O pequeno génio
Muito se tem falado, nos últimos anos, deste tema. Têm-se criado institutos e muitas formas de prestar apoio a casos como este. E, se calhar, nada do que se possa ser feito será suficiente.
Estive este fim de semana, pela 1ª vez, frente a uma criança sobre-dotada. Trata-se do filho de um casal amigo que, por regra geral, encontrar durante a noite, não via à cerca de um ano.
O petiz está quase a completar 5 anos de idade. Desde muito novo que "coisas estranhas" saiam daquela cabecinha, para grande espanto e alguma preocupação dos pais. Há cerca de uma ano que não o via, por causa deo mesmo se deitar relativamente cedo e encontrar os pais quase sempre de noite. Eis algumas das coisas que este prodígio faz. Algumas eu vi, outras foram-me relatadas:
- Lê à velocidade de um adulto há mas de 1 ano. Ninguém o ensinou;
- Lê e percebe inglês há cerca de 6 meses, desta vez já ensinado, e após muito ter chateado os pais;
- Mexe melhor num computador que a grande maioria dos adultos que eu conheço. Compreende perfeitamente o seu funcionamento. Garante-me o pai que, 80% do que sabe ninguém lho ensinou. Aprendeu por observação;
- Faz todo o tipo de operações algébricas básicas a uma velocidade normal para um adulto. Já o sabe fazer desde que tem 3 anos;
- Conhece todos os jogadores de futebol da SuperLiga portuguesa, quer os esteja a ver na TV, quer numa colecção de cromos que ele tem;
- Ainda neste campo, conhece estádios (de nome), que eu próprio não me recordava (de equipas de escalões secundários e de campeonatos estrangeiros). Após o estar a testar, sem o resultado que eu desejava - o erro - neste exercício, lancei para o ar: "Qual o nome do Estádio da Reggina?". E após pensar um pouco, respondeu-me correctamente. Confesso que desconhecia o nome e o pai garantiu-me que estava correcto;
- Domina uma grande variedade de jogos (em especial os de mesa, tipo Monopólio), conhecendo profundamente as suas regras e zelando para o seu rigoroso cumprimento. Não suporta perder, fazendo de cada vitória sua uma festa dos diabos;
- Tem um nível de conversação anormalmente elaborado. Qualquer comparação com miúdos da sua idade é impossível;
- Escreve cartas;
- Lê livros de 200 ou mais páginas, avidamente. Os que só têm bonecos já não têm o mínimo interesse.
Trata-se de uma grande dor de cabeça para os "pobres pais", que têm grande dificuldade em lidar com esta situação. O miúdo está quase a começar a sua vida escolar, e já se encontra francamente à frente de todos os seus futuros colegas.
PS: Vá lá que ainda lhe consegui ganhar 3 jogos de xadrez, sendo que o último, após lhe ter dado algumas explicações, já não foi pêra-doce. E eu, considero-me um bom jogador, quase nunca jogando com quem conheço, pela facilidade com que lhes ganho os jogos, optando por só jogar, ou em torneios ou no Clube do qual sou sócio...
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