Heróis reais
No dia de estreia do filme de Mel Gibson "A paixão de Cristo", nada como homenagear um verdadeiro herói. O senhor Stanislaw Ryniak, o 1º prisioneiro a entrar no campo de concentração de Auschwitz, morreu esta semana, com a bonita idade de 88 anos. Preso em Maio de 1940, com 24 anos, acusado de ser um membro da resistência polaca, Stanislaw chegou ao tristemente campo da morte a 14 de Junho do mesmo ano. No fim da guerra, após a libertação, pesava menos de 40 Kg. Sobreviveu em quase 60 anos ao regime que quase o destruiu, como a tantos milhões de pessoas. Ah, e Stanislaw era cristão...
PS: Nos Estados Unidos (esse país tão pouco dado a violências gratuitas) e não só, há quem se choque (nomeadamente grupos de religiosos judaicos) com a violência do filme de Gibson, intitulando-a de desnecessária e catalogando-o de fortemente anti-semita. A forma como as histórias são contadas, sejam elas a história do holocausto ou a da morte de Cristo, vale o que vale. Seja como for, a actuação de um grupo de judeus envolvidos na morte de Cristo (no filme ou na realidade) nunca deverá ser encarada como sendo representativa de todo o povo judeu. E não será um pouco imbecil afirmar que se deveria ter poupado na violência das imagens? Afinal, e caso ninguém se lembre, trata-se de um filme sobre uma crucificação...
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