De volta ao mundo real
Pois é, pois é. Cá estou eu de volta ao activo após três semanas de "férias", conforme previa. Antes de mais gostaria de informar o meu caro colega de blog, que o LSD já passou de moda há muitos anos.
Foram três semanas de caixotes e mais caixotes, três semanas de limpezas e arrumações, três semanas de Colin McRae 2005 (sim, que às tantas uma pessoa tem que se distrair um pouco), três semanas de bricolage, três semanas de berbequim em punho. Ah, o prazer que dá apertar o botãozinho vermelho e ver girar a bela da broca que depois perfura sem dó nem piedade a parede, a fim de colocar uma bucha e tal... Eu sei que Freud explica isto, mas que dá um gozo do caraças, lá isso dá! Três semanas de martelos, fitas métricas, cabos, pistolas de cola, parafusos, pregos, roupas para um lado e para o outro, livros e Cd´s à molhada, etc.
Ainda faltam algumas coisas, para me sentir verdadeiramente "em casa", tudo por conta desses grandes representantes do Nacional-porreirismo. Refiro-me aos que trabalham por conta própria, em actividades essencialmente manuais, que em regra, demoram sempre o dobro do tempo a efectuar aquilo a que se propõem. É o caso da "tretas" da senhora que me está a fazer uns cortinados para a sala e do "aldrabilhas" que me devia ter acabado um móvel, para eu colocar os meus 1.256.325.621 livros, faz agora 2 semanas. Os artistas são bons artistas, mas cumprir prazos não é com eles.
É óptimo voltar a ter alguma normalidade na minha vida. Ter de volta a minha tão amada e querida independência, mas fica aqui o conselho do "Tio Quinas". "Petizes", pensem muito bem, mas mesmo muito bem, antes de se decidirem a mudar de casa. Tenho a certeza que é mais uma daquelas situações, que só depois de se passar por ela se medem bem as implicações. Dá um trabalhão do caneco, disso não duvidem. É a confusão generalizada e a minha maneira muito peculiar de organização pessoal em nada ajudou. Por alguma razão, uma mudança de casa, é apontada como uma das maiores fontes de stress nos dias que correm.
Portantos, e em teoria, não me apanham noutra tão cedo. Somente o facto da vida ser perfeitamente imprevisível e nos pregar partidas ao virar de uma qualquer esquina, me impede de ter uma declaração ainda mais definitiva. Quem sabe se um dia, ao sair de casa, não encontrarei uma nonagenária hiper-multi-milionária, cheia de problemas coronários, e que verá em mim o seu "príncipe-encantado" (sendo que esta visão, também implica por certo um número de dioptrias, no que ao estigmatismo diz respeito, de dois digitos), decidindo desde logo oferecer-me um Ferrari F360 Modena (vermelho, que Ferrari sem ser vermelho é algo de inconcebível e acima de tudo de muito mau gosto) ?!
Aí, se calhar até me mudava de imediato... Ou então não. A outra opção seria o Euromilhões, mas como não jogo...
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