domingo, janeiro 28, 2007

Nem o Desporto-Rei se safa

Aqui há uns anos atrás tinha por hábito, sempre que estava em casa, a ver um jogo de futebol na TV, cortar por completo o seu som e guiar-me pela rádio, tal era a "qualidade" dos comentários que a RTP nos oferecia. Se com Gabriel Alves, por vezes ainda me ria, não havia pachorra para os "esbirros" do FCP, que dão pelo nome de António Fidalgo e o seu fiel companheiro que agora não me recordo o nome. É um tal de Luís "qualquer-coisa", se não estou em erro. Com a adesão à TV Cabo, tive que desistir deste hábito, visto que existe sempre um diferencial de alguns segundos (por vezes nem chega a um segundo), entre a chegada do som e da imagem. O que irrita. Saber que vai acontecer algo, algum tempo antes (por pouco que seja) chateia. Ou pelo menos a mim chateia, que vejo por vezes malta a ver jogos na SportTV (em que este hiato de tempo atinge proporções inacreditáveis), com um rádio no ouvido e gritam golos, por vezes com inúmeros segundos de antecedência. E, assim sendo, deixei de lado esta prática.

Outro hábito que sempre tive, foi não gostar de ver jogos sozinho. Nem que seja para dizer uns disparates ao "parceiro" do lado, seja qual for a sua fé clubística.

Ontem, vi o Belenenses-Benfica, sózinho e em casa. E pude constatar, mais uma vez, que nem no futebol, a TVI tem a mínima qualidade. O tipo que relata o jogo (que nem me dei ao luxo até hoje de fixar o nome), é sofrível. De uma falta de profissionalismo e de rigor a todos os títulos notáveis. Não há um único jogo, que eu tenha assistido nos últimos anos, nesta porcaria de TV, em que ele não tenha feito uma das suas.

Recordo particularmente os dois seguintes casos:

-"A bola foi tão chegada ao segundo poste, que quase se poderia dizer que foi ao 3º poste, se este existisse", nem me recordo em que jogo foi, mas gostava que ele me explicasse este conceito.

-"O Benfica nunca ganhou ao Beira-Mar neste estádio!". Uma frase repetida, vezes sem conta, durante a emissão do jogo entre estas duas equipas, referente à presente edição da Liga, tomando em linha de conta, os jogos realizados no mais recente estádio do clube visitado. Isto foi algo que começou nos jornais e de uma mentira tantas vezes dita, acabou por pegar como verdade, entre profissionais de pouca qualidade. Tivesse o senhor acrescentado "em jogos para o Campeonato/Liga", e era uma verdade insofismável. Assim, ficou de parte uma vitória para a Taça de Portugal, na época 2004/05.

Ontem, ao ouvir pela primeira vez que o guarda-redes do Benfica, estava a fazer o jogo 250 na baliza do Benfica, pus-me a fazer contas de cabeça e nada batia certo. Ora deixa cá ver... há quantos anos estará ele no Benfica? Quatro? Cinco? Não! Cinco é capaz de ser demais Joaquim... Ora o ano passado eram estes 3... no ano anterior jogaram o Quim e o Moreira a meias... E está-me cá a parecer que na outra ele ainda estava no Braga, ou estarei a fazer confusão? Esqueci a coisa, mas os broncos voltaram à carga, passado muito pouco tempo:

"Quim, a fazer o jogo 250 com a camisola do Benfica!"

É pá, mas como é que isto pode ser? Então o tipo está aqui , no máximo à quatro anos, não foi sempre titular e já fez 250 jogos? Já na segunda parte:

"Quim que hoje realiza o seu jogo 250 com a camisola encarnada"

Hoje, ao ler o jornal "A Bola", fiquei esclarecido só a ler o início da sua apreciação:

"Cumpriu a 250ª participação na Liga..."

Custa muito ser preciso, meus amigos? Ou faz parte da missão da TVI dizer disparates e desinformar a malta?

PS: Ainda dentro desta temática, irrita-me o vício do Hélder Conduto, agora na RTP e na RDP, passar o tempo com gritos histéricos de: "Mas que Periiiiiguuuuu!", por tudo e por nada. Quando ele relatava na TSF, mudava logo de estação e se eu fosse gaijo que escrevesse aí para uns programas de humor, tinha que colocar o tipo a dizê-lo por tudo e por nada, na sua vida (quando puxasse o autoclismo, quando passasse uma ambulância, quando deixasse cair uma migalha de pão no chão, quando pisasse cocó de cão, etc). Talvez por ter ideias deprimentes como esta, faço o que faço. Enfim, vidas...

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