quinta-feira, novembro 09, 2006

Por do Sol na A51 Post que não interessa rigorosamente a ninguém, nem ao Menino Jesus, por favor não leiam, apenas o escrevi porque me apeteceu descrever tudo, TUDO, o que se passou comigo ontem, isto porque a minha vida tem tanta acção2 que qualquer dia que seja ligeiramente diferente tem direito a post. E aquelas notas de rodapé3? ‘Qué aquilo pá?! Ganhem juízo, vão ler outro blog qualquer.

** se, mesmo após todos os avisos decidiram ler isto, podem saltar esta introdução **

Ontem tinha de acordar às 7 da matina, mais coisa menos coisa, para poder estar pronta, eu e a criança de quase dois anos, às 8h30. Como tenho prazos mas não tenho horários, nunca tenho horários a cumprir e, como tenho prazos, mas não tenho horários, nunca ligo às horas, só aos dias.
Bom, a hora mudou aqui há uma carrada de dias. Como não tenho horários a cumprir não me preocupei em mudar a hora do meu telemóvel, coisa que, quando, por acaso, tenho um horário a cumprir fora de casa uso como relógio e despertador.

***** Fim de introdução *****

Ontem tinha de acordar às 7 da matina. Agarrei no telemóvel e coloquei para despertar a essa hora. Às 7 da manhã4, o telemóvel tocou. Ensonada desliguei-o e virei-me para o lado. Acordei 1 hora e 15 minutos depois. Olhei para o relógio, marcava 8:155. Disparei da cama. Apressei-me a vestir-me. Tentei parecer calma com uma bebé que normalmente acorda por volta das 9:30. Disse-lhe que nos tínhamos de vestir. Reclamou um bocadinho mas lá se vestiu. Não quis comer. Faltavam 10 minutos para as 9h006, hora de entrada do meu namorido7 no trabalho. Fui acordá-lo:

- Querido... querido... não tens de acordar?

Voltou-se para o lado, olhou pitosga para o telemóvel dele, esse com as horas certas, e disse:

- Sim. Daqui a 10 minutos.

Saí do quarto “com o rabo entre as pernas e o focinho cabisbaixo e a ganir para dentro” e depois deu-me um baque. Ah pois, a hora mudou....
30 minutos depois saíamos os três de casa. Fomos levar o namoridinho à Quinta da Beloura (e não, não foi jogar ténis, nem golfe, nem coisa que o valha), tomámos um café e seguimos viagem na direcção A1.

***** Descrição de cenas nojentas e eventualmente chocantes *****

Esqueci-me eu que o café tem o lindo efeito no meu organismo de ir directamente até ao intestino grosso. Ouço na rádio dizerem, por outras palavras que agora não me lembro: “esqueçam lá o IC19 para ir para Lisboa, porque aquilo está que não se pode; a marginal ainda vá e a A5 tem um bocadinho de transito até Oeiras”. Meti-me na A5. Pouco depois senti uma dor na barriga e veio-me a imagem de uma sanita ao cérebro. O trânsito completamente parado, ou quase, e eu a ter dores de barriga de cada vez que metia uma primeira e colocava o pezito no acelerador. Assim continuei até chegar à área da serviço da A5 (se houver mais do que uma usem a vossa imaginação para imaginar qual foi, mas acho mesmo que só há aquela, pelo menos naquele sentido). Entrei na área de serviço e, enquanto olhava para os sinais para ver para que lado era o café/restaurante/casadebanho sinto umas luzes a acender e a apagar de uma cabra num carro atrás de mim, que tinha entrado abestalhadamente pela estação de serviço com o único objectivo de ultrapassar, vá lá, dez carros e adiantar-se, vá, uns 3 segundos à fila de onde estava. Ignorei-a. O que lhe provocou uma fúria ainda maior. Lá encontrei o sinal e segui para o estacionamento. A cabra seguiu, abestalhadamente, para provavelmente ficar ainda mais atrás do que aquilo que estava quando entrou, inteligentemente2, numa área de serviço para ganhar 3 segundos na sua viagem até ao trabalho (possivelmente).
Saída da casa de banho mais aliviada, com uma bebé que se divertiu imenso enquanto me via sentada numa sanita a desfazer-me em merda, lá deixei a criança brincar um bocadinho no baloiço e segui viagem muito mais confortável e calmamente.

***** Fim das cenas eventualmente chocantes *****

***** Cenas que ainda interessam menos ao Menino Jesus *****

A5. Continuei a ouvir este senhor, com muita pena dele não estar acompanhado por esta e por este, até que a miúda refilou que queria as musiquinhas de embalar preferidas dela. Lá meti o habitual David Fonseca. Adormeceu pouco depois.
CREL. A1. Vontade de mijar. A miúda dormia. Caramba, se parasse ela ia acordar. Estação de Aveiras a passar-me ao lado. Vontade a aumentar. Porra. “Próxima estação de serviço – 10 km”. “Próxima estação de serviço – 5 km”. “Próxima estação de serviço – 2 km”. 1 km. 750m. 500m. 250m.
«Ah e tal, devo aguentar, não vou agora acordar a miúda...»
A23, a cerca de 30 km do destino. Quatro piscas ligados, a porta do passageiro aberta e um líquido a sair/8...

***** Fim das cenas que ainda interessam menos ao Menino Jesus *****

Chegada à terrinha do destino fui tocar ao portão de casa da minha mãe para ela me abrir a porta. Não abriu nem apareceu. Pensei que tinha ido tomar café. Como o café ficava perto do Centro de Saúde, local onde tinha de ir com a miúda para ver se resolvo o problema das vacinas e falta de registo ou boletim, passei por lá para ver se o carro dela lá estava. Não estava. Segui para o C.S. Não pude, para já, resolver o problema das vacinas, de modo que decidi que, já que aqui estou o melhor é meter o braço de fora e levar eu uma pica visto que tenho a vacina do tétano atrasada vai para uns 5 anos. E assim foi. Enquanto eu me queixava com aiaiais a minha filha ria sadicamente a ver-me com uma agulha espetada no braço.
Com o braço dorido, voltei ao portão da mãe. Toquei novamente à campainha algumas vezes. Lembrei-me depois que era possível que a campainha estivesse avariada. Agarrei no telemóvel. Sorte a minha2 tinha a bonita mensagem dos estupores da Vodafone9 a dizer: “por motivo de não termos recebido um carregamento, deixou de poder efectuar chamadas”.

Decidi apitar o carro. Foi o delírio para a miúda que pedia “a mamã apita”, a cada apitadela que dava e as contou até à 7ª e última. Lá veio a minha mãe.

****** Coisas só para encher ainda mais *****

- A bebé comeu a sopa toda.
- Eu comi cozido.
- O cozido estava bom.
- Passado um bocado apareceu a minha irmã e linda sobrinha10.
- Fomos ao café do meu primo11.

***** Viagem de regresso *****12

David Fonseca. Miúda adormece. Rádio.
Vinha na A1, pela faixa da direita, e vejo um tipo na faixa do meio, claramente a menos velocidade que eu. Tendo em conta que e ia a 90 km/h, pensem na velocidade ridícula a que ele ia. Continuei na minha faixa13. Ao passar por ele decidi abrandar e ficar lado a lado com ele durante um bom minuto, tempo durante o qual fui olhando diversas vezes para o lado esquerdo, com ar de quem está admirada. O passageiro do carro do mongo ficou a olhar para mim, e o mongo olhou também, altura na qual aproveitei para encolher os ombros e carregar no acelerador, novamente até aos 90 km/h, para prosseguir a minha viagem.
Na CREL vi um pôr-do-sol maravilhoso
14 e na A5 vi a saída na qual deveria sair, para ir buscar o namorido7 à Quinta da Beloura, a passar-me do lado direito enquanto eu seguia em frente.
Saí duas saída à frente com o objectivo de apanhar a estrada para o Autódromo do Estoril
15 e, em vez disso, voltei a entrar, estupidamente, na A5, para voltar a sair na primeira saída, a do Estoril, para voltar a apanhar a estrada que deveria ter apanhado momento antes, mas um pouco mais atrás, para apanhar uma fila tremenda de trânsito e chegar à Quinta da Beloura, com uma vontade doida de fazer xixi, coisa que fiz lá num beco16 que não vou revelar, não vão os seguranças apanhar-me, apanhar um namorido7 e voltar, alegremente, para casa completamente esganada de fome...

***** Fim de post que não interessa rigorosamente a ninguém, nem ao Menino Jesus, apenas o escrevi porque me apeteceu descrever tudo, TUDO, o que se passou comigo ontem, isto porque a minha vida tem tanta acção2 que qualquer dia que seja ligeiramente diferente tem direito a post. Isto porque não me apetece continuar a descrever o resto da noite que se baseia em jantar, trabalhar um bocado por causa dos tais prazos e não horários, etc. e tal, ver a Ally Mcbeal e ir dormir. *****


1 Diz que é uma espécie de título*
2 Uso intencional de ironia
3 “Título1”, evidentemente, escrito após elaboração do post
4 Na realidade eram 6
5 Na realidade eram 7:15
6 Na realidade faltavam 10 minutos para as 8
7 Expressão da autoria de
Maria de Vasconcelos, ou pelo menos foi dela que ouvi
8 Xixi**
9 Atenção: eu gosto imenso da Vodafone. O uso da palavra estupores aqui tem a ver com a situação ser um estupor e não com os “gajos” serem um estupor. Aliás, aconselho vivamente a toda a gente a mudança PUB imediata para a Vodafone. Têm os melhores tarifários do mercado. Só para verem as minhas mensagens escritas, para Vodafone, são completamente gratuitas, e faço chamadas e 5 cêntimos por minuto, após o primeiro minuto, para Vodafone, já para não falar das carradas de promoções anuais que têm para os clientes deles. Vá, vá, tudo a mudar para a Vodafone
10 Descrição das belas cenas entre as duas crianças, brevemente,
neste blog
11 É o que dá a terra ser pequena, estamos sempre em família
12 Já estou farta deste post!
13 Continuo com a minha teoria que, se vamos na nossa faixa, não mudamos de faixa, e, por acaso, passamos um carro que, por acaso, está à nossa esquerda, isso não é ultrapassagem é, simplesmente, passagem ou continuação de rota, coisa que não me parece, de todo, ilegal
14 Foto do post que não mostra, de todo, a maravilha da imagem
15 Actualmente denominado Autódromo Fernanda Pires da Silva
16 Que deprimente!
* Inspirado
nestes senhores
** Que deprimente!

Sem comentários: