Sam, acabou de ser obrigada a pagar 4.7 milhões de dólares por empregar na construção da referida muralha...imigrantes ilegais!
Uma empresa norte-americana, contratada para construir um troço de uma muralha na fronteira entre os Estados Unidos e o México, destinada a impedir a entrada de imigrantes ilegais no país do tio Sam, acabou de ser obrigada a pagar 4.7 milhões de dólares por empregar na construção da referida muralha...imigrantes ilegais!
terça-feira, janeiro 09, 2007
No meio de tanta e tanta poia fumegante que o YouTube tem, está:
"God, Inc", uma produção de Francis Stokes para a web que é absolutamente genial. Trata-se do conceito de como será a Empresa (com E grande, claro está) Deus. Os seus funcionários e departamentos e as suas crises. São 3 minutos duma vez e 6 doutra de muita e muita qualidade. Espero Ansiosamente (com A grande e tal) pelos próximos 4 Episódios (é preciso explicar outra vez a maiúscula?).
Aqui, aqui e aqui.
PS: Abre o site da Time, CNN e do Guardian e é provavelmente a notícia do dia. Nunca estive tão entusiasmado com um brinquedo (porque, sejamos realistas, é dum brinquedo que se trata) como com este. Nunca tive um produto da marca da maçã. Mas se tudo correr bem, é no próximo Natal que vou começar (caso tudo corra mesmo bem). O discurso de Steve Jobs está aqui - atenção, é das melhores peças de marketing que já vi escritas.
"God, Inc", uma produção de Francis Stokes para a web que é absolutamente genial. Trata-se do conceito de como será a Empresa (com E grande, claro está) Deus. Os seus funcionários e departamentos e as suas crises. São 3 minutos duma vez e 6 doutra de muita e muita qualidade. Espero Ansiosamente (com A grande e tal) pelos próximos 4 Episódios (é preciso explicar outra vez a maiúscula?).
Aqui, aqui e aqui.
PS: Abre o site da Time, CNN e do Guardian e é provavelmente a notícia do dia. Nunca estive tão entusiasmado com um brinquedo (porque, sejamos realistas, é dum brinquedo que se trata) como com este. Nunca tive um produto da marca da maçã. Mas se tudo correr bem, é no próximo Natal que vou começar (caso tudo corra mesmo bem). O discurso de Steve Jobs está aqui - atenção, é das melhores peças de marketing que já vi escritas.
Hilariante, mas em mau
Acabei agora de ler a crónica semanal do "imparcial" MST, no jornal "A Bola" (está disponível na edição electrónica em www.abola.pt) e estou sem palavras.
Então agora o homem tenta ter... piada, publicando um artigo sarcástico sobre o Apito Dourado? Mais uma vez, a zombaria anda muito perto daquilo que deveria ser a realidade, mas não me parece que fosse essa a intenção. E assim se passa ao lado da vergonhosa eliminação do seu clube no Domingo passado. Ainda estará em estado de choque, é uma pausa estratégica, para ver o que sucede neste próximo fim de semana, ou foi mesmo para deixar passar a caravana? O tempo o dirá.
PS: Quão baixo pode descer um jornal como "A Bola" com capas como a de hoje?
Acabei agora de ler a crónica semanal do "imparcial" MST, no jornal "A Bola" (está disponível na edição electrónica em www.abola.pt) e estou sem palavras.
Então agora o homem tenta ter... piada, publicando um artigo sarcástico sobre o Apito Dourado? Mais uma vez, a zombaria anda muito perto daquilo que deveria ser a realidade, mas não me parece que fosse essa a intenção. E assim se passa ao lado da vergonhosa eliminação do seu clube no Domingo passado. Ainda estará em estado de choque, é uma pausa estratégica, para ver o que sucede neste próximo fim de semana, ou foi mesmo para deixar passar a caravana? O tempo o dirá.
PS: Quão baixo pode descer um jornal como "A Bola" com capas como a de hoje?
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Previously on 24:
Parece que a 6ª temporada só estreia prá semana nos “States”. Parece que alguém lançou os 4 primeiros episódios na net hoje (se não foi a própria Fox, para aumentar o hype em volta do programa, vou ali e já venho). Eu não vi, já que nunca uso programas para sacar coisas da net, mas conta-me uma pessoa muito próxima que é de ir ás lágrimas de tão fenomenal. Então o 4º, é claramente o melhor dos 124 episódios já produzidos desta série. Aquela cena final é tão…perfeita que vai entrar para “os anais do audiovisual” quando for emitida, daqui a oito dias na América. E o Jack Bauer continua a ser oficialmente o maior. Agora tenho de esperar até Outubro para ver na 2: aquilo que o meu amigo diz que é muito bom. Nada de procurar nos torrents, youtubes e dailymotions da vida. Não. Até porque eu quero ser o Jack Bauer quando for grande.
Parece que a 6ª temporada só estreia prá semana nos “States”. Parece que alguém lançou os 4 primeiros episódios na net hoje (se não foi a própria Fox, para aumentar o hype em volta do programa, vou ali e já venho). Eu não vi, já que nunca uso programas para sacar coisas da net, mas conta-me uma pessoa muito próxima que é de ir ás lágrimas de tão fenomenal. Então o 4º, é claramente o melhor dos 124 episódios já produzidos desta série. Aquela cena final é tão…perfeita que vai entrar para “os anais do audiovisual” quando for emitida, daqui a oito dias na América. E o Jack Bauer continua a ser oficialmente o maior. Agora tenho de esperar até Outubro para ver na 2: aquilo que o meu amigo diz que é muito bom. Nada de procurar nos torrents, youtubes e dailymotions da vida. Não. Até porque eu quero ser o Jack Bauer quando for grande.
sábado, janeiro 06, 2007
Epá!
Notável, é o mínimo que posso dizer da prestação tuga na 1ª etapa do "Dakar". Carlos Sousa, e especialmente os dois "motards", Ruben Faria e Hélder Rodrigues (10º classificado no ano passado), fizeram os melhores tempos no 1º troço cronometrado da prova. Tudo bem que estavam a jogar em casa, certamente muito motivados, a querer mostrar serviço aos patrocionadores e a procissão ainda vai no adro e há quem tenha feito o troço com alguns cuidados, mas:
1 - Carlos Sousa, numa viatura semi-oficial, "dar dois minutos e meio à concorrência; e
2 - os motards "aviarem" toda a gente, com quase cinco minutos, numa categoria em que as diferenças nunca são muito significativas
é obra, meus amigos.
Ainda muita coisa vai mudar até se chegar ao Senegal mas, caramba, há que dar os parabéns a esta malta e aproveitar as descidas que as subidas custam muito mais.
Notável, é o mínimo que posso dizer da prestação tuga na 1ª etapa do "Dakar". Carlos Sousa, e especialmente os dois "motards", Ruben Faria e Hélder Rodrigues (10º classificado no ano passado), fizeram os melhores tempos no 1º troço cronometrado da prova. Tudo bem que estavam a jogar em casa, certamente muito motivados, a querer mostrar serviço aos patrocionadores e a procissão ainda vai no adro e há quem tenha feito o troço com alguns cuidados, mas:
1 - Carlos Sousa, numa viatura semi-oficial, "dar dois minutos e meio à concorrência; e
2 - os motards "aviarem" toda a gente, com quase cinco minutos, numa categoria em que as diferenças nunca são muito significativas
é obra, meus amigos.
Ainda muita coisa vai mudar até se chegar ao Senegal mas, caramba, há que dar os parabéns a esta malta e aproveitar as descidas que as subidas custam muito mais.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
O melhor da Bíblia - extras (ou porque raio nunca se ouvem estas partes do livro sagrado lidas dos púlpitos das igrejas ou mesma na Eucaristia Dominical)
Extra #2 - 1 Samuel 6:4
"Então disseram: Qual é a expiação da culpa que lhe havemos de enviar? E disseram: Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro; porquanto a praga é uma mesma sobre todos vós e sobre todos os vossos príncipes."
Para além de, pela primeira e única vez se ler num qualquer sítio a expressão "hemorróidas de ouro"...é preciso dizer mais alguma coisa?
Ver também #10 ; #9 ; #8 ; #7 ; #6 ; #5 ; #4 ; #3 ; #2 ; #1 e extra #1
Extra #2 - 1 Samuel 6:4
"Então disseram: Qual é a expiação da culpa que lhe havemos de enviar? E disseram: Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro; porquanto a praga é uma mesma sobre todos vós e sobre todos os vossos príncipes."
Para além de, pela primeira e única vez se ler num qualquer sítio a expressão "hemorróidas de ouro"...é preciso dizer mais alguma coisa?
Ver também #10 ; #9 ; #8 ; #7 ; #6 ; #5 ; #4 ; #3 ; #2 ; #1 e extra #1
quinta-feira, janeiro 04, 2007
Um prujecto de lêi... diferênte, pá!
Com base no relatório Miguel Portas (e devia bastar esta introdução para se saber o que dali ia sair) o Bloco de Esquerda leva hoje à Assembleia da República um projecto de lei que visa fazer com que as aulas do ensino público passem a ser dadas em sistema bilingue, com dois professores, um de português e outro da língua materna dos alunos imigrantes, a leccionarem em conjunto. As turmas passariam a ter, pelo menos 30% de alunos portugueses, segundo o Bloco, para evitar a «guetização dos alunos imigrantes».
Apesar da aparente ousadia da proposta dos bloquistas, considera o desBlogueador existir ainda na mesma uma certa falta de coragem e ousadia revolucionárias, no assumir de peito feito as causas fracturantes tão do agrado de Portas, Louçã e Cia. Assim, vimos por este meio apresentar o nosso próprio projecto de lei em que se apela ao governo socialista as seguintes alterações:
- em cada sala de aulas deve estar presente, pelo menos, um professor homossexual, uma professora lésbica, um professor bissexual, um professor travesti, um professor transexual, e ainda eventuais professores, representantes de outras tendências sexuais que possam existir, de modo a promover o contacto dos alunos, a partir dos 6 anos, com todas as opções sexuais existentes, para facilitar a aceitação social de todas elas e ajudar a evitar a homofobia e outras fobias do mesmo cariz, por parte das gerações futuras;
- abolição da disciplina Matemática, e de outras ciências que possam incentivar o espírito capitalista, consumista e proto-fascista dos jovens;
- criação das disciplinas de História da Palestina, História da Albânia, História da URSS, História de Cuba etc...
- um professor por cada idioma falado na aula de ITDC (introdução às técnicas de desobediência civil), em workshops ao ar livre;
- criação das disciplinas de CDL 1 (Consumo de Drogas Leves 1), no 1º ano, e de CDL 2 (Consumo de Drogas Leves 2) no 2º ano do 1º ciclo, para evitar que os alunos cheguem à adolescência e à universidade sem a experiência de vida necessária.
Com base no relatório Miguel Portas (e devia bastar esta introdução para se saber o que dali ia sair) o Bloco de Esquerda leva hoje à Assembleia da República um projecto de lei que visa fazer com que as aulas do ensino público passem a ser dadas em sistema bilingue, com dois professores, um de português e outro da língua materna dos alunos imigrantes, a leccionarem em conjunto. As turmas passariam a ter, pelo menos 30% de alunos portugueses, segundo o Bloco, para evitar a «guetização dos alunos imigrantes».
Apesar da aparente ousadia da proposta dos bloquistas, considera o desBlogueador existir ainda na mesma uma certa falta de coragem e ousadia revolucionárias, no assumir de peito feito as causas fracturantes tão do agrado de Portas, Louçã e Cia. Assim, vimos por este meio apresentar o nosso próprio projecto de lei em que se apela ao governo socialista as seguintes alterações:
- em cada sala de aulas deve estar presente, pelo menos, um professor homossexual, uma professora lésbica, um professor bissexual, um professor travesti, um professor transexual, e ainda eventuais professores, representantes de outras tendências sexuais que possam existir, de modo a promover o contacto dos alunos, a partir dos 6 anos, com todas as opções sexuais existentes, para facilitar a aceitação social de todas elas e ajudar a evitar a homofobia e outras fobias do mesmo cariz, por parte das gerações futuras;
- abolição da disciplina Matemática, e de outras ciências que possam incentivar o espírito capitalista, consumista e proto-fascista dos jovens;
- criação das disciplinas de História da Palestina, História da Albânia, História da URSS, História de Cuba etc...
- um professor por cada idioma falado na aula de ITDC (introdução às técnicas de desobediência civil), em workshops ao ar livre;
- criação das disciplinas de CDL 1 (Consumo de Drogas Leves 1), no 1º ano, e de CDL 2 (Consumo de Drogas Leves 2) no 2º ano do 1º ciclo, para evitar que os alunos cheguem à adolescência e à universidade sem a experiência de vida necessária.
quarta-feira, janeiro 03, 2007
Post 2 'ein' 1:
1. A gestão de recursos humanos explicada a miúdos:
"O Jogo" vai vender (ainda) menos e a Antena 1 vai ter mais ouvintes.
2. Não me ocorre conceito mais vencedor que este. Se for bom, pode ser mesmo muito bom.
1. A gestão de recursos humanos explicada a miúdos:
"O Jogo" vai vender (ainda) menos e a Antena 1 vai ter mais ouvintes.
2. Não me ocorre conceito mais vencedor que este. Se for bom, pode ser mesmo muito bom.
Contemplar o sentido da vida e da morte*
Eu não quero viver num mundo onde alguém ache que esta música é incomparavelmente superior a esta.
*ou não estivéssemos nós a falar do segundo canal da Emissora Católica Portuguesa.
Eu não quero viver num mundo onde alguém ache que esta música é incomparavelmente superior a esta.
*ou não estivéssemos nós a falar do segundo canal da Emissora Católica Portuguesa.
Turistas de trazer por casa
Tinha este blog poucos dias de vida quando aqui deixei o relato de uma conversa ouvida entre um casal de meia-idade americano, sobre a idade do Palácio da Pena, em Sintra. Hoje, dou com uma lista de perguntas feitas por estrangeiros que visitaram os centros de turismo do Reino Unido. Por aqui apanham-se pérolas como:
- Existem lagos no Distrito dos Lagos?
- O País de Gales fecha no Inverno?
- Em que mês é a demonstração do 1º de Maio?
- What is the entry fee for Brighton?
- Tem alguma informação sobre a Samantha Fox?
- Existe outra maneira para chegar à ilha de Jersey sem ser por viagem marítima ou aérea?
- A que horas é a mudança da guarda na Casa Branca?
- A que horas da noite é que o monstro do Lago Ness vem à superfície?
- A que horas sai o comboio da meia-noite?
- Que comboio é que apanho para ir das Ilhas Orkney para as Ilhas Shetland?
- Edimburgo fica em Glasgow?
- Porque raio construiram o Castelo de Windsor na rota de voo de Heathrow?
- Pode dizer-me quem actua no circo em Piccadilly?
- Onde é que posso trocar o meu dinheiro para euros Ingleses?
- As igrejas em Inglaterra estão abertas no Natal?
Ah, e nos comentários da notícia do Daily Mail ainda se pode ler que uma americana dizia que nunca na vida iria a Inglaterra porque se achava incapaz de carregar aquelas libras (pounds) todas para ir comprar o que quer que seja. Vai daí era a senhora que se cruzou comigo em 2003.
Tinha este blog poucos dias de vida quando aqui deixei o relato de uma conversa ouvida entre um casal de meia-idade americano, sobre a idade do Palácio da Pena, em Sintra. Hoje, dou com uma lista de perguntas feitas por estrangeiros que visitaram os centros de turismo do Reino Unido. Por aqui apanham-se pérolas como:
- Existem lagos no Distrito dos Lagos?
- O País de Gales fecha no Inverno?
- Em que mês é a demonstração do 1º de Maio?
- What is the entry fee for Brighton?
- Tem alguma informação sobre a Samantha Fox?
- Existe outra maneira para chegar à ilha de Jersey sem ser por viagem marítima ou aérea?
- A que horas é a mudança da guarda na Casa Branca?
- A que horas da noite é que o monstro do Lago Ness vem à superfície?
- A que horas sai o comboio da meia-noite?
- Que comboio é que apanho para ir das Ilhas Orkney para as Ilhas Shetland?
- Edimburgo fica em Glasgow?
- Porque raio construiram o Castelo de Windsor na rota de voo de Heathrow?
- Pode dizer-me quem actua no circo em Piccadilly?
- Onde é que posso trocar o meu dinheiro para euros Ingleses?
- As igrejas em Inglaterra estão abertas no Natal?
Ah, e nos comentários da notícia do Daily Mail ainda se pode ler que uma americana dizia que nunca na vida iria a Inglaterra porque se achava incapaz de carregar aquelas libras (pounds) todas para ir comprar o que quer que seja. Vai daí era a senhora que se cruzou comigo em 2003.
terça-feira, janeiro 02, 2007
Ide, e esquece o caminho de volta pá!
Será que não se poderia fazer um pacote do tipo dois-em-um, e despachar ao mesmo tempo a inutilidade do Mantorras? Também precisam de um guarda-redes? Também aqui temos um calmeirão, que não reúne as condições mínimas, para representar um clube como o Glorioso. Não se façam esquisitos, malta. E que tal se levassem os 3?
Será que não se poderia fazer um pacote do tipo dois-em-um, e despachar ao mesmo tempo a inutilidade do Mantorras? Também precisam de um guarda-redes? Também aqui temos um calmeirão, que não reúne as condições mínimas, para representar um clube como o Glorioso. Não se façam esquisitos, malta. E que tal se levassem os 3?
Ano Novo, rabujice velha*
2006 pode ter sido, de facto, um ano mau para ditadores, mas terminou em beleza, para quem trabalha por conta de outrem e passa a vida a desejar feriados. Entre 1 de Dezembro de 2006 e o dia de ontem houve 4 feriados. Se a isto juntarmos os fins-de-semana e a incompreensível tolerância de ponto de dia 26 de Dezembro, dada pelo Sócrates, e temos a bela quantidade de 17 dias de trabalho e 14 de descanso, durante o último mês do ano. Inacreditável! Quem quisesse aproveitar isto, metia 10 dias de férias, uns "assuntos particulares a tratar" e umas idas ao médico e estava, na maior das calmas, um mês inteiro no "bem bom".
Serve este intróito, para declarar o seguinte. Fosse eu que mandasse neste país (assim a modos que um ditador) e haviam 6 feriados que desapareciam num ápice.
1 - "6ª feira santa" e "Domingo de Páscoa". Para que serve isto? Para celebrar o quê do JC? Mas vocês drogam-se ou quê? Acreditam que o tipo ressuscitou? E no Pai Natal? Também?
2 - "Corpo de Deus". Já tentei várias vezes (algumas até junto de supostos entendidos), mas nunca ninguém me conseguiu explicar ao certo o que se comemora nesta data;
3 - "15 de Agosto". Informam-me aqui ao lado que é a Assumção da Nossa Srª. não sei de onde. Que interessa isto, meus amigos? Para que é que interessa este feriado? Para ir para a praia?
4 - "1 de Novembro", vulgo "Dia de Todos os Santos". Pessoalmente só me desloco a cemitérios para funerais, mas respeito quem queira lá ir, recordar entes queridos. Mas porque carga de água, tem de haver um dia especifico para tal? Porque não se faz isso num fim de semana qualquer? Para já nem falar que os que têm lá "residência fixa", de Santo, muito pouco devem ter;
5 - "8 de Dezembro". Dizem-me também "aqui ao lado" que é o Feriado da Nossa Srª não-sei-de-onde, padroeira de Portugal. Padro-quê? Quem é que decretou isto? O Papa? E não foi o Pinto da Costa? O verdadeiro Papa? Então que comemorem isso lá nas igrejas e coiso e tal.
Estou só a despachar feriados religiosos? É verdade. Quem quisesse que festejasse, mas isto trata-se de um Estado laico e, meus amigos, festejam lá em casa, na igreja, onde muito bem entenderem, mas nada de baldas sem sentido e/ou significado absolutamente nenhum. Safava-se o Natal e era à tangente.
Sou um ditador? Claro que sim! Mas isso eu avisei logo de início. Quanto muito poderia colocar no calendário mais uns 3 feriados:
- instituia-se definitivamente como feriado o dia 24 de Dezembro;
- poder-se-ia comemorar, por exemplo, o dia da Criança e o dia dos Pais (ambos, atenção. Não era cá o da Mãe e o do Pai separados, que isso é uma porra que muda ao sabor dos interesses do comércio) ;
- ou alguma outra coisa que valha verdadeiramente a pena, mas que de momento não me estou a recordar.
* ou porque raio é que um tipo há-de desejar um bom ano a toda a gente, e acima de tudo festejar a sua chegada, se logo assim a abrir, os combustíveis vão aumentar 2,5 cêntimos (mais IVA), a electricidade 6%, a água 3%, o tabaco 25 cêntimos e por aí fora?
2006 pode ter sido, de facto, um ano mau para ditadores, mas terminou em beleza, para quem trabalha por conta de outrem e passa a vida a desejar feriados. Entre 1 de Dezembro de 2006 e o dia de ontem houve 4 feriados. Se a isto juntarmos os fins-de-semana e a incompreensível tolerância de ponto de dia 26 de Dezembro, dada pelo Sócrates, e temos a bela quantidade de 17 dias de trabalho e 14 de descanso, durante o último mês do ano. Inacreditável! Quem quisesse aproveitar isto, metia 10 dias de férias, uns "assuntos particulares a tratar" e umas idas ao médico e estava, na maior das calmas, um mês inteiro no "bem bom".
Serve este intróito, para declarar o seguinte. Fosse eu que mandasse neste país (assim a modos que um ditador) e haviam 6 feriados que desapareciam num ápice.
1 - "6ª feira santa" e "Domingo de Páscoa". Para que serve isto? Para celebrar o quê do JC? Mas vocês drogam-se ou quê? Acreditam que o tipo ressuscitou? E no Pai Natal? Também?
2 - "Corpo de Deus". Já tentei várias vezes (algumas até junto de supostos entendidos), mas nunca ninguém me conseguiu explicar ao certo o que se comemora nesta data;
3 - "15 de Agosto". Informam-me aqui ao lado que é a Assumção da Nossa Srª. não sei de onde. Que interessa isto, meus amigos? Para que é que interessa este feriado? Para ir para a praia?
4 - "1 de Novembro", vulgo "Dia de Todos os Santos". Pessoalmente só me desloco a cemitérios para funerais, mas respeito quem queira lá ir, recordar entes queridos. Mas porque carga de água, tem de haver um dia especifico para tal? Porque não se faz isso num fim de semana qualquer? Para já nem falar que os que têm lá "residência fixa", de Santo, muito pouco devem ter;
5 - "8 de Dezembro". Dizem-me também "aqui ao lado" que é o Feriado da Nossa Srª não-sei-de-onde, padroeira de Portugal. Padro-quê? Quem é que decretou isto? O Papa? E não foi o Pinto da Costa? O verdadeiro Papa? Então que comemorem isso lá nas igrejas e coiso e tal.
Estou só a despachar feriados religiosos? É verdade. Quem quisesse que festejasse, mas isto trata-se de um Estado laico e, meus amigos, festejam lá em casa, na igreja, onde muito bem entenderem, mas nada de baldas sem sentido e/ou significado absolutamente nenhum. Safava-se o Natal e era à tangente.
Sou um ditador? Claro que sim! Mas isso eu avisei logo de início. Quanto muito poderia colocar no calendário mais uns 3 feriados:
- instituia-se definitivamente como feriado o dia 24 de Dezembro;
- poder-se-ia comemorar, por exemplo, o dia da Criança e o dia dos Pais (ambos, atenção. Não era cá o da Mãe e o do Pai separados, que isso é uma porra que muda ao sabor dos interesses do comércio) ;
- ou alguma outra coisa que valha verdadeiramente a pena, mas que de momento não me estou a recordar.
* ou porque raio é que um tipo há-de desejar um bom ano a toda a gente, e acima de tudo festejar a sua chegada, se logo assim a abrir, os combustíveis vão aumentar 2,5 cêntimos (mais IVA), a electricidade 6%, a água 3%, o tabaco 25 cêntimos e por aí fora?
Já se pode fazer humor ou o corpo ainda está quente?
Um texto que vale bem mais que a carreira cinematográfica toda junta.
Um texto que vale bem mais que a carreira cinematográfica toda junta.
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