Padeira de Aljubarrota
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Uma coisa é certa, existiu em Aljubarrota, no tempo da batalha (1385), uma padeira de nome Brites de Almeida. Segundo se consta a Brites era tão forte e corajosa quanto a padeira da lenda. Mas quem foi então a Padeira de Aljubarrota?
A ser Brites de Almeida ela nasceu, no século XVI, em Santa Maria de Faaron, hoje conhecida como Faro e era originária de uma família bem humilde.
Desde pequena era muito forte e traquina, gostando de se envolver em bulhas. Quando tinha apenas 20 anos os pais morreram e a Brites usou o pouco dinheiro que tinha para aprender a manejar a espada, apesar de isso ser coisa que apenas os homens nobres faziam naquele tempo.
Para ganhar dinheiro Brites entrou numa feira para lutar com homens. O que estava combinado era que se o homem que lutasse com Brites a vencesse casaria com ela, mas se fosse o contrário ela matá-lo-ia. Brites venceu um soldado que a desafiou. Porém na altura era crime matar soldados e a Brites não restou outro remédio se não fugir.
Roubou um pequeno barco com o intuito de fugir para Espanha, mas um grupo de piratas raptou-a, levou-a para Argel e vendeu-a a um árabe rico.
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Depois de algumas aventuras e desventuras acaba por ir parar a Aljubarrota. Cansada da vida de banditismo que levava, Brites instala-se à porta de um forno e passa a pedir esmola. A padeira, já velhota, reparou naquela mulher forte e achou que seria uma boa pessoa para continuar o negócio. E assim foi. Brites passa a ser a padeira de Aljubarrota.
Deu-se então a batalha e Brites, como a grande maioria do povo português, estava do lado do Mestre de Aviz e não queria ser governada pelos espanhóis. De pá em punho liderou os movimentos populares que perseguiram os espanhóis.
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Várias são as versões da lenda. Numas o número de castelhanos aumenta consideravelmente, noutras a crueldade da padeira, havendo até versões em que ela os coze vivos…não sabemos se alguma é verdadeira, mas verdadeiro é o facto desta lenda fazer parte da história de Portugal e desta ter dado a Aljubarrota o seu símbolo: a pá.
Conta a história que quando Brites fez 40 anos se casou com um lavrador rico que era seu admirador e que chegou a ter filhos.
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