terça-feira, maio 29, 2007

Post extremamente perigoso (ou como ter múltiplos comentários a apontar erros e defeitos em menos de nada e ainda por cima nenhum corrector ortográfico me pode valer)

Os professores têm ordem para não penalizarem erros ortográficos nas provas de aferição. Esta, aparentemente, foi a orientação que o Ministério da Educação deu aos avaliadores destas inúteis provas (se fosse no meu tempo, entregava aquilo em branco ou com uma rábula sobre a vida em comunidade das serpentes indianas, tão certo como me chamar Eustáquia Zubeida) que são realizadas no nosso país, há quase uma década.

E eu acho muito bem. Acho muito bem porquê? Porque a nossa língua não presta para nada. Há que dizê-lo. A nossa "bela" língua, meus amigos, a língua do Camões e outros que tais, é uma salganhada, sem ponta por onde se lhe pegue. Já nem falando, na confusão que são os verbos e os seus múltiplos tempos, o português, quer falado e especialmente escrito, gera uma tremenda confusão. Sei que há regras bem definidas, mas vamos a ser sinceros, quem é que as conhece todas? Quem é que conhece até metade delas? Quem é que sabe, ao certo, onde colocar acentos? E que acentos? E até, que letras? E como se deve ler certas e determinadas consoantes? E vogais? Devem ser abertas ou fechadas?

Pessoalmente defendo que a nossa língua escrita, deve caminhar para uma normalização, aproximando-se da sua vertente oral, que facilitaria a vida a todos. Eis alguns exemplos, e gostaria que não me viessem para aqui com explicações gramaticais que de todo dispenso.

1 - As vogais deveriam ser escritas originalmente sempre da mesma forma - abertas e com acento, como elas nos são ensinadas. O AEIOU portanto. Quando não tivessem acento, já saberíamos que eram vogais fechadas. Assim, esta frase ficaria mais ou menos assim:

"As vúgáis deveriam ser escritas óriginálmente sempre da mesma fórma - abértas i com asentú, comu élas nus sãu óriginálmente ensinádas."

2 - Acabem de vez com "o´s" a serem lidos como "u´s" e os "e´s" a serem lidos como "i´s". Como por exemplo na palavra vogais. Esta palavra deveria ser escrita como "vúgáis".

3 - Acabem com certas confusões sem sentido, como as seguintes: O "ch". Acabem com isto e substitui-se por um simples "X". Porque é que um tipo tem de escrever Chapéu e Xaile? Tem a ver com as vogais abertas? Tem a ver basicamente com o quê? Tem a ver com a instauração da confusão, na minha modesta opinião, ou na minha múdésta ópiniãu, a bem dizer.

4 - Agora o "R". Meus amigos, sempre que estivesse em causa o som "Erre", como em "Carro", em que colocamos duas destas vogais, esta deveria ser a regra. Assim, passaríamos a escrever, por exemplo: Rrátu, Rrua e por aí fora.

5 - O "c cedilhado", essa coisa tão portuguesa. Para quê? Para que serve isto? Para absolutamente nada. Pode muito bem ser trocado por um "S". Nas calmas. Assim passaríamos a escrever palavras como "calçado", "caça" e "cabeça", da seguinte forma: cálsadu, cása e cabesa. Mas aqui surge logo outro problema dizem alguns de vós. Pois é. A porra do "S" por vezes é lido como um "Z", como acontece ali com "casa". Acabe-se com isso! Se se lê como um "Z", que se escreva como um "Z", porra! Assim, "casa", passaria a escrever-se como "Caza" ou mais correctamente ainda como "Cáza". E de passagem ainda acabaríamos com outra praga que são os 2 "S´s", que seriam doravante somente um. No duplo R, isso compreende-se perfeitamente, agora tirando a parvoíce da leitura como um "Z", o "S" não pode ser lido de outra forma que não
como "S".

6 - O "H". Para que serve ao certo, o "H" no início de algumas palavra, como por exemplo "Holofote"? Para absolutamente nada. Nos meus tempos de primária, servia para a malta levar mais umas quantas reguadas, era o que era... E para saber o que era ao certo um holofote, ou um Ólófóte, como deveria ser escrito.

7 - Acabem com acentos "para trás". A haver que sejam sempre "para a frente", meus amigos.

8 - "G´s" e "J´s", que sofrem do mesmo problema que os "S´s" e os "Z´s", descriminado claramente certas e determinadas letras. Nunca se deveria ler uns pelos outros. Ou seja, a palavra "ginja", deveria ser escrita "jinja", assim como "Gibraltar", passaria a ser escirto "Jibráltár". E de passagem terminavam também os "u´s" mudos como por exemplo em "guerra", que passaria a escrever-se "gérra".

9 - O "Q". para que serve ao certo esta letra? Sim, não estou a brincar. Serve para gerar a chamada confusão, ou mais correctamente a Xamáda Confúzãu. Acabava-se com o "Q", trocando-o por "C´s" e passava-se a escrever algo como: Cúadrádu, Cúantu, Encúantu, Céru, etc. Muito mais simples, não?

Declaro assim que daqui em diante vou passar a utilizar aqui este novo português que proponho.

Confúzu? Párvu? Pois é, mas eu oje de manhã, inalei umas senas bem estranhas, pesúál...
Edite Estrela i asosiádus, se me estãu a ler, abrãu us ólhos málta! Istu é u futuru!

PS: Dêm-me uma única razão válida para meter um "m", em vez de um "n" na palavra "sempre" e eu apago isto num ápice.

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